Elton John, numa declaração à revista Parade, abriu a boca para dizer que Jesus foi homossexual (19/02/2010). Ele disse: “Eu acho que Jesus era um homem super-inteligente, misericordioso e gay, que entendia os problemas humanos. Na cruz, ele perdoou as pessoas que o crucificaram. Jesus quer que nós sejamos amorosos e que nos perdoemos. Eu não sei o que faz as pessoas serem tão cruéis. Tente ser uma mulher gay no Oriente Médio – você está morto”.
Parece que, na concepção do cantor e compositor britânico, ser gay é algo que se aproxima da misericórdia, do perdão e do amor. Foi uma declaração irresponsável e sem compromisso de uma pessoa assumidamente homossexual que não entende absolutamente nada de teologia. Talvez tenha o objetivo de escandalizar ou simplesmente chamar a atenção, como fez John Lennon, seu patrício, ao afirmar que os Beatles eram mais famosos que Jesus Cristo.
Desse súdito da Rainha da Inglaterra eu espero qualquer coisa. Mas o que me fez parar para pensar foi a resposta dada pela porta-voz da Igreja Anglicana, que é a igreja estatal daquele país: "As reflexões de Elton John, de que Jesus nos convoca a amar e perdoar, são compartilhadas por todos os cristãos. Mas as reflexões a respeito de aspectos de Jesus como personagem histórico talvez devam ficar restritas aos acadêmicos".
Eu entendi o que a senhora quis dizer: para ela, investigações sobre o Jesus Histórico devem ficar para os especialistas, enquanto as afirmações consideradas religiosas e evangélicas podem ficar para o senso comum. Todavia, o que se deve frisar não é a legitimidade ou ilegitimidade da pessoa que fala, mas o mérito de suas declarações.
Com efeito, o Jesus Histórico está à disposição de toda pessoa que quiser tratar dele, mas a única fonte confiável de consulta é a Bíblia. Especulações filosóficas e supostamente teológicas podem até fazer muito estardalhaço, mas, sem o crivo das Escrituras, não terão nenhum sentido. São meras palavras ao vento.
Ao afirmar que reflexões sobre o Jesus Histórico devem ser feitas pelos acadêmicos, a porta-voz da Igreja Anglicana passa a impressão de que haveria alguma coisa oculta, não digna de nota, mais palatável para doutores em teologia do que para os leigos. Certamente ela não quis dizer isso, mas a frase crua oferece essa hipótese - se foi mesmo isso o que ela disse!
Já escrevi em outro artigo deste blog que muitas pessoas se interessam mais sobre o que não está escrito na Bíblia do que sobre aquilo que está registrado. Isso porque não entendem a natureza das Escrituras, que têm o propósito de revelar a Salvação da Humanidade em Cristo.
É só.
Já escrevi em outro artigo deste blog que muitas pessoas se interessam mais sobre o que não está escrito na Bíblia do que sobre aquilo que está registrado. Isso porque não entendem a natureza das Escrituras, que têm o propósito de revelar a Salvação da Humanidade em Cristo.
É só.
Vi a notícia em http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL1497734-7084,00.html
Um comentário:
É difícil saber qual frase foi mais infeliz. Do Elton John, o "súdito de sua majestade" de fato não se poderia esperar algo melhor. Afinal, é o que é. Já da porta-voz da Igreja Anglicana... Além da crítica que você bem fez, ao mostrar que eles pensam que só "estudiosos" podem saber sobre o "Jesus histórico" (como se houvesse outro), nenhuma palavra sobre a blasfêmia - sim, blasfêmia - de dizer que Jesus foi homossexual. Só me lembrei da apostasia, de que Paulo falou em 2 Tessalonicenses, que antecederia a segunda vinda.
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