domingo, 6 de setembro de 2015

Esboço de pregação que fiz na Assembleia de Deus na Pituba em 6/9/2015: Lc 16.19-31 – A parábola do rico e Lázaro


Jesus contava parábolas para anunciar o Reino de Deus de maneira simples e para, ao mesmo tempo, ocultar as verdades do Reino de Deus àqueles que não iriam crer.
Lucas, um médico grego, escreveu a respeito de pessoas marginalizadas, como crianças, mulheres, pobres, mendigos, leprosos, enfermos em geral, samaritanos, estrangeiros.
De modo objetivo, a salvação é oferecida a todos.

Duas vidas diferentes, duas mortes diferentes, dois destinos diferentes.
  • O homem rico (no latim, dives) vestia-se muito bem e se alegrava todos os dias.
  • Lázaro (forma grega de Eleazar = “Deus ajuda”) era mendigo, vivia à porta da casa do rico, cheio de feridas que os cães (impuros) lambiam, desejoso de comer as migalhas que caíam da mesa daquele. Daí vem o termo “lazarento”.
Ambos morreram. A morte é uma realidade universal e categórica.

  • Lázaro foi levado pelos anjos ao seio de Abraão – descrição que ressalta a vida após a morte.
  • O rico foi sepultado – descrição que ressalta a finitude da vida.

Inferno de Dante (A Divina Comédia):

Enquanto vivia, eu tinha muito do que queria; E agora, ai! anseio por uma gota de água”.


Seio de Abraão” seria uma referência ao paraíso (Lc 23.43; II Co 12.4) porque Lázaro devia estar recostado a Abraão como num banquete (cf. Jo 13.23).

Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43).

foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir” (II Co 12.4).

Ora, ali estava conchegado a Jesus um dos seus discípulos, aquele a quem ele amava” (Jo 3.23).


Hades (Sheol): “inferno, sepulcro, morte ou profundezas” (NVI).

Havia em Israel a noção errônea de que a prosperidade material sinalizava a aprovação divina sobre a vida do indivíduo.

ALGUMAS LIÇÕES:
1) Há consciência após a morte (contra a doutrina do Sono da Alma e contra a ideia de que não existe vida após a morte);
2) O inferno é uma realidade (contra o Liberalismo Teológico);
3) Não há segunda oportunidade após a morte (contra a doutrina católica do Purgatório e contra a doutrina da Reencarnação) [Hb 9.27];
4) Vivos e mortos não podem se comunicar (contra a necromancia).

Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is 8.19,20).

5) A fé de Lázaro estava fundada em Moisés e nos Profetas – enfim, na Palavra de Deus.
Lázaro não foi salvo por ser pobre, assim como o rico não foi condenado por ser rico.
As pessoas são salvas quando recebem a Palavra de Deus com fé, e não quando testemunham milagres como a ressurreição.
O Judaísmo apartou-se de Cristo.
Para quem não deseja crer, nenhum milagre é suficiente.

Ap 20.11-15 – Haverá o juízo final.

11 Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.
15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Ap 20.11-15).