No domingo, preguei sobre a passagem de Tt 2.11-15. Segue um resumo:
- A graça salvadora é muito mais do que pode expressar o repetido clichê "favor imerecido". É a intervenção da bondade, da justiça e do amor de Deus no curso da História humana, interrompendo o fluxo que ia do pecado ao inferno. Só existe salvação por causa da manifestação da graça de Deus, por iniciativa do próprio Deus. Por isso, não há mérito, qualidade ou esforço humano que possa adquirir algum valor salvífico. Toda salvação procede do SENHOR. Em todas as religiões, com exceção do Cristianismo Bíblico, o Homem (acha que) pode fazer alguma coisa para ser salvo, aperfeiçoado ou para obter a vida eterna. Somente o Evangelho declara que o Homem nada pode fazer por si mesmo.
- O objetivo da salvação pela graça é a santificação pessoal, por meio da qual o crente deixa a "impiedade" e as "paixões mundanas". "Impiedade" é falta de piedade. "Paixões mundanas" vão muito além de práticas sexuais ilícitas, dizendo respeito a pecados em geral, como, por exemplo, invejas, ciúmes, altercações, ódio, relacionamentos conturbados e sentimentos atrapalhados quanto a Deus. Fomos salvos para deixarmos a condição de ímpios e as paixões de toda sorte. Isso exige uma reflexão constante sobre a nossa conduta como cristãos.
- Todo crente em Cristo guarda em seu coração a "bendita esperança" da Vida Eterna. Assim como a graça se manifestou salvadora, a glória de Cristo se manifestará aos salvos. Mais uma vez, a iniciativa parte do SENHOR. Só alcança a glória quem foi alcançado pela graça. Não devemos esperar em Cristo apenas para as coisas desta vida (I Co 15.19).
- Diante disso, urge tomarmos atitudes. Não podemos continuar vivendo da mesma forma. Precisamos entender que o Evangelho produz transformação radical. Devemos influenciar as pessoas com a Palavra de Deus em qualquer lugar. A mensagem de salvação chegou a nós gratuitamente, sem que houvéssemos feito absolutamente nada para isso. É como naquela ilustração do mendigo que disse ao outro onde encontrou o pão.