Vamos criticar a imprensa de maneira objetiva? Ora, nesse caso do Massacre de Realengo o jornalismo tem cometido muitos erros. O sensacionalismo e a desinformação fazem com que Wellington Menezes de Oliveira seja ao mesmo tempo um fanático das Testemunhas de Jeová, do Islamismo e do Adventismo, tudo misturado ao bulling e à existência de armas legalizadas!
Explico: a cada dia surgem notícias de que o rapaz tinha vínculo ou simpatia por alguma religião diferente. Primeiro, disseram que ele tinha simpatia pelo Islamismo e por ações terroristas, algo aparentemente reforçado, em certa medida, por manuscritos e vídeos, além de testemunhos de gente que o conheceu. Logo depois disseram que o rapaz tinha pertencido às Testemunhas de Jeová, seita que sua mãe também teria frequentado. Agora, a Folha On Line me surpreende com a notícia de que texto religioso encontrado na casa de Wellington foi escrito por um pastor adventista!
Ora, ao ler a manchete, tive a impressão de que o jornal dava conta de um pastor envolvido com as loucuras do jovem. Todavia, o texto havia sido impresso a partir da internet, pois o pastor, cujo nome é citado na reportagem, tinha um site e seus textos respondiam a questões sobre inferno, alma, morte e ressurreição.
Já pensou? A gente escreve teologia na internet, um leitor esquizofrênico imprime, esse mesmo leitor mata crianças numa escola, a polícia toma o texto para investigar e a imprensa diz que autor de site evangélico escreveu texto de assassino? Que imprensa é essa?
Esse assunto já rendeu demais. Mas esse é o Brasil.
Um comentário:
Vale a pena ver um artigo no site www.cacp.org.br sobre o massacre - fazendo interessante comparação com os abortos que se realizam no Brasil, e trazendo à tona as opiniões de Caio Fábio e do Edir Macedo sobre o aborto. Não endosso as opiniões do Sr. Júlio Severo (a quem vejo como bastante desequilibrado) mas neste artigo em questão, o que ele escreveu vale a pena ler.
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