Sei que os salvos em Cristo são peregrinos e forasteiros neste mundo (I Pe 2.10 e Hb 11.13), mas o fato de trabalhar em Salvador está me mostrando essa realidade de maneira mais clara!
Além de me sentir meio turista em minha própria terra - quero dizer, na capital de minha terra - , tenho me sentido estrangeiro porque a cidade de Salvador vive em função de coisas que não me apetecem.
Explico: Salvador vive do carnaval e festas as mais diversas. São festas populares, comerciais e religiosas. De dezembro a fevereiro, há um calendário de eventos que toma a cidade e que vende uma imagem para o mundo inteiro, uma ideia de que o soteropolitano é festeiro, talvez voluptuoso - aqueles alemães que trocaram de roupa no saguão do aeroporto internacional daqui devem ter pensado assim...
Vendo toda aquela propaganda que se faz em torno das festas, percebi o quanto sou estranho nesse ambiente. E para mim ficou mais evidente o que significa ser peregrino e forasteiro.
Não se trata de ser melhor nem pior do que ninguém. Trata-se de uma simples constatação. O ar que paira em Salvador não é apenas o da brisa leve do mar. Há uma atmosfera diferente, creio que uma forte resistência à Palavra de Deus.
Quem sabe eu não esteja tão preparado para enfrentar resistências ao Evangelho. Talvez não seja um aprendiz tão atento. Mas sei que o Evangelho é um desafio constante, não se presta ao comodismo.
Como forasteiro, cabe a mim andar pela cidade e verificar o que Deus quer que eu faça neste planeta-carnaval. Cabe a mim, como peregrino, estar ciente das minhas limitações. A teoria é bonita, as declarações de fé são conhecidas, mas o embate é duro e impiedoso.
Sim, o embate é duro e impiedoso, mas Jesus é bom.
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