E se o diabo propusesse a Deus um acordo de paz? Cansado de uma vida de intrigas, batalhas e clandestinidade, o diabo, com toda a sua ousadia e astúcia, bem que seria capaz de uma ideia atravessada como essa…
Tendo em seu histórico a corrupção do gênero humano, com toda sorte de consequências ruins, e com um prognóstico de completo mau augúrio, Satanás pensaria, quem sabe, em propor um pacto definitivo, não apenas um cessar-fogo. Não seria como um tradicional “pacto com o diabo”, diria ele, mas algo similar aos “acordos de paz” apreciados e incentivados pela Organização das Nações Unidas e pelo Comitê do Nobel. No limite, ganharia o prêmio, e, de qualquer modo, passaria à História como um pacificador, um ex-guerrilheiro que preteriu sua ideologia em favor de um bem maior, qual seja, a paz mundial e cósmica.
Antes de prosseguir, seria bom falar de eventual ideologia do diabo. E o diabo tem ideologia? Mais do que ideologia, que podem ser muitas, o diabo tem objetivo e estratégias. Seu objetivo, desde que a iniquidade nele se abrigou, é humilhar o Homem, e todas as suas estratégias podem ser resumidas numa palavra: “pecado”. Com o Pecado Original (a “Queda”), vieram o sofrimento, os conflitos e contendas, a racionalização das faltas, a indignidade, a degeneração do ambiente. O mundo, como sistema em rebelião contra Deus, transformou-se num campo de guerra, num vale de sombras, numa selva indevassável, num cemitério – escolhei as metáforas. Para o diabo, interessa mentir, roubar, matar e destruir. Ele sabe que está condenado, e que sua execução bate à porta, e corre contra o tempo veloz.
No entanto, com um acordo de paz, pensaria o Cão, quem garante que o mundo não o veria com bons olhos, digno de aplauso, merecedor do reconhecimento universal? Examinando os líderes mundiais, não teria dúvida do apoio político necessário. Seria aclamado em Hollywood, festejado por intelectuais, premiado com o Nobel, tomado como líder, inspiração, herói, referência! Seria um símbolo da paz, um capitão e timoneiro da justiça global.
Digamos, imaginando um pouco mais, que o diabo levasse adiante sua proposta. Sabe-se que “o papel aceita tudo”, que propostas podem ser recusadas, e que, afinal, um cão danado como ele nada teria a perder.
Feita a proposta, o SENHOR Jesus, Advogado e Príncipe da Paz, diria, com toda autoridade, ao infeliz:
- Pai de toda mentira, maligno em propósitos, pensamentos e ações, cruel assassino e insidioso tentador, sabes, ó criatura abominável, que teu pacto já foi proposto, antiga serpente, lá no Éden, e que justamente por isso Eu vim ao mundo, para desfazer as obras do diabo. Lá no Éden propuseste um pacto com o Homem, pautado pela emancipação ética em relação ao Criador, como se a Humanidade pudesse se orientar sozinha, sem a ética de Deus. Ensejaste a dúvida, a mentira, a incredulidade, a morte, o sofrimento, a contenda, o conflito, a guerra, a maldade, o fratricídio, pelo que o juízo veio a ser corretamente ordenado, a começar pelo Dilúvio, passando por Sodoma e Gomorra, atravessando séculos e alcançando as nações de Canaã, para atingir seu ápice no Juízo determinado pelo Pai a ocorrer a seu tempo.
- Sabes, ó estrela apagada, que Eu deixei minha paz em meio às aflições que ensejaste. Não a paz que o mundo oferece, mas a paz eterna, real, espiritual e interior.
- Ó perturbador das nações, acusador, destruidor e horrendo dragão, tu sabes que rejeitei aquele acordo de paz que me propuseste há tempos, quando em meu ministério fui por ti tentado a adorar-te em troca dos reinos do mundo! Recusei-o com toda firmeza de caráter e poder que o Pai me concedeu, estando Eu ali como Representante dos homens que seriam salvos.
- Tua paz é falsa, teu acordo é o próprio desacordo, tuas intenções são malignas em toda a sua extensão, tua fome é dirigida à carne e à alma daqueles que criei para meu louvor e glória. Celebrar paz com o diabo seria negar o próprio caráter justo, reto, puro, santo e bom d'Aquele que criou todas as coisas, nos Céus e na Terra, e que tem em Suas mãos todo conhecimento, domínio e poder.
- Sai correndo, Satanás! Arreda! Afasta-te de mim! Vai sem nenhuma paz, como lhe é natural! Está escrito que em perfeita paz será conservada a mente daquele que está firme em Deus, porque confia em Deus. Esta é a paz verdadeira. Sai daqui, disseminador e objeto final de toda maldição!
Recusada a proposta de acordo, sairia o diabo sem proferir palavra, sem vergonha, com o mesmo cinismo de antes. Ele sabe que sua proposta foi aceita por um sem-número de pessoas ao longo da História, como agora: pessoas que vivem uma falsa paz, de prazeres enganosos e glórias cujo fim é a destruição. Ele sabe que levará consigo, para o mundo de trevas abissais, aqueles que, em troca da paz diabólica, recebem nesta vida a mais completa ausência de Deus.
Antes de prosseguir, seria bom falar de eventual ideologia do diabo. E o diabo tem ideologia? Mais do que ideologia, que podem ser muitas, o diabo tem objetivo e estratégias. Seu objetivo, desde que a iniquidade nele se abrigou, é humilhar o Homem, e todas as suas estratégias podem ser resumidas numa palavra: “pecado”. Com o Pecado Original (a “Queda”), vieram o sofrimento, os conflitos e contendas, a racionalização das faltas, a indignidade, a degeneração do ambiente. O mundo, como sistema em rebelião contra Deus, transformou-se num campo de guerra, num vale de sombras, numa selva indevassável, num cemitério – escolhei as metáforas. Para o diabo, interessa mentir, roubar, matar e destruir. Ele sabe que está condenado, e que sua execução bate à porta, e corre contra o tempo veloz.
No entanto, com um acordo de paz, pensaria o Cão, quem garante que o mundo não o veria com bons olhos, digno de aplauso, merecedor do reconhecimento universal? Examinando os líderes mundiais, não teria dúvida do apoio político necessário. Seria aclamado em Hollywood, festejado por intelectuais, premiado com o Nobel, tomado como líder, inspiração, herói, referência! Seria um símbolo da paz, um capitão e timoneiro da justiça global.
Digamos, imaginando um pouco mais, que o diabo levasse adiante sua proposta. Sabe-se que “o papel aceita tudo”, que propostas podem ser recusadas, e que, afinal, um cão danado como ele nada teria a perder.
Feita a proposta, o SENHOR Jesus, Advogado e Príncipe da Paz, diria, com toda autoridade, ao infeliz:
- Pai de toda mentira, maligno em propósitos, pensamentos e ações, cruel assassino e insidioso tentador, sabes, ó criatura abominável, que teu pacto já foi proposto, antiga serpente, lá no Éden, e que justamente por isso Eu vim ao mundo, para desfazer as obras do diabo. Lá no Éden propuseste um pacto com o Homem, pautado pela emancipação ética em relação ao Criador, como se a Humanidade pudesse se orientar sozinha, sem a ética de Deus. Ensejaste a dúvida, a mentira, a incredulidade, a morte, o sofrimento, a contenda, o conflito, a guerra, a maldade, o fratricídio, pelo que o juízo veio a ser corretamente ordenado, a começar pelo Dilúvio, passando por Sodoma e Gomorra, atravessando séculos e alcançando as nações de Canaã, para atingir seu ápice no Juízo determinado pelo Pai a ocorrer a seu tempo.
- Sabes, ó estrela apagada, que Eu deixei minha paz em meio às aflições que ensejaste. Não a paz que o mundo oferece, mas a paz eterna, real, espiritual e interior.
- Ó perturbador das nações, acusador, destruidor e horrendo dragão, tu sabes que rejeitei aquele acordo de paz que me propuseste há tempos, quando em meu ministério fui por ti tentado a adorar-te em troca dos reinos do mundo! Recusei-o com toda firmeza de caráter e poder que o Pai me concedeu, estando Eu ali como Representante dos homens que seriam salvos.
- Tua paz é falsa, teu acordo é o próprio desacordo, tuas intenções são malignas em toda a sua extensão, tua fome é dirigida à carne e à alma daqueles que criei para meu louvor e glória. Celebrar paz com o diabo seria negar o próprio caráter justo, reto, puro, santo e bom d'Aquele que criou todas as coisas, nos Céus e na Terra, e que tem em Suas mãos todo conhecimento, domínio e poder.
- Sai correndo, Satanás! Arreda! Afasta-te de mim! Vai sem nenhuma paz, como lhe é natural! Está escrito que em perfeita paz será conservada a mente daquele que está firme em Deus, porque confia em Deus. Esta é a paz verdadeira. Sai daqui, disseminador e objeto final de toda maldição!
Recusada a proposta de acordo, sairia o diabo sem proferir palavra, sem vergonha, com o mesmo cinismo de antes. Ele sabe que sua proposta foi aceita por um sem-número de pessoas ao longo da História, como agora: pessoas que vivem uma falsa paz, de prazeres enganosos e glórias cujo fim é a destruição. Ele sabe que levará consigo, para o mundo de trevas abissais, aqueles que, em troca da paz diabólica, recebem nesta vida a mais completa ausência de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário