Enquanto o Evangelho afirma que a Salvação e toda a Providência decorrem da Graça de Deus (Gl 2.16, 20,21; Ef 1.3-8; 2.1-10; I Pe 1.3), os falsos mestres da Teologia da Prosperidade e da Confissão Positiva dizem que temos direitos perante Deus. Dizem que podemos "nomear e reivindicar", decretar, declarar, profetizar a bênção, rejeitar, determinar, e exigir nossos direitos.
Ora, não temos direito nenhum diante de Deus. Nem mesmo o fato de Cristo ter morrido na Cruz por nós nos outorga nenhum direito. Trata-se de favor mesmo, oferecido a quem quiser ter a vida eterna.
Ostentar supostos direitos em face do SENHOR é pecado de arrogância. Quem somos nós? "Quem primeiro lhe deu a ele para que lhe venha a ser restituído"? (Rm 11.35).
Nem o justo Jó teve quaisquer direitos para exibir perante o Deus Criador de todas as coisas (Jó 38-41).
O anti-evangelho dos "direitos legais" que acionariam o poder de Deus precisa ser sempre denunciado. O Evangelho que eu recebi da tradição apostólica (I Co 15.1-6) prega a pecaminosidade humana e o amor inexcedível de Deus em Cristo (Rm 7.7-25; II Co 5.18,19).
Qualquer pregação que ostente direitos contra Deus é mentirosa, enganadora, estelionatária. Exemplo disso é o emprego da frase "Deus é Fiel" com o claro intento de dizer que Deus é obrigado a me abençoar se eu fizer "sacrifícios financeiros". Sim, Deus é fiel ainda que sejamos infiéis, Ele não pode negar-Se a Si mesmo (II Tm 2.13). Mas Deus não é obrigado a fazer nada. O amor é dádiva, não dívida.
Graça é exatamente isso - receber o que não merecemos(qualquer bênção) - e misericórdia é o outro lado da moeda - não receber o que merecemos (o inferno).
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