segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O castelo de Minas e as bruxas de lá

O Brasil é um país muito curioso mesmo: o deputado tem que chegar aos holofotes para que suas conhecidas irregularidades sejam caso de expulsão do partido e outras sanções. É o caso do deputado Edmar Moreira, do DEM de Minas Gerais, que precisou chegar à Vice-presidência da Câmara - e consequentemente à Corregedoria - para que se levasse ao conhecimento público o seu castelo medieval erguido em São João Nepomuceno, isso sem declaração ao Fisco, sem informação à Justiça Eleitoral, sem recolhimento de contribuições previdenciárias e com problemas trabalhistas. Até já se fala do tempo em que o deputado era tenente linha-dura na época do Regime Militar.
É triste que esse cidadão tenha chegado à Corregedoria com apoio do PT, justamente o partido que ele ajudou ao absolver, no Conselho de Ética, alguns mensaleiros. A gente tem que suspeitar dessas articulações que mais se aproximam de um sistema de compensações do tipo "u'a mão lava outra".
E, por incrível que pareça, o tal deputado tinha por bandeira a ilegitimidade de julgamento político dos seus pares, sendo que seu cargo seria exatamente para encaminhar processos contra deputados...
Não fossem as bruxas que acompanham o deputado, o castelo não seria, em tese, um escândalo. Mas é de se questionar se aquela suntuosidade não guarda outras surpresas, e se tamanha opulência se adequa a um cenário tão modesto quanto o de São João Nepomuceno.
O DEM falava em expulsão, mas o deputado se adiantou, pedindo desfiliação ao TSE. Sei lá como ficará esse deputado, vagando quem sabe como fantasma nos átrios da Casa do Povo. Bem, para quem era rei de um castelo, a condição de fantasma é uma queda e tanto.

Um comentário:

João Armando disse...

Pois é - "uma mão lava a outra" - e o povo continua o adágio popular - "e as duas lavam a cara". Como se orgulham tanto das suas roupagens comidas de traças, dos seus castelos de areia levantados sabe-se lá como... Eu só me lembro das pirâmides do Egito - tão suntuosas, mas levantadas com o suor e sangue (vidas) dos nossos irmãos israelitas há milênios atrás. Os turistas visitam-nas, impressionam-se - mas o que Deus pensará delas? Lembro-me de Tiago - "as vossas riquezas estão corruptas, e as vossas roupagens, comidas de traças" (5.2).



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Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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