A mistificação faz parte da política de Lula e de Sérgio Cabral. No auge da crise aérea, Guido Mantega, Ministro da Fazenda, atribuiu o caos à prosperidade econômica. Agora, o governador fluminense diz que a onda de arrastões e queima de carros e ônibus se deve ao sucesso de suas Unidades de Polícia Pacificadora!
Nunca vi nada igual. É como se o Ministro da Saúde dissesse que o aumento do número de mortes por dengue hemorrágica fosse resultado do sucesso da política de combate ao mosquito, ou como se o Ministro da Fazenda dissesse que o desemprego e a inflação resultassem do sucesso da política macroeconômica!
Não sou especialista no assunto, mas me vem a impressão de que as UPP´s não têm por objetivo o combate ao tráfico, mas tão-somente à imagem de que o tráfico existe. Assim, o governo estadual do Rio de Janeiro parece não se preocupar com a existência do comércio de drogas, mas com a péssima imagem de traficantes portando armas pesadas nas favelas cariocas próximas dos cartões-postais. É isso?
Isso me lembra o problema do Estado secularizado, que não se perturba com os dilemas individuais. Se o camarada é "maconheiro", o Estado secularizado não se preocupa, desde que isso só lhe diga respeito. Se existe uma venda sistemática de drogas lá no morro ou a domicílio para os das classes abastadas, pouco importa para quem só quer combater a violência urbana.
A pacificação carioca está parecendo conciliação: o tráfico se contenta em não ostentar armas e não confrontar a polícia, que por sua vez se limita a "morar" nas "comunidades" e fazer um papel de boa convivência. Dessa forma, todo mundo fica feliz, o usuário, o traficante, o governo e a população. Mas, como o "sistema" (vide Tropa de Elite 2) é furado, quem ficou de fora não tarda a se manifestar: justamente aqueles traficantes desempregados que não precisam mais barrar a polícia nos morros. Preciso dar o devido crédito e registrar que meu raciocínio se baseia, em grande medida, no que escreve Reinaldo Azevedo em seu blog.
Mas, voltando ao Estado secularizado, lembro inevitavelmente do Livro de Juízes, que repete a lição de que "naqueles dias não havia rei em Israel. Cada um fazia o que lhe parecia reto". Ora, esse é o relativismo moral em que nos encontramos. Se a sociedade acredita que cada um pode fazer o que lhe apraz, desde que não pratique violência, é a isso que se chega: uma sociedade adoecida, comandada pelo tráfico, com uma juventude morrendo aos poucos por causa das drogas.
A própria política de despenalização do uso de drogas deve ser repensada, porque o usuário contribui para a violência. Se ele hoje precisa de ajuda, deve ser ajudado, mas ninguém o obrigou a lançar mão do expediente, e existem informações sobejas quanto aos prejuízos causados pelos entorpecentes.
Aliás, uma das bandeiras do esquerdismo é defender a flexibilização das regras do jogo. Não gostaria de ver onde isso vai parar.
Outra bandeira do esquerdismo é "não punirás o ofensor". Hoje, viciados em drogas são vítimas, são doentes. Alcóolatras são doentes, obesos são doentes. Doença é algo que nos acomete de fora para dentro, e, para tal, precisamos de ajuda externa e não temos qualquer culpa. Essa filosofia está disseminada na sociedade. Ao analisarmos as Escrituras, contudo, vemos que a glutonaria (portanto também sua filha obesidade) bem como o alcoolismo (e, por tabela, o vício em drogas outras) são considerados pecado, portanto aqueles que estão nessas condições têm, sim, RESPONSABILIDADE. Mas a filosofia esquerdista nega isso... Outro sintoma é vermos adolescentes bandidos, agressores, espancando homossexuais na Avenida Paulista e as mãezinhas dizendo "só só crianças..." - Bingo! Nenhuma responsabilidade! O fato é que a lei está do lado da mãezinha. O marginalzinho tem menos de 18 anos, nenhum castigo. Só "medidas sócio-educativas" inúteis, desproporcionais à gravidade do crime (sim, crime - nada de eufemismos como "ato infracional" - pergunte-se às vítimas se faz alguma diferença... Viva o esquerdismo! É pena que o zé povinho não vê a relação entre as duas coisas, mas que há, há.
ResponderExcluirConcordo com o Joao Armando!
ResponderExcluirMas o que dizer do presidente da republica que apoia o maior plantador de coca do mundo?
ResponderExcluiro indio presidente do pais vizinho?
Joao realmente esses elementos so sao considerados crianças na hora de pagarem por seus atos mas para tranzar, beber, votar , etc sao adultos !
ResponderExcluiro pastor silas daniel foi muito equilibrado quando analisou a origem do problema no rio
ResponderExcluirDeus ouviu nossas oraçoes e levantou um governador e secretario de segunça machos
http://silasdaniel.blogspot.com/2010/11/uma-historia-resumida-do-narcotrafico.html
O paradoxo e o seguinte: Na atual situaçao como entrar nas favelas sem forças policiais ?
ResponderExcluiro bandido nao vai entregar o ouro ou melhor o pó de maos beijadas!