sábado, 23 de fevereiro de 2008

Pequeno intervalo

Há uma semana não venho inserindo novas postagens porque farei amanhã, dia 24 de fevereiro, uma prova do concurso para Procurador da República. Não que eu esteja estudando, é mais uma questão emocional. Eu não consigo fazer duas coisas ao mesmo tempo, as duas saem mal. Irei prestar esse concurso, mas sei que minhas chances são pequenas, pois deveria ter estudado muito mais. A preparação deve ser por mais de um ano, estudando constantemente. Na segunda-feira, já espero estudar para os próximos concursos, com calma, e voltar a inserir postagens. Há muito mais coisas envolvidas nisso, o planejamento deve ser precedido de consciência do que se quer. E é isso o que às vezes falta. Até a próxima.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Abaixo o silogismo!

Creio que muita gente pensa de forma errada. Refiro-me à própria estrutura do pensamento, à maneira como a pessoa utiliza os conhecimentos adquiridos ou as informações que apreende.
Uma das formas erradas de pensar é o silogismo, que consiste em tirar conclusões pela combinação de premissas falsas ou que não se relacionam. Por exemplo: a) premissa maior: todo homem fala; b) premissa menor: fulano não fala; c) conclusão: fulano não é homem.
Já escutei o seguinte argumento silogístico: a) nossa igreja conserva certos costumes; b) nossa igreja está crescendo; c) logo, nossos costumes devem permanecer.
No primeiro caso, a premissa maior estava errada, porque nem todo homem fala. No segundo caso, o erro está na relação entre os costumes e o crescimento da igreja, pois não se estabeleceu ali uma necessária relação de causa e efeito.
Tudo isso é lógica, o que falta em muitas cabeças, e atrapalha a interpretação da Bíblia.

A árvore ética

Em que consiste o pecado original? Será que o pecado de Adão e Eva consistiu na relação sexual, como ensina a Igreja Romana? Será que houve um enlace sexual entre Eva e a serpente, como ensinam alguns? Ou será que o pecado foi tão-somente a desobediência a uma regra desprovida de um sentido próprio?
Creio que existe uma solução mais apropriada para isso. A árvore do conhecimento do bem e do mal ou da ciência do bem e do mal é uma árvore ética, pois o bem e o mal têm relação com a ética, assim como o certo e o errado. Desse modo, quando Deus permitiu ao Homem comer de toda árvore menos da árvore do conhecimento do bem e do mal, Ele os estava incentivando a buscar a ética divina em vez da ética humana. Antes do pecado, Adão e Eva eram alimentados pela ética divina, tinham total dependência em relação a Deus, não faziam escolhas pessoais, nada faziam sem consultar a Deus. Com a tentação, eles imaginaram que Deus os estaria privando de uma condição mais elevada, a qual, em sua concepção, poderia ser alcançada por meio da independência, da emancipação.
O que Adão e Eva quiseram? Eles quiseram ser como Deus, sabendo o bem e o mal (Gn 3.5). Eles estavam preocupados em ser deuses, e para isso quiseram se apropriar de um conhecimento que não lhes pertencia. Por isso eu digo que a árvore proibida era uma árvore ética, uma vez que seu fruto oferece ao homem a suposição de que pode viver como se Deus não existisse - aliás, não é esse o conceito de secularismo, viver como se Deus não existisse?
Portanto, todas as vezes em que alguém prefere o pecado em detrimento de Deus ele está dando um grito de independência, dizendo que pode construir sua ética pessoal, e que suas escolhas o levarão a algum lugar seguro.
Em contrapartida, o Evangelho apresenta a Jesus Cristo como Aquele que conhece ao Pai, e que conduz o Homem a Deus, sendo Ele mesmo o próprio Deus. Jesus conhece a vontade divina, Ele a cumpriu cabalmente, Ele é o Verbo, a Palavra de Deus personificada. Jesus veio mostrar que toda ética pertence a Deus, e que é impossível descobrir o caminho certo à revelia do Criador.

O pecado não faz parte da verdadeira humanidade

A frase "errar é humano" só pode ser admitida como correta se considerarmos a humanidade decaída, degenerada.
Antes da Queda, o Homem era "reto", como está escrito em Ec 7.29. Depois de ter criado o Homem, Deus disse que era "muito bom" (Gn 1.26-31). A isso se chama "estado de inocência".
O pecado não fazia parte do Jardim do Éden. Adão e Eva não precisavam pecar, essa não era uma necessidade física, psíquica nem espiritual. Por isso, quando Deus lhes permitiu comer de toda árvore do jardim, exceto da árvore da ciência do bem e do mal (Gn 2.16.17), não se tratava de uma tortura, pois não se tortura ninguém privando-o de algo desnecessário ou mortífero. É como se Deus dissesse: Vocês podem comer de tudo, menos do que é venenoso. Ora, privar alguém do veneno é efetivamente dar-lhe a vida!
O engano da serpente partiu de uma interpretação negativa do que Deus dissera. Em vez de enfatizar o aspecto positivo do "de toda árvore do jardim comerás livremente" (Gn 2.16), a serpente perguntou: "É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim"? (Gn 3.1). Trata-se de uma forma de manipulação da Palavra de Deus, um jogo de palavras que confunde.
A astúcia do diabo, que usava a serpente, foi seduzir o primeiro casal com a idéia de que se tornariam eles como Deus por meio da desobediência. Além disso, o tentador lançou a semente de que Deus é um torturador, e de que o pecado é não só necessário como atraente e fundamental para alguém se tornar como Deus.
Hoje a estratégia da antiga serpente é a mesma. As pessoas no mundo acham realmente que é impossível viver sem pecar ou sem o prazer do pecado. Cientistas de formação naturalista acreditam que o sexo é necessidade meramente instintiva, como entre os animais, e que a partir da influência dos hormônios na puberdade é impossível o adolescente não se masturbar. Outros dizem que a mentira é necessária ao desenvolvimento nacional. A sociedade ensina a sonegação fiscal, o adultério, a "lei do mais forte", a infidelidade em todos os setores, como se esses pecados fossem inerentes à natureza humana.
Ora, no princípio não foi assim. O pecado não faz parte do plano original de Deus. E foi por isso mesmo que Jesus não pecou, isto é, Ele fez tudo o que tem que ver com a natureza humana, mas não pecou porque isso não foi programado por Deus inicialmente.
Da mesma forma, o pecado não foi planejado para mim nem para você. Podemos renunciar a uma vida de pecado, esse é o convite de Cristo. Creio que devemos aprofundar o tema em outro momento.

Quem se afasta das pessoas não se aproxima de Deus

A aula de Teologia de Paulo que tive hoje com o ilustre Professor Pr. DAVI ROBSON me fez pensar no fato de que nós cristãos muitas vezes acabamos nos distanciando das pessoas, quando deveríamos nos aproximar delas. Eu venho pensando nisso há algum tempo, mas agora resolvi por a idéia no papel, quero dizer, no blog.
Com efeito, Jesus andava com "publicanos e pecadores", comia e bebia com eles, e por isso foi acusado. Mas, quem O acusou? Não foram os hipócritas e invejosos? É certo que Jesus não pecou jamais. Nem por isso Ele deixou de conviver com as pessoas.
Jesus freqüentava costumeiramente a sinagoga, pagava tributos, usava meios de transporte como o barco ou jumento, comia a comida do povo, conversava de modo que O pudessem entender, ensinava por meio de parábolas. Jesus entrava nas casas das pessoas, aceitava convites de casamento e de banquete, ia a funerais.
Paulo disse que se fazia de fraco para ganhar os fracos. Ele usava a inteligência para evangelizar. Em At 17, vemos como ele discursou entre filósofos gregos a partir do tema "o Deus desconhecido", porque viu que eles adoravam a um Deus cujo nome não sabiam. Isso é contextualização.
Que maior exemplo de contextualização há do que a Encarnação de Cristo, que se tornou homem, escravo, Se humilhou, obedeceu, e, por fim, Se entregou à morte, e morte numa cruz?
Ora, uma coisa é ser diferente; outra coisa é ser distante ou indiferente. Não precisamos nos distanciar das pessoas, como se fôssemos anjos, seres altamente elevados, santos demais para manter contato com os seres humanos. Jesus veio restaurar a humanidade original, que Adão deixou embaçar quando quis ser como Deus e rejeitou a imago Dei (imagem de Deus).
Creio que podemos aprofundar isso em outro momento.

A Igreja e a Caverna de Adulão

Texto bíblico: I Sm 22.1-5[1].

Davi estava passando por uma fase muito difícil de sua vida. Apesar de rei ungido, não era rei de fato, e sofria perseguição da parte do invejoso e perverso rei Saul. Em sua fuga, ao chegar à terra dos filisteus, em Gate, não pôde ficar ali por muito tempo, porque os servos do rei Aquis logo o alertaram quanto aos feitos de Davi. Assim, depois de se passar por louco, mais uma vez Davi teve que fugir, agora para a Caverna de Adulão.
Já na Caverna, Davi teve uma surpresa. Sem que os chamasse, “ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens” (v. 2).
Observemos as características dos homens que foram se reunir a Davi: eles estavam “em aperto”, ou seja, com problemas variados; eles estavam com dívidas, o que em si já é ruim, mas que na Antiguidade implicava em sérias restrições sociais; eles estavam emocionalmente abalados, e por isso a expressão “amargurados de espírito”. Em suma: aqueles homens não se encaixavam no padrão geral de vida, e a Caverna de Adulão seria um escape.
A Caverna de Adulão simboliza o refúgio dos marginalizados da sociedade; é o lugar dos excluídos, daqueles que não se identificaram nem se ajustaram a nenhum grupo convencional; daqueles que precisam de auxílio, de atenção, de esperança, de uma palavra nova, sem as conveniências e acomodações da estrutura social.
Toda sociedade civil é organizada a partir de regras, que são jurídicas, políticas, religiosas ou culturais. Essas regras servem para a harmonização do convívio, mas também funcionam, inevitavelmente, como instrumentos de inclusão e exclusão, conforme a sujeição ou não-sujeição a essas mesmas regras.
As regras jurídicas e políticas são fundamentais para o estabelecimento da ordem. Já algumas regras culturais podem ser fruto do preconceito, de costumes arraigados, de formas arcaicas do pensar. Dessa maneira, constantemente estamos incluindo e excluindo pessoas, com base em regras pré-estabelecidas pela cultura, e reproduzidas por nós no cotidiano.
Por isso, excluímos o viciado em drogas, o mendigo, o homossexual, o alcoólatra, a prostituta, o ex-presidiário, enfim, o “diferente”, dependendo de nossas convicções ou experiências pessoais.
Voltando ao texto bíblico, devemos dizer que Davi não era, originalmente, um excluído, mas passou por uma crise que o fez se sentir na condição de excluído. Como fugitivo, tornou-se uma espécie de “persona non grata”, porque seu adversário era ninguém menos que o rei de Israel, e os reis, naquela época, eram a personificação do poder. É como se Davi fosse um perseguido político, um inimigo público número um. Não foi à toa que ele se refugiou na Caverna de Adulão!
De algum modo, os marginalizados viram em Davi um líder, talvez um porto-seguro. Ele fora vocacionado para a liderança, e isso Saul não lhe podia tirar. Mesmo numa caverna, o verdadeiro líder não o deixa de ser. Prova disso é que os apertados, endividados e amargurados tomaram a iniciativa de se ajuntar a Davi, que se tornou seu chefe.
Interessante é que a Caverna de Adulão foi, para aqueles cerca quatrocentos homens, uma sociedade dentro de outra, um reino à parte, certamente com suas regras paralelas. A figura de Davi foi um estímulo especial, que lhes forneceu motivação para uma nova vida, até mesmo para o despertar de talentos escondidos.
O próprio texto chama a Caverna de Adulão de “lugar seguro” (vv. 4,5). “Seguro” em termos de proteção contra os ataques de Saul. Mas, sem forçar o texto, podemos enxergar um outro tipo de segurança – a segurança emocional. Ora, Davi e os seus quatrocentos homens também precisavam de um lugar seguro.
Acontece, porém, que há momento para entrar no lugar seguro e há momento para sair dele. Com efeito, foi o profeta Gade quem orientou Davi a sair da Caverna e entrar na terra de Judá. Sim, Davi saiu da Caverna e foi para um outro lugar, o bosque de Herete (v. 5).
Da caverna para o bosque. Quão necessário é fazer esse trajeto!
Imagino agora os que estão bem quietinhos dentro de uma caverna emocional, lá no cantinho onde ninguém pode ver, no quente e confortável cantinho mais profundo da caverna. Não há barulho, não há contratempos, não há chateações...somente o silêncio e as lembranças.
No entanto, é preciso sair da caverna. Davi não ficou lá para sempre: ouvindo o profeta, foi ao bosque. Quanto a seus companheiros, eles acharam um sentido para viver. A caverna foi um período, representou um tempo, um recorte que não resumiu a existência. A vida estava lá fora, do mesmo jeito, mas eles não eram os mesmos. Alguma coisa havia mudado definitivamente.
Trazendo essa reflexão para os dias atuais, creio que podemos tratar a Igreja como uma Caverna de Adulão. Aliás, existe uma denominação evangélica com esse nome, e muito oportuno, por sinal...
A Igreja de Cristo não deve (ria) reproduzir os preconceitos sociais, a falsa moral-social, os mecanismos escusos de exercício do poder, a injustiça e as desigualdades. A Igreja deve (ria) ser um lugar seguro, um lugar de refúgio, a fim de que os apertados, endividados e amargurados de espírito encontrassem apoio; um lugar para que os líderes perseguidos, como Davi, reencontrassem sua vocação e pudessem respirar um pouco.
[1] ARA.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O índio e os direitos humanos

Tenho um problema com os antropólogos e outros "cientistas" que se acham no direito de proteger com exclusividade os direitos indígenas, afastando outras formas de ver o problema. Parecem querer que o índio fique eternamente numa vitrine, para que nós, os não-índios, possamos ter um alívio e dizer: "Oh, como nós preservamos a sua cultura".
O fato é que nem sempre o índio quer manter costumes de sua tribo e etnia, às vezes ele quer mesmo viver como um cidadão brasileiro comum, ou compartilhar os dois mundos. Creio que esse é um direito dele. O que não pode acontecer é obrigar o índio a ser e agir de um modo enquanto ele pretende ser e agir livremente.
Preservar a cultura indígena não pode significar o seu abandono à falta de proteção em termos de direitos humanos, diteitos fundamentais da pessoa.
No ano passado, vi no Fantástico (TV Globo) que existe um grupo indígena em que as adolescentes ficam separadas da comunidade desde a primeira mestruação. Elas ficam dentro de uma oca sem poder sair de jeito nenhum, com o cabelo crescendo sem controle, só podendo ver o mundo por uma fresta. As grávidas ficam também reclusas por um bom tempo. Todas as mulheres passam por isso. O argumento é que elas estão sendo protegidas de espíritos maus, mas a verdade é que essa é uma medida de proteção contra a proliferação descontrolada da prole.
Sabe-se que aqui em Mato Grosso do Sul os índios vivem mal, muitas crianças morrem de fome, desnutridas. E os índios ficam esperando uma migalha do Governo, na forma de cestas básicas. Eles acham um absurdo que o Governo não forneça as cestas com freqüência, e reivindicam isso como um direito absoluto.
Li em algum lugar que a violência sexual é mais comum entre as comunidades indígenas do que em outros arraiais. Não haveria algo errado?
Creio que podemos discutir isso com maior profundidade. Uma coisa é a cultura de um povo. Outra coisa, bem diferente, é o abuso dos direitos inerentes à natureza humana, especialmente num País que possui uma legislação tão boa em termos de proteção de diteitos humanos, e que partilha dos pactos internacionais nesse sentido.
Mais uma palavra: não sou contra os índios. Na verdade, é por ser ser defensor que faço essa reflexão.

Novo convite - participe da enquete

Alcançamos o número fantástico de cinco pessoas que deram sua opinião sobre a nossa enquete. Mas esse número absurdo de participantes não pode impedir você de opinar também. Por enquanto, 60% - ou seja, três pessoas - acham que o batismo no Espírito Santo tem que ser evidenciado por línguas. Outros 40% ou exatamente duas pessoas dizem que não, que o batismo no Espírito Santo pode ter outras evidências que não as línguas. 0% ou o mesmo que ninguém opinou pelas outras duas alternativas. Falta você participar. Você não é mais um na multidão!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

É LÍCITO DAR O DÍZIMO E OFERTAR NA IGREJA ESPERANDO RECEBER ALGO EM TROCA? - PARTE I

Introdução.
Há um crescente movimento na igreja evangélica brasileira no sentido de estabelecer uma lei da semeadura em termos financeiros, como se o crente que entrega dízimos e ofertas na igreja estivesse plantando sementes de dinheiro para colher frutos monetários.
Outra ilustração que se utiliza é a do investidor que espera multiplicar seus ativos, como se o crente contasse com um saldo bancário celestial, que seria maior ou menor, dependendo do quanto se oferece “para a obra”.
O contexto é a famigerada “Teologia da Prosperidade”, defendida ardorosamente pela Igreja Universal do Reino de Deus, pelo R. R. Soares e sua Igreja Internacional da Graça de Deus, bem como pela Igreja Apostólica Renascer em Cristo, apenas para citar as mais proeminentes.
O problema é que essa doutrina herética está se infiltrando em igrejas historicamente reconhecidas pela sua seriedade doutrinária.
A equação desse pessoal é tão simples quanto equivocada: dinheiro mais fé resultaria em bênçãos materiais, prosperidade.
De minha parte, ao ouvir ensinamentos dessa natureza, a primeira impressão que tenho é a de que não condizem com aquilo que aprendi desde a infância. E, ao pesquisar na própria Bíblia, confirmo a minha impressão, e fico cada vez mais convencido de que não é lícito dar ofertas e dízimos esperando receber algo em troca.
Para sustentar meu ponto de vista, que considero bíblico, vou utilizar inicialmente os mesmos textos que os crentes materialistas têm empregado para fundamentar a heresia. Hoje ficaremos com Ml 3.10,11.
A promessa de recompensa.
Em Ml 3.10, não há que se falar em promessa de barganha com Deus. Havia uma espécie de imposto para manutenção das coisas do Templo, o qual era pago, não com dinheiro, mas com o produto da lavoura. Não era pagamento in especie, mas in natura. Vale recordar que a província de Judá era àquele tempo uma nação eminentemente agrícola, e que, portanto, as riquezas não eram expressas em moeda, mas em frutos e animais.
A própria teologia do dízimo evoca a questão da fidelidade e das primícias. O povo judeu produzia nos campos e nos currais, e o melhor de sua produção era dado ao SENHOR, para a manutenção do Templo. Lembre-se de que estamos tratando de uma nação em que não havia separação entre política e religião. Embora sob domínio persa, o povo judeu da época de Malaquias tinha a liberdade de seguir com seus costumes religiosos.
Ora, entregar o melhor da lavoura e dos rebanhos era dar aos sacerdotes parte do meio de subsistência daquelas pessoas. Como houvesse algum receio de que as ofertas e dízimos causassem um déficit em seus meios de sustento, o povo passou a não entregá-los, o que muito desagradou a Deus, a ponto de chamar isso de roubo.
A promessa de abrir as janelas dos céus como recompensa pela fidelidade tem que ser associada ao fato de que é dos céus que desce a chuva, fundamental para os campos e para os rebanhos. Tanto o reino vegetal como o reino animal precisam de água. Por isso, Deus está dizendo que Ele é poderoso para mandar chuva, e, com isso, possibilitar os meios de sobrevivência, e isso com abundância.
A promessa de repreender o “devorador” também tem que ver com o mundo agrícola, pois devorador é outro nome para as pragas, principalmente para os gafanhotos.
O mesmo Deus que requer fidelidade nos dízimos e nas ofertas é o Deus que manda chuva e repreende as pragas.
Deus não está de maneira nenhuma incentivando a barganha com ele. Isso é ridículo, pois não se coaduna com o caráter divino, revelado nas Escrituras.
Tanto isso é verdade que, mais à frente, nos versículos 14 e 15, o povo diz que acha inútil servir a Deus se não houver prosperidade, e por essa afirmação Deus os repreende com veemência. Sim, eles achavam que os ímpios prosperavam e se livravam de problemas sem que contribuíssem com as coisas do SENHOR, enquanto os chamados “servos de Deus” não se beneficiavam com a mesma prosperidade.
Continuaremos oportunamente.

Interpretação bíblica

Numa discussão acerca da melhor interpretação de textos bíblicos, o interlocutor literalista irá dizer: "De minha parte, prefiro ficar com a Bíblia". Na verdade, essa frase significa que ele prefere a interpretação literal da Bíblia, o que é bem diferente de "ficar com a Bíblia".
De fato, o critério da interpretação gramatical é apenas o primeiro, a porta de entrada do exame textual. Depois vêm os critérios da interpretação contextual, sistemática, teleológica (olha a finalidade do texto), histórica, lógica (considera o bom senso).
Tenho para mim que, ao dizer que "a letra mata e o espírito vivifica" (II Co 3.6), Paulo estava se referindo ao espírito do texto, ao sentido, ao fundamento, à sua razão de ser. Observe que "espírito" vem traduzido em algumas versões com letra minúscula (ARA, ARC, por exemplo) - isso deve nos dizer alguma coisa, embora a própria tradução também dependa de interpretação, daquilo que vai na mente do tradutor.
Em minha concepção, "espírito", nesse texto, é o que em Direito nós chamamos de "ratio essendi", e que Montesquieu denominou "o espírito das leis".
Creio até que, culto como era, Paulo pode ter usado seu conhecimento, quem sabe, jus-filosófico para dizer isso, que as pessoas distorcem tanto, achando que ele estava rejeitando o estudo e privilegiando o analfabetismo cristão. Nada mais tacanho!
Um texto não diz só com as palavras. Ele traz consigo o cenário, o contexto histórico, cultural, político, a situação geográfica, a forma literária, a autoria, a data, a ocasião da escrita, os motivos determinantes da redação. Tudo isso importa na interpretação e aplicação textual.
Quem pensar diferente tem que deixar de lado as enciclopédias, os manuais, comentários e dicionários bíblicos, os mapas e atlas, as concordâncias, os programas de informática que auxiliam o leitor da Palavra. É contraditório ser literalista e ao mesmo tempo usar recursos adicionais.
Não estou dizendo que devemos ir além da Palavra de Deus, mas que o estudo da Palavra de Deus exige que ultrapassemos os limites dos meros sinais gráficos, e possamos compreender o sentido e o alcance do texto pelo que ele mesmo oferece. Longe de ir além do texto, mas respeitá-lo, não ficar além nem aquém.
Falaremos disso um pouco mais, se Deus quiser.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Pensar nos outros - uma forma de amar

Não deveríamos viver em função de nós mesmos. "Ninguém é o centro do universo", diz a letra de uma conhecida canção brasileira ("Brincar de Viver", de Guilherme Arantes).
Imagino que o fato de Deus ser Trino nos fornece uma noção comunitária da Divindade. Quanto ao homem, não é bom que esteja só (Gn 2.18). Pensamos logo em casamento quando lemos esse versículo, mas antes disso Deus estava institundo o princípio gregário, segundo o qual o ser humano necessita viver em sociedade.
Israel é um povo. A Igreja é um povo. Jesus veio para salvar pessoas de diversas nações. Nos céus haverá pessoas de toda etnia, tribo, língua e nação. Tudo o que Deus nos oferece tem uma dimensão coletiva.
Diferentemente, nosso mundo é egoísta, individualista.
Vejo pessoas comuns, no dia-a-dia, querendo levar vantagem, ser primeiras em tudo. O camadara vê que há uma fila de carros para entrar no estacionamento, e mesmo assim vai enfiando a sua pick-up (tão frequente em Campo Grande-MS...) para ver se dá para entrar e pegar uma vaga. Pessoas furam o sinal na maior tranquilidade, como se o compromisso delas fosse mais importante que os do outro motorista. Qualquer gesto de renúncia e boa educação parece do outro mundo, a gente não está acostumado, acha que é abnegação demais.
Aliás, na Igreja nós falamos de amor como sendo a essência de Deus, o maior dos mandamentos, o resumo da Lei, a mais excelente das virtudes, muito mais que mero sentimento. No entanto, isso fica muito transcendental. Na prática, no cotidiano, na hora em que o meu fica ameaçado pelo que é do outro, aí sim é que o meu amor será provado.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Barack Obama

O nome dele tem Hussein, como tinha o Saddam.
O nome dele parece com Osama...
O nome dele é Barack Hussein Obama.

Ele enfrenta Clinton, misto de passado e futuro.
Ele fala de Bush, misto de passado e presente.

Ele diz "Yes, we can".
Ele quer enfrentar o McCain.

Ele mesmo só fala de mudanças.
Ele entra no palco e mostra sua dança.
O pai era do Quênia. A mãe, do Kansas.

Ele foi contra a Guerra do Iraque.
Ele foi criado na Indonésia.
Disseram que ele foi muçulmano.
Acharam a avó dele no Quênia.
Ele já ouviu falar do Brasil.

O Obama está por lá,
O Obama vem aí.
Te cuida, Clinton. Te cuida, McCain.
Lá vem o rapazinho dizendo "We can".

Como um gafanhoto diante dos gigantes

Em Números 13 ficamos sabendo da história dos doze espias enviados à terra de Canaã para verificar as condições de vida naquele lugar. Em seu relatório, todos concordaram com o fato de que era uma boa terra para viver. No entanto, dez deles se atemorizaram por causa dos gigantes que ali moravam, enquanto apenas dois, Josué e Calebe, entenderam que poderiam vencê-los em nome do SENHOR.
De fato, havia gigantes naquele território, mas não eram tão grandes a ponto de um homem parecer um gafanhoto perto deles. O problema é que os dez espias se sentiram como simples gafanhotos. Eles eram como gafanhotos porque seus corações tornavam o gigante maior do que realmente era.
Eu me vejo como gafanhoto todos os dias. Vejo gigantes a todo instante, e uso uma lente de aumento que os potencializa de um modo absurdo. Admito essa fraqueza. Sei que isso não é bom, não é saudável nem recomendável pela Bíblia. Então, o que fazer?
Trata-se de uma auto-estima ou auto-imagem negativa ou depreciada. A gente se sente menos capaz ou menos talentoso do que é na verdade. O que se sente como gafanhoto se inferioriza, se cobra demais, quando os outros às vezes o admiram tanto.
Somos fracos em determinadas áreas, mas fortes em outras, e podemos aprender. Todos podem aprender. O medo, a timidez e o sentimento de culpa não foram concebidos no plano original de Deus para a humanidade.
Sem querer sem simplista, digo desde já que é necessário viver conforme o parâmetro original, que se resgata pela imagem de Deus, que é Cristo. Ele veio devolver ao homem a imagem de Deus embaçada no Éden. É preciso dar-se à restauração segundo a imagem de Cristo. A cura está no processo diário, não num instante. E creio que leva a vida inteira.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O sonho de ser pregador

Você, prezado leitor, já se pegou sonhando em ser pregador da Palavra? Tem em sua lembrança aqueles pregadores de renome, que dos púlpitos falavam poderosamente aos corações dos ouvintes, em nome de Jesus? Você algum dia quis ser como eles? Quis sair viajando como itinerante, para pregar em cruzadas evangelísticas, festas de mocidade e círculos de oração - perdoem o "assembleianismo" -, ou em conferências missionárias em manhãs de domingo? Você ainda sonha com tudo isso?
Todo sonhador só vê o lado romântico das coisas. Sem querer ser chato, creio que é necessário também pensar nas longas viagens, nos atrasos de vôos, nos dias que teria que passar distante da família, nas eventuais ou não tão eventuais dificuldades financeiras, a depender da venda de CD´s, DVD´s, fitas de vídeo, livros, e isso quando existirem; ou na necessidade de deixar a profissão, para ocupar-se integralmente no ministério. Cumpre ainda pensar na necessidade de oração constante, de preparo no estudo da Bíblia, de jejuns periódicos - não que isso não seja demandado ao cristão comum, mas veja que estou avisando! Há que se prever toda uma gama de situações, como o não impossível choque com líderes que pensam diferente, com teologias heterodoxas imperando em igrejas que te convidassem para pregar...
Além de tudo isso, é necessário verificar se há realmente vocação. Desconfio dos pregadores que não freqüentam a Escola Bíblica Dominical ou instituição congênere de suas igrejas. Sei que muitas igrejas sequer têm estudo sistematizado da Bíblia!!! Mas aqui o assunto é outro.
Pois bem. Se você, antevendo esse rol de percalços, ainda sonha em ser pregador, que Deus o ajude. Talvez seja mesmo um vocacionado. No entanto, gostaria de que você lembrasse do quão difícil e sério é o ministério da Palavra, principalmente no caso dos pregadores itinerantes. E, por fim, lembre de que o sonho não pode ser só seu.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Quem será o próximo presidente dos Estados Unidos?

Os Estados Unidos têm a chance de eleger o seu primeiro presidente negro (Barack Obama), ou a sua primeira mulher presidente (Hillary Clinton), ou o primeiro mórmon (Mitt Romney). Antes havia na disputa um que queria ser o primeiro presidente italo-americano (Rudolph Giuliani), e outro que queria ser o primeiro presidente descendente de latinos (não recordo agora o nome dele). Concorrem ainda um herói da Guerra do Vietnã (John McCain), com grande possibilidade de ser indicado pelos Republicanos, e um pastor batista licenciado (Mike Huckabee). Será a oportunidade para se ver o inusitado na Casa Branca?
O inusitado eu creio que já foi visto. Os norte-americanos têm um presidente ex-alcoólatra, e, muito mais importante que isso, uma pessoa não elogiada por seus dotes intelectuais. Com efeito, circulam pela Internet vídeos, de brincadeira ou sérios, em que George W. Bush é apresentado como um idiota. Sim, muitos vêem nele um indivíduo sem inteligência, comandando a maior potência econômica e bélica do mundo. No período anterior eles tiveram um presidente diplomático, carismático e competente, mas que adulterou com uma estagiária e mentiu ao Parlamento sobre seu envolvimento com ela (Bill Clinton).
A verdade é que a pessoa vitoriosa em 04 de novembro de 2008 tomará importantes decisões para todo o planeta. Estão na mesa temas como a manutenção das tropas americanas no Iraque, o tratamento dado ao Irã, o processo de paz entre Israel e os palestinos, o tal do aquecimento global...Tudo isso passará pela mesa da Sala Oval da Casa Branca, e a última palavra será do presidente dos Estados Unidos.
Às vezes acho que o mundo inteiro deveria opinar numa votação dessas.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Pergunta da semana

Aos meus alunos da Classe Melquisedeque, da Escola Dominical, a pergunta da semana é a seguinte: Por que Jesus pode ser chamado "o profeta das nações"?

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Devocional - Ainda é tempo de ficar tranqüilo

Estamos na "Era do Conhecimento" ou "Era da Informação". Sabemos, em tempo real, de fatos havidos do outro lado do mundo. Muita gente viu, em todo o mundo, ao vivo, as Torres do World Trade Center caírem. Eu assisti ao discurso do presidente George W. Bush declarando guerra ao Iraque, e de imediato vi as primeiras investidas. Vi tudo isso de madrugada, no televisor da casa de minha mãe lá na Bahia. As informações correm depressa.
A televisão, a Internet, os jornais, o rádio, os livros eletrônicos, os telefones celulares, tudo isso forma um amplo arsenal de conteúdos os mais diversos à nossa disposição. Milhões de pessoas no Brasil acessam a Internet, de um computador em casa, numa lan house ou de outras maneiras. O certo é que a informação tem uma celeridade muito grande, absurda.
Em meio a tudo isso, diante de tantas coisas, minha mente fica pequenininha. Não consigo apreender tudo sobre política, economia, saúde, culinária, psicologia, teologia, história, literatura, tecnologia, relações internacionais...
O coração fica apertado, não sou onipresente nem onisciente, embora o pensamento voe tão longe. Minha cabeça vai ao Japão, dá uma passada na Tailândia, retorna ao Brasil, bem no Piauí, mas eu estou em Campo Grande-MS.
Toda essa confusão me faz lembrar do Salmo 131. O salmista Davi escreveu: "SENHOR, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes cousas, nem de cousas maravilhosas demais para mim. Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma, como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo. Espera, ó Israel, no SENHOR, desde agora e para sempre" (Sl 131).
Reconheço que Davi estava sendo humilde, rejeitando a soberba, a altivez, as grandes e maravilhosas coisas, e que preferia o sossego da criança que se recolhe nos braços da mãe. Sei que Davi estava prestigiando a simplicidade.
No entanto, podemos extrair mais esta lição: sossegar como bebê no colo da mãe é uma dádiva de Deus, que não exige que sejamos sabichões, nem podemos ser. Há um limite para tudo. Devemos ter discernimento, existem prioridades, existem informações necessárias e outras supérfulas. Precisamos escolher o que vamos ler, ouvir, assistir, pois o tempo é curto, e nossas vidas são preciosas.
Sossegar no colo da mãe é a proposta do SENHOR para nós, do Século XXI. Por isso, ainda é tempo de ficarmos tranqüilos - não precisamos correr com a multidão.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Cai a Ministra da Igualdade Racial

A Ministra da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, Sra. Matilde Ribeiro, pediu demissão devido à descoberta de irregularidade no uso do chamado "cartão corporativo", com o qual acabou gastando, em 2007, cerca de 170 mil reais, dos cofres públicos. O que chama a atenção é que a Ministra denominou de "erro administrativo" o comportamento eticamente inadequado de utilizar o dinheiro público sem controle e sem justificativa legal.
Antes disso, fora extremamente infeliz ao dizer que não considera racismo um negro não querer conviver com um branco. E, assim, numa atuação sem destaque, a Ministra vai embora, com a sua fala impensada e seu cartão mal empregado.
A questão da ética não é mesmo bem conduzida pelo Governo. Os protagonistas do Escândalo do Mensalão disseram em 2005 que não houve corrupção, mas "uso de recursos não contabilizados" ou "caixa-dois" por razões eleitorais, tentando minimizar (?) os crimes cometidos contra o erário.
Sou servidor público federal e sei que as mínimas aquisições de produtos e contratações de serviços passam por um rígido controle administrativo. Há um suprimento de fundos para pequenas despesas, há licitações, há regras para os contratos administrativos há, enfim, o próprio cartão corporativo para dar - vejam bem - maior transparência ao gasto do dinheiro público. Existe uma pesada e necessária burocracia para as pequenas coisas, que, na verdade, são grandes, seja porque a soma é grande, seja porque a ética vale muito. No entanto, fico pensando se há esse controle todo quanto aos Ministros de Estado e ao pessoal do segundo e do terceiro escalão.
Haverá dois pesos e duas medidas? Será que o Brasil coa mosquito e engole camelo?
No que concerne à Ministra Matilde Ribeiro, que pena ela ter chamado o seu erro de "administrativo". Foi uma oportunidade perdida, que poderia ter sido usada para ela dizer: "Me desculpem". Afinal, o pedido de desculpas ainda tem seu lugar.


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Para pensar:

Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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Bases de Fé

Creio:
Em um só Deus e na Trindade.
Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão.
Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal e sua ascensão aos céus.
Na pecaminosidade do homem, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode salvá-lo.
Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus.
No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
No batismo bíblico em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.
Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus, através do poder do Espírito Santo.
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo.
Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade.
Na Segunda Vinda de Cristo.
Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo.
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.
E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.