O SENHOR revelou-Se nas Escrituras Sagradas, mas inúmeras pessoas e grupos criam interpretações divorciadas dessa revelação. Se as Escrituras são a Palavra de Deus, e se a Palavra de Deus é a revelação desse mesmo Deus, logo as interpretações errôneas criam deuses diferentes, provenientes das intenções, imaginações e emoções humanas.
O Liberalismo ou Modernismo Teológico criou um deus envergonhado, que tem de se render a supostos intelectuais e cientistas, e cuja palavra tem partes inspiradas e partes meramente humanas, cultural e historicamente construídas. Essa falsa teologia não crê em milagres, no sobrenatural, no nascimento virginal de Cristo, na ressurreição. Enfim, nem Cristianismo é.
A Neo-ortodoxia criou um deus cuja palavra passa a ser divina no momento do encontro existencial do leitor com essa mesma palavra. Esse deus é mais fruto do existencialismo do que de qualquer passagem bíblica.
A Teologia da Libertação e a Teologia da Missão Integral criaram um deus cuja principal preocupação é a transformação das estruturas políticas para a promoção da justiça social. Sua falsa teologia enxerga a Lei de Moisés como um código de reforma agrária e sustentabilidade, os profetas como ativistas sociais, Jesus como um revolucionário socialista, as igrejas como comunidades eclesiais de base e a escatologia como um plano divino de superação da luta de classes.
A Teologia da Prosperidade ou Confissão Positiva criou um deus materialista, que estimula a ambição, o egoísmo, a mesquinhez, o enriquecimento como sinônimo de prosperidade e a mentira dos decretos e determinações como substituto da oração. Essa falsa teologia enxerga a doença e a pobreza como sinais de maldição. A ação desse falso deus funciona como a lei da atração, e a fé, como um dispositivo espiritual que ativa os poderes do Universo. As orações a esse falso deus são como a reprogramação mental e a visualização, traços de religiões orientais.
A Teologia de Batalha Espiritual (em sua versão herética) criou um deus de história em quadrinhos, caricato, que vive a ordenar conflitos cósmicos entre anjos e demônios, tornando os céus uma praça de guerra, e os fatos como mero produto desse conflito estelar. Essa falsa teologia tem ensinos como "cobertura espiritual", "legalidade" e "demônios territoriais", e aprecia a hierarquização e a nomenclatura que emana dos terreiros de candomblé e de outros cultos espiritualistas. Há uma espécie de maniqueísmo em tudo isso.
O Movimento Judaizante criou um deus contraditório, que inspirou o registro de Romanos, Gálatas, Colossenses e Hebreus, mas que depois mudou de ideia e achou que o tabernáculo, os objetos do tabernáculo, o sacerdócio e o sistema sacrificial do Antigo Testamento não seriam "sombra das coisas futuras" nem "figura das coisas que haveriam de vir", mas aspectos da espiritualidade cristã neotestamentária e atual. Esse falso deus gosta do som do shofar, de festas judaicas e de palavras hebraicas.
A Teologia Gay criou um deus que confunde amor com tolerância para com o pecado, e que despreza trechos da própria Bíblia, tanto do Antigo como do Novo Testamento. Essa falsa teologia não passa de tentativa de fugir do que é mais do que cristalino: a Palavra de Deus descreve o homossexualismo como um pecado.
É necessário reconhecer que uma leitura incorreta da Bíblia tem o potencial de gerar um deus falso. Isso é gravíssimo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário