"Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo" (Cl 2.8).
Ao ler a expressão "filosofia e vãs sutilezas", penso nas ideologias contemporâneas. É certo que o apóstolo Paulo, em sua Epístola aos Colossenses, combatia o gnosticismo, movimento enfrentado, por exemplo, em I e II Jo e Jd, mas a expressão "filosofia e vãs sutilezas" pode abranger uma infinidade de doutrinas humanas.
Comunismo, Socialismo, Gramscismo, Feminismo, Ideologia de Gênero, Teologia da Libertação, nada disso pode determinar a fé bíblica, mesmo porque tais ideologias são contrárias à cosmovisão cristã. No meio protestante, a Teologia da Missão Integral tenta fazer as vezes de um pensamento social não ideológico e bíblico, mas, ao fim e ao cabo, é de ideologia marxista que se trata.
A Igreja sempre combateu heresias, e desde o Séc. XX, pelo menos, tem enfrentado ideologias, porque foi justamente o Séc. XX o século das ideologias e dos antagonismos, da Guerra Fria, das "grandes narrativas", do Fascismo, do Nazismo e do Comunismo/Socialismo. Os planos dos nazistas, fascistas e comunistas/socialistas passavam por conceitos totalmente equivocados e contrários à Palavra de Deus.
Não é pecado ostentar uma visão de mundo marcada por convicções políticas: de um modo geral, todos temos crenças políticas, ainda que nos consideremos "apolíticos" ou "antipolíticos", porque até essas posturas são constitutivas de uma visão política. O pecado é tentar distorcer a Palavra de Deus para que ela diga aquilo que a ideologia diz.
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