Jesus contava parábolas para
anunciar o Reino de Deus de maneira simples e para, ao mesmo tempo,
ocultar as verdades do Reino de Deus àqueles que não iriam crer.
Lucas, um médico grego, escreveu
a respeito de pessoas marginalizadas, como crianças,
mulheres, pobres, mendigos, leprosos,
enfermos em geral, samaritanos, estrangeiros.
De modo objetivo, a salvação é
oferecida a todos.
Duas vidas diferentes,
duas mortes diferentes, dois destinos diferentes.
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O homem rico (no latim, dives) vestia-se muito bem e se alegrava todos os dias.
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Lázaro (forma grega de Eleazar = “Deus ajuda”) era mendigo, vivia à porta da casa do rico, cheio de feridas que os cães (impuros) lambiam, desejoso de comer as migalhas que caíam da mesa daquele. Daí vem o termo “lazarento”.
Ambos morreram. A morte é uma
realidade universal e categórica.
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Lázaro foi levado pelos anjos ao seio de Abraão – descrição que ressalta a vida após a morte.
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O rico foi sepultado – descrição que ressalta a finitude da vida.
Inferno de Dante (A Divina
Comédia):
“Enquanto
vivia, eu tinha muito do que queria; E agora, ai! anseio por uma gota
de água”.
“Seio de Abraão” seria uma
referência ao paraíso (Lc 23.43; II Co 12.4) porque Lázaro devia
estar recostado a Abraão como num banquete (cf. Jo 13.23).
“Jesus
lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no
paraíso” (Lc 23.43).
“foi
arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é
lícito ao homem referir” (II Co 12.4).
“Ora,
ali estava conchegado a Jesus um dos seus discípulos, aquele a quem
ele amava” (Jo 3.23).
Hades (Sheol):
“inferno, sepulcro, morte ou profundezas” (NVI).
Havia em Israel a noção errônea
de que a prosperidade material sinalizava a aprovação divina sobre
a vida do indivíduo.
ALGUMAS LIÇÕES:
1) Há consciência após a
morte (contra a doutrina do Sono da Alma e contra a ideia de que
não existe vida após a morte);
2) O inferno é uma realidade
(contra o Liberalismo Teológico);
3) Não há segunda
oportunidade após a morte (contra a doutrina católica do
Purgatório e contra a doutrina da Reencarnação) [Hb 9.27];
4) Vivos e mortos não podem
se comunicar (contra a necromancia).
“Quando
vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam
e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos
vivos se consultarão os mortos?À lei e ao testemunho! Se eles não
falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is 8.19,20).
5) A fé de Lázaro estava
fundada em Moisés e nos Profetas – enfim, na Palavra de Deus.
Lázaro não foi salvo por ser
pobre, assim como o rico não foi condenado por ser rico.
As pessoas são salvas quando
recebem a Palavra de Deus com fé, e não quando testemunham milagres
como a ressurreição.
O Judaísmo apartou-se de Cristo.
Para quem não deseja crer,
nenhum milagre é suficiente.
Ap 20.11-15 – Haverá o juízo
final.
“11 Vi
um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença
fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
12 Vi
também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do
trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida,
foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras,
conforme o que se achava escrito nos livros.
13 Deu
o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os
mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas
obras.
14 Então,
a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta
é a segunda morte, o lago de fogo.
15 E,
se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi
lançado para dentro do lago de fogo” (Ap 20.11-15).
2 comentários:
Você acha que esse relato foi uma parábola ou a descrição de fatos realmente ocorridos? Essa discussão é interessante. A mim me parece que foi mesmo o relato de fatos reais:
a) Não se diz que era parábola; tudo bem que nem sempre o relato de parábolas é precedido por um "aviso", mas é significativo.
b) Diz-se o nome do cidadão (Lázaro) - em nenhuma parábola ocorre isso
c) Não se diz o nome do rico - haveria pessoas contemporâneas dele que ouviriam a história e o identificariam? Por outro lado, Jesus nunca foi de se preocupar com esses melindres.
Devo admitir que essa questão não faz muita diferença. O ensino do texto, como você pontuou no blog, é o que importa.
Grande João, eu pessoalmente acho que é uma parábola, no contexto de outra advertência sobre a administração das riquezas (parábola de Lc 16.1-13 e declarações de Lc 16.14-17). Para essa pregação li comentários da Bíblia Anotada, d'O Novo Comentário da Bíblia e d'O Novo Testamento Interpretado de Champlin. Este, muito profundo e rico, aponta diferentes teorias. Jesus poderia estar profetizando que Lázaro, de Betânia, morreria e seria ressuscitado, e que nem assim creriam no SENHOR. Mas essa é uma especulação, entre outras. Lázaro, forma grega de Eleazar, significa "Deus ajuda", e o nome pode ter sido empregado por Jesus para dizer que a graça de Deus estava sobre ele, e não sobre o rico. Champlin afirma que certa monografia antiga observou haver um conto egípcio, acho que existente à época de Jesus, que narrava episódio muito similar. O seio de Abraão tão perto do inferno, dele separado por um abismo, me parece estranho, mas daí lembro de Ef 4.7-10...De toda maneira, considerando o método de Jesus de contar parábolas, e o caráter tão rico dos detalhes da história, prefiro considerar que se trata de uma parábola.
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