quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O Carnaval de Salvador é um insulto à igualdade social

Quem vê aquelas multidões pulando atrás do trio elétrico ao ar livre pode pensar que se trata de alguma coisa democrática, mas não é. O Carnaval de Salvador é um insulto à igualdade social, e isso porque milhões de Reais são empregados numa festa cujos frutos não são igualitariamente repartidos entre a população.
Digo isso porque soube que o Governo do Estado da Bahia cedeu R$45 milhões para a festa, além do aporte da Prefeitura, e quem sabe do Governo Federal, já que a EMBRATUR também se interessa pela festa devido ao turismo. Entretanto, o que se vê em Salvador e em toda a Bahia é a gritante desigualdade social, sendo que Salvador está repleta de moradores de rua, prostitutas, bêbados, trombadinhas, assaltantes, traficantes de drogas, e muitos, muitos pobres, seja em favelas, seja em subúrbios.
Fico pensando para onde vai tanto dinheiro de turistas que vêm a Salvador aproveitar os muitos dias de bebedeira, turismo sexual, prazeres do litoral e música baiana de ensurdecer. O Carnaval realmente não combina com um lugar tão massacrado por décadas de políticas excludentes, coronelistas, patrimonialistas.
Na verdade, eu não gosto de Carnaval de jeito nenhum, e sei que os males desse festejo vão muito além dos problemas sociais. Entretanto, como a festa está aí, e como faz parte do imaginário popular quando se trata de minha terra, não posso me furtar a dar minha opinião sobre ele, já que, ao que parece, tudo em Salvador anda em função desses dias de fevereiro.
Quisera eu a Capital da Bahia deixasse de ser Salvador, e passasse a ser Vitória da Conquista, algo que escutei de um colega de trabalho, dada a sugestão de um especialista. Assim, eu poderia, quem sabe, ir morar na Capital, trabalhar lá, e deixar que Salvador ficasse com suas festas, com seu turismo, com suas praias e pontos turísticos só para os dias de folga. Creio que isso faria da Bahia um lugar melhor, e talvez distribuísse com maior equidade o grande número de pessoas que insistem em residir nessa megalópole.

2 comentários:

Norma Lucia disse...

Isso é total idiotice. quem está vindo de fora e traz esses preconceitos, por não aguentar o pique dos baianos, pode pensar assimj. Voce não tá vom nada.

Alex Esteves da Rocha Sousa disse...

Norma Lucia, você é que tem preconceito, pois eu sou baiano. Portanto, não venho "de fora, trazendo esses preconceitos", como você diz. Não se trata de não aguentar "o pique dos baianos". Eu não me refiro à festa em si, mas à questão social. Rotular-me de idiota por causa de minha opinião é um erro que precisa ser repensado. Talvez você esteja presa demais à sua paixão pelo carnaval. Procure uma coisa mais nobre para defender.



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Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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Em um só Deus e na Trindade.
Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão.
Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal e sua ascensão aos céus.
Na pecaminosidade do homem, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode salvá-lo.
Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus.
No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
No batismo bíblico em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.
Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus, através do poder do Espírito Santo.
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo.
Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade.
Na Segunda Vinda de Cristo.
Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo.
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.
E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.