Todo escândalo político no Brasil tem sua graça. Em 2005 o Mensalão nos presenteou com o espetáculo de figuras como o "carequinha de Minas", um sujeito que se chamava Dilúvio, um José que não era Genuíno, um Dirceu que não era de Marília, um Cunha que não era Eduardo (mas João Paulo), um Silvinho que não era cantor, mas professor de sociologia e componente da turma. E vimos que Lula, o líder de massas e profeta de um novo tempo, não sabia de nada.
Houve até aquele episódio em que um CD do Lupicínio Rodrigues deu um soco no olho de Roberto Jefferson, que depois disso virou cantor e gravou um disco.
Agora, com o Petrolão, conhecemos alguns importantes diretores e gerentes da PTBrás: tem o Paulo Roberto, primeiro a dar a Costa para os companheiros em sua delação premiada; tem aquele outro cujo filho, ator profissional, armou uma arapuca para a Vovó Mafalda travestida de Antonio Fagundes depois da catapora; tem o Pedro, que, barusco que só ele, foi logo contando tudo; tem o Renato, que de Duque só tem o nome. Ah! E se sabe que boa parte da encrenca se deu sob as barbas da Graça, aquela moça bonita da PTBrás.
Novos personagens se juntam à festa: tem o André, que Esteves (Ô piada batida!) contaminando o belo patronímico que carrego com satisfação; tem o Amigo Primaz do Lula, o José Carlos Burlai, pecuarista nominal e com passe livre no palácio das tenebrosas transações; tem o neto do Brasil, aquele rapaz esperto que copiou a Wikipédia para vender consultoria de alto nível, por milhões, a uma microempresa de um sujeito que é amigo de Lula desde os tempos em que um era sindicalista radical e o outro era representante de empresa com a qual o sindicalista radical "brigava".
O Lula, coitado, continua sabendo de tudo aquilo que deu certo, e por fora de tudo aquilo que deu errado.
Mas Cunha, desta vez Eduardo, maneja o pedido de impeachment ora como arma, ora como escudo; Renan, metido em toda confusão que se preze, ainda se mantém de pé (mas cuide para que não caia!); e Michel vive a dizer que não tem nada a Temer.
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