domingo, 23 de outubro de 2011

E o óbvio se manifesta: a Líbia será uma república fundamentalista islâmica

Li hoje na Folha On Line que o Conselho Nacional de Transição (CNT) anunciou diante de milhares de pessoas que a sharia será estabelecida como lei na Líbia. Isso não deveria ser nenhuma novidade, haja vista a presença de líderes islamistas nessa revolta que derrubou Kadafi, além do caráter geral da chamada "Primavera Árabe". Reinaldo Azevedo, colunista da Veja, reconheceu esse problema desde o início, em mais um acerto que ele denomina "furo lógico".
Se parece haver milhares de árabes querendo libertação do jugo dos tiranos de agora, isso não significa que desejem democracia. Lembremos que o revolucionário de hoje pode ser o ditador de amanhã - foi assim com o próprio Kadafi em 1969, foi assim com Fidel Castro em 1959. Eles aparecem como libertadores e se perpetuam no poder, o que, no mundo árabe, vem acompanhado por violência, totalitarismo, terror, isolamento.
A tal "Primavera Árabe" não tem nem as flores nem o dia ensolarado das primaveras, mas agudos espinhos de violência e uma densa escuridão de inverno islâmico. Já pela confusão e heterogeneidade de interesses envolvidos, Obama, Sarkozy e Cameron não deveriam ficar tão entusiasmados...,principalmente no caso da Líblia, que reúne três províncias organizadas como Estado mas nunca conciliadas (Tripolitana, Cirenaica e Fazan). Assim, Estados Unidos, França, Ingraterra, Alemanha, enfim, a aliança militar ocidental pode ter contribuído decisivamente para um mundo pior, em termos de pavor terrorista. Eles financiaram o terror!
As imagens da tortura e execução sumária de Kadafi e de seu filho deveriam comprovar cabalmente o que estou dizendo, mas me parece que a imprensa mundial e os líderes mundiais tentam disfarçar as coisas. Tudo bem, eu sei que os Estados Unidos, a ONU e a OTAN querem investigação etc. e tal, mas o fazem porque ficaria muito feio não dizer nada diante das fortes imagens que sucessivamente rodam o mundo. Aquilo foi horrível. Se pensarmos que execuções sem julgamento e humilhações podem ser feitas a depender de quem for a vítima, ter-se-á a vitória do mal, e não do bem. A morte de Kadafi do jeito que aconteceu piora muito tudo o que já era horrível, o que inclui o excesso explícito cometido pela OTAN, que, em vez de proteger civis, como permitia a Resolução pertinente, passou a atacar a Kadafi e ao seu pessoal.
Olha, Obama não está à altura dos fatos históricos que se lhe apresentam. É triste ver que o país mais importante do mundo não tem homens ou mulheres que se mostrem preparados para enfrentar os grandes desafios de sua época. E pensar que em 2009 esse mesmo Obama apertava a mão de Kadafi, o "cachorro louco", no dizer de Reagan...


Confira o texto da Folha: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/995349-lider-do-cnt-diz-que-lei-islamica-sera-base-de-novo-governo-libio.shtml

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Direito penal mínimo, responsabilidade individual, pacificação sem prisões...

Há teorias de direito penal que defendem a vitimização do ofensor. Crimes de patrimônio seriam fruto do capitalismo, da opressão do homem pelo homem, da injustiça social. Adolescentes marginais não poderiam ser responsabilizados, ainda que de acordo com a sua idade, porque são produto do meio. Dizem certos "juristas" que a sociedade estimula a prática de crimes como o roubo, o furto e o latrocínio quando incentiva o consumismo. Ora, tudo isso é ideologia marxista infiltrada nas faculdades de Direito! E defender esses ensinos é "progressista" e "moderno".
O marxismo trabalha com a ideia de que a luta de classes consiste no filtro adequado para explicar as "contradições do sistema". Para controlar os pobres e manter o status quo, o Estado estabeleceria, então, o direito como superestrutura normativa da infraestrutura econômica. O direito penal assumiria a função de criminalizar condutas tidas como ameaçadoras do regime ou denunciadoras de suas contradições. O resultado disso é a cultura de não-responsabilização do indivíduo, a proliferação de penas alternativas ineficazes e a descriminação (a palavra é essa mesmo) de condutas consideradas inofensivas, como o uso de determinados entorpecentes e o aborto.
O direito penal mínimo está na moda. Princípios como o da insignificância (ou da bagatela) estão em voga. Banaliza-se um princípio que foi concebido para situações extremas, como o furto de um pote de margarina por causa da fome. 
Esses são dias difíceis, em que me parece que a classe média não tem direitos, senão aqueles que podem ser alcançados por meio do dinheiro: segurança privada, planos de saúde, escola particular. E a classe média não tem esse dinheiro todo. Paga impostos mas não tem segurança, enquanto vive assombrada pelos jovens dominados pelo craque. Governos petistas, socialistas e que tais dão de ombros para a situação, e "juristas" do direito penal mínimo talvez acreditem que esse seja o preço a pagar pela opressão dos mais pobres...
Esse pessoal não tem noção do mal que causam à sociedade, ao mundo, e principalmente aos indivíduos que eles dizem querer proteger. 
Quem conhece a Bíblia não pode descrer na responsabilidade individual. Cada um responderá a Deus de acordo com as suas obras. A responsabilidade não passará de um para o outro, seja por ligações familiares, sociais ou políticas. Cada um de nós prestará contas diante do Grande Juiz.
Aqui na Bahia quer-se reproduzir a política das Unidades de Polícia Pacificadora do Rio de Janeiro, que não prendem traficantes, limitando-se a ocupar espaço para diminuir a quantidade de homicídios e outros crimes. Faz-se, assim, um pacto silencioso entre Estado e bandidos. O problema é que um dia a conta virá.




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Gostaria de estabelecer contato com você. Talvez pensemos a respeito dos mesmos assuntos, e o diálogo é sempre bem-vindo e mais que necessário. Meu e-mail é alexesteves.rocha@gmail.com. Você poderá fazer sugestões de artigos, dar idéias para o formato do blog, tecer alguma crítica ou questionamento. Fique à vontade. Embora o blog seja uma coisa pessoal por natureza, gostaria de usar este espaço para conhecer um pouco de quem está do outro lado. Um abraço.

Para pensar:

Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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Bases de Fé

Creio:
Em um só Deus e na Trindade.
Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão.
Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal e sua ascensão aos céus.
Na pecaminosidade do homem, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode salvá-lo.
Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus.
No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
No batismo bíblico em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.
Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus, através do poder do Espírito Santo.
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo.
Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade.
Na Segunda Vinda de Cristo.
Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo.
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.
E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.