sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O desvirtuamento do conceito de Igreja

Quero deixar registrada a minha indignação quanto ao desvirtuamento do conceito de Igreja, algo muito presente em nossos dias.
Conquanto a Igreja seja um ente coletivo por natureza, têm surgido líderes personalistas e dominadores, que concentram os holofotes e as decisões em si mesmos.
Algumas das principais metáforas da Igreja dão uma noção de coletividade, pluralidade: rebanho, corpo, edifício, lavoura. Essas metáforas não são casuais. Elas denotam a visão que o próprio SENHOR Jesus tem da Igreja. Não há Igreja de uma ovelha só, de um membro só, de uma pedra só, de uma planta só.
Além disso, vejo igrejas por aí que não são verdadeiras comunidades, mas agremiações administradas por um homem ou um grupo de homens, a partir de uma ideologia firmada unilateralmente. As coisas vêm de cima para baixo. Por isso, nem acho errado as pessoas dizerem que vão à Igreja. Na prática, é como se elas nem fizessem parte daquilo.
Vejo ministérios desempenhados sobre a "visão" de um ou poucos homens, enquanto o corpo da Igreja fica cheio de dons sem nenhuma utilidade. Há os talentos e há dons espirituais. Quando há dons espirituais, já está bom, mas eles precisam ser empregados para um fim proveitoso. Do contrário - e essa palavra é também para os membros - o que se vê são pastores sobrecarregados de tarefas, quando a missão de pregar o Evangelho é da Igreja como um todo.
Em dias como os nossos, tem sido cansativo freqüentar certos cultos e permanecer como simples espectadores, que não assistem o culto, como participantes, assistentes, mas que assistem ao culto, como auditório.
Isso precisa mudar.

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