Sigo o blog Teologia Livre, editado por Roger Brand diretamente da Alemanha, e cheguei a publicar alguns textos por lá há alguns anos. Ao ler um post de Roger sob o título Carta a um amigo cristão de direita, decidi reproduzir o texto dele em vermelho (cor bem apropriada para a ocasião) e fazer comentários em azul. Vale deixar claro que o amigo destinatário não sou eu, mas há semelhanças entre nós.
Confira-se:
Confira-se:
Meu
caro amigo,
você
e eu passamos pelo movimento estudantil na universidade e tínhamos
afinidade em nossas visões políticas. Lembra-se, você PSDB
apaixonado e eu, não filiado, sem carteirinha mas simpatizante do
PT. Eram os anos 90. Tínhamos acabado de pintar a cara e tirar um
presidente e o FHC incomodava nossa classe cortando o orçamento da
educação.
Roger,
assim como você e seu amigo, eu vivi aquele período. Em 1992, então
com 15 anos de idade, saí à rua de uma cidade do Interior da Bahia,
onde cursava o segundo grau, para gritar “Fora Collor”. Lá
estavam tremulando as bandeiras do PT, ao som de “Alegria,
Alegria”, do Caetano Veloso.
Estudei
Direito de 1996 a 2001, onde participei da Aliança Bíblica
Universitária (ABU), assim como você, além de outros grupos
evangélicos. Embora não fosse membro de movimentos políticos na
Universidade, tinha ideias de esquerda, e cheguei a aderir a uma
manifestação de rua contra o reitor, perguntando-lhe, por meio de
palavras de ordem, onde estaria a “verba da educação”. Não
gostava do Governo FHC por considerá-lo ruim para a promoção da
justiça social, essas coisas. Toda a nossa geração foi educada por
professores de esquerda, e para nós ser de direita era apoiar a
ditadura militar de 1964.
Tenho
vergonha hoje, mas minha monografia de final de curso defendeu … a
legitimidade constitucional das invasões promovidas pelo Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), além de ter feito duas
pesquisas, com bolsa do CNPq, sobre a função social da propriedade
sob uma ótica esquerdista. Eu me identificava com o PT, assim como
você, Roger. Quanto ao seu amigo, você disse que ele era “PSDB
apaixonado”. Não sabia que isso existia, mas tudo bem... O PSDB é
uma partido de centro-esquerda, social-democrata. Seu amigo era de
esquerda àquela época, como você diz adiante. Então, ele tinha em
mente que o PSDB era de esquerda, certo?
Tínhamos
também afinidade espiritual. Você participante do grupo católico
fé e política e eu da ABU.
Conquanto
nosso trabalho na ABU tenha sido de evangelização e preparação de
líderes (“Estudante Alcançando Estudante”), descobri depois que
a Teologia da Missão Integral é deveras irmanada com a Teologia da
Libertação, aquela mistura canhestra de Marxismo com
linguagem
católica. De toda maneira, a ABU não se resume a isso, e em minha
passagem por lá não vi nada de pregação política.
Em
nossa luta partidária estava claro que os radicais do PCdoB, em seu
fanatismo cego, estavam desvirtuando a lógica da representação
estudantil no Campus, para fins meramente politiqueiros.
Juntos
conseguimos derrotá-los e passar por duas gestões do DCE e
influenciar nossa Universidade de forma notoriamente positiva. Bons
tempos aqueles.
Concordo
plenamente com o que diz sobre o PCdoB. Na Universidade Federal de
Viçosa (UFV) havia um grupo de universitários ligados
ao
PCdoB com o propósito de fazer política estudantil. De um lado, o
PCdoB, a esquerda radical apoiada pela União Nacional dos Estudantes
(UNE), que, por sua vez, é feudo dos comunistas do Brasil; de outro
lado, o PT, que se pretendia uma esquerda mais consciente, mais
moderada. Ambos, porém, faziam política sem preocupação com as
demandas estudantis. Seu negócio era a bandeira partidária.
Você
sempre foi uma voz de dentro da esquerda que sabia criticar os
exageros da esquerda. Especialmente as maluquices antropológicas do
governo e as questões indígenas te indignaram demais. Suas críticas
estavam cada vez mais impiedosas. Tudo isso te empurrou para os
braços de formadores de opinião fundamentalistas e reacionários…
Há muito já estava óbvio para todo mundo que o caldo tinha
entornado para você.
Roger,
com todo o respeito, você tem uma visão preconceituosa sobre a
direita. Seu amigo pode simplesmente criticar os “exageros da
esquerda”, sendo uma “voz de dentro” para combater “as
maluquices antropológicas do governo” (?) e “as questões
indígenas”, mas não pode se identificar com a direita, para não
ser “fundamentalista” nem “reacionário”? O fato de ter
opiniões “impiedosas” contra as besteiras da esquerda fez com
que o “caldo” entornasse para ele? Quer dizer que seu amigo
praticamente se tornou um delinquente político? É isso? Ele não
pode querer o bem do Brasil e ao mesmo tempo ser de direita? Essa não
é uma perspectiva autoritária, Roger?
Hoje
fiquei sabendo que você resolveu assumir-se de “direita”
e isso mexeu comigo. Conto porque:
Primeiro,
você diz que cansou “das propagandas que pretendem explicar
direita
e esquerda
com clichés mentirosos que idealizam a esquerda e demonizam a
direita. Entendo perfeitamente seu cansaço. No fundo parece-nos que
essa dicotomia só cabe mesmo à nossa geração que vivenciou a
cortina de ferro. Hoje o mundo é outro. Não demora muito chegará o
tempo que esses clichés não farão mais sentido nenhum. E para
muitos com certeza, já não faz. Mas como você poderia esquecer que
a direita usou e usa das mesmas armas propagandistas nesse jogo?
Ao
se identificar como sendo “de direita”, parece que na sua
opinião, Roger, o seu amigo assumiu a prática de um crime! E ele
apenas admitiu uma mudança de rumo em sua visão política.
Entendo
que direita e esquerda expressam duas cosmovisões, e, sinto muito
quanto a pensa diferente, elas não deixarão de existir tão cedo.
Não se trata de elementos característicos apenas da Guerra Fria, e
até precedem em muito esse período histórico. Lembra-se da direita
e da esquerda na Revolução Francesa? E não há direita e esquerda
nos Estados Unidos, ainda que nos limites possíveis para a sociedade
americana?
Enquanto
a direita representa o conservadorismo, a esquerda se diz
“progressista”, “vanguardista”. A direita defende valores
como a liberdade, o individualismo (no bom sentido, Roger!), o
livre-mercado, a não-intervenção indevida do Estado na esfera
individual, o livre-comércio. Já a esquerda destaca a igualdade, a
justiça social, a reparação histórica, a maior intervenção
estatal na economia, o Estado prestacionista. O conservador
geralmente reconhece a existência de valores inegociáveis,
“sagrados”, mas o esquerdista quer que tudo seja um “processo”,
uma “utopia”, um “tornar-se”.
Quanto
à propaganda que demoniza o adversário, o que chama a atenção é
que a esquerda considera que a direita é, por definição,
reacionária, obscurantista, elitista, fundamentalista, opressora,
contra os pobres. Não
se trata de propaganda eventual na disputa política, mas de
declarações decorrentes da ideia errônea de que a esquerda conduz
a História de maneira escatológica, como se a Verdade estivesse com
o Proletariado, com o Partido, com os Movimentos Sociais, com os
Verdes. Para a esquerda mais rombuda, a democracia é uma pedra no
caminho ou uma simples etapa no processo de emancipação dos menos
favorecidos. Eles não acreditam na democracia representativa.
Segundo,
ano que vem é ano de eleições e você sabe que como líder que
você é sua postura influenciará outros. Penso que o PSDB (do
Aécio) seria a melhor via para o Brasil reassumir sua trajetória
econômica. Sou entusiasmado com a distribuição de renda que o PT
proporcionou, creio até mesmo que a Dilma faz bem o seu papel, e até
mereceria uma reeleição. Mas suas falhas não nos são ocultas e o
partido de forma geral esgotou-se. Foram 12 anos… É hora de
revezar. Até onde sabemos o PSDB ainda é de “esquerda”,
ainda que tenha uma linha mais concentradora de renda do que a do PT.
Mas como você se posicionará agora?
Você,
Roger, deseja o revezamento no Poder, embora aprecie a administração
da Sra. Dilma Rousseff e a distribuição de renda proporcionada pelo
governo petista. Entretanto,
sua admissão de um
governo de Aécio Neves só se consuma porque, afinal, “o PSDB
ainda é de esquerda”, e esse é o seu critério fundamental. Sendo
assim, por que não Eduardo Campos, o socialista? Ele não é de
esquerda? Ele não é
lulista? E Marina Silva, a Verde? Você tem medo da política
econômica marineira, “sonhática”,
que não é “oposição
nem situação,
mas posição”? Quanto
à Sra. Dilma Rousseff, reconheço, é claro, a legitimidade
constitucional do seu governo, porque eleita democraticamente, mas em
minha opinhão é uma presidente medíocre em todos os sentidos.
Agora,
dizer que o PSDB é mais concentrador de renda do que o PT requer
comprovação. Roger, o PT apenas reuniu num só programa (Bolsa
Família) os diversos programas sociais do PSDB, depois que o Fome
Zero deu errado. Sim, o PT ampliou a assistência,
e hoje cerca de –
atenção! - 50 milhões
de brasileiros recebem ajuda governamental. Seriam todos miseráveis,
a ponto de precisar de dinheiro do Estado?
O
governo Lula-Dilma é incompetente, incoerente e cínico. Eles
privatizam e dizem que não privatizaram – veja o leilão do Campo
de Libra, veja as concessões das estradas e aeroportos. Eles
demonizam os tucanos porque privatizaram, mas fazem o mesmo e dizem
que não concordam com a privatização!
Além
disso, o governo petista engrega bilhões a grandes empresários por
meio do BNDES – isso desconcentra renda, Roger? Os petistas dão
dinheiro a pobres e a muito ricos, mas a classe média que trabalha,
estuda e paga pesados tributos fica esmagada no meio. Isso é justo
para você?
Terceiro,
tomo como exemplo a Alemanha. Pelas possibilidades do sistema aqui,
pude votar esse ano tanto na “direita” CSU/CDU como na “esquerda”
SPD. E tudo indica que ambos construirão uma coligação. Ou seja, a
União Cristã parece ter se cansado do antigo aliado, o Partido
Liberal (que está mais à direita), e se “livrou” dele. Agora
está a ponto de se coligar com os socialistas.
O SPD defende claramente algumas intervenções na economia, como
aumento da alíquota de imposto para ricos, criar um salário mínimo
(coisa que não existe na Alemanha) e limite para salários de “top
managers”. Isso para que haja maior divisão da renda e mais
recursos para os cofres públicos. O CDU advoga que sua política
“liberal” tem garantido à Alemanha os fundamentos para
sobreviver à crise do Euro, mas de fato tem faltado dinheiro para
manter a tão moderna e pesada infraestrutura que a Alemanha já
possui e a lacuna entre ricos e pobres tem aumentado. A Alemanha e
seu sistema político possibilita aquilo que vivenciamos no DCE, um
esquerda moderada, de centro. Você riscou completamente de suas
opções a causa esquerda então com qual partido você se
simpatizará agora?
Se
a esquerda tiver boas ideias, estas devem ser acolhidas. O pior é
que geralmente as ideias da esquerda são estatizantes, caras,
burocratizantes, fora da realidade, viciadas pela ideologia,
contrárias ao bom senso, vinculadas a pterodáctilos políticos e a
minorias barulhentas.
Que
bom que Angela Merkel venceu! Imagine se os socialistas estivessem no
Poder em meio a uma
crise econômica como essa!
De toda maneira, eles terão suas
cadeiras
garantidas
pelos eleitores que lhes deram um voto de confiança, dentro
dos marcos democráticos.
Para
você, Roger, o que importa é uma esquerda moderada, de centro, como
no DCE (!), mas com repúdio à direita, que em sua concepção deve
estar de fora. Eu penso diferente. Bom é que haja democracia plena e
respeito às instituições. Lamento que a esquerda costume solapar
os governos de direita legitimamente constituídos, ao argumento de
que não representam os movimentos sociais e os verdadeiros anseios
do povo.
Do
grupo fé e política e da teologia da libertação você
abençoaria o que então hoje, uma TFP e uma teologia da
prosperidade?
Não
entendi muito bem a primeira parte do parágrafo (acima grifada), mas
será que ser de direita é se identificar necessariamente com a
Tradição, Família e Propriedade (TFP) ou com a Teologia da
Prosperidade? Roger, isso não tem fundamento! Um dos recursos
retóricos muito usados pela esquerda é justamente refutar o que o
outro não disse, para tornar aparentemente convincente o seu próprio
argumento. Não sei se você sabe, mas Edir Macedo, um dos maiores
proponentes da Teologia da Prosperidade no Brasil (e em diversos
países do mundo) é lulista e simpático ao PT. A Teologia da
Prosperidade prega a ascensão material dos pobres por meio da fé
na fé, do tipo “Confissão
Positiva”, e é algo
acentuadamente populista,
distante da realidade e das Escrituras.
Penso
que seja lá qual for a base teórica que se adote para conceituar
uma coisa ou outra; sejá lá quais as formas que tanto um lado como
outro encontram para tomar e permanecer no poder; não poderemos
nunca abrir mão de três coisas:
- da ética
- do estado democrático de direito, tendo como base os direitos fundamentais do homem (liberdade de expressão, de crença, de ir e vir e etc); e
Roger,
eu não sabia, mas você, no fundo, é de direita! Se defende as
liberdades fundamentais e o amparo aos pobres, o que há de mais
conservador nisso? No que toca à ética, esta não é finalidade,
mas fundamento
da política, e por isso não pode adentrar à disputa ideológica.
Na
verdade esses três pontos independem da linha ideológica, se
progressista ou conservadora. Ambos os lados irão fatalmente
negligenciar essas três coisas devido à própria força e sedução
do poder. Por isso minha posição particular é que, o que garantirá
o sucesso de um governo está muito mais relacionado à
“pessoa”
que governa,
suas qualidades morais, humanas, sociais, do que à competência
meramente técnicas ou político-ideológicas.
Somente
a ética independe da cor ideológica do partido, por ser fundamento
da ação política, e não finalidade ideológica, embora o próprio
PT tenha crescido com a
suposta bandeira ética...
Os
direitos fundamentais da pessoa humana, constitucionalizados há
décadas, já foram objeto de disputa política, e não nasceram com
a esquerda. Na verdade, os esquerdistas gostam de criticar a
“democracia burguesa”, a representação política, a liberdade
de expressão, a liberdade de religião, a liberdade empresarial, o
livre-mercado, o livre-comércio, e não protegem os direitos humanos
de quem é oprimido e morto por comunistas (vide o
caso da Cuba castrista).
A
busca da justiça social não era propriamente a luta dos marxistas,
por exemplo. Os marxistas queriam a superação da luta de classes e
a instauração da Ditadura do Proletariado para em seguida aniquilar
o próprio Estado. Os
comunistas e socialistas buscaram a coletivização,
a apropriação dos meios de produção pelos proletários, mas quem
iria tomar conta dos meios de produção? Ora, o Partido!
O
Social-Liberalismo é o meio-termo entre Socialismo e Liberalismo.
Leia a Constituição brasileira de 1988, agora com 25 anos, e verá
que ela não é liberal nem socialista, mas social-liberal ou
social-democrata (função social da propriedade, valorização
social do
trabalho, intervenção do Estado na economia, reforma
agrária, ênfase no
papel dos sindicatos). Foi
essa Constituição que o PT não endossou porque a considerou
elitista demais, assim
como não apoiou a eleição de Tancredo Neves, o Plano Real nem a
Lei de Responsabilidade Fiscal.
Você
me surpreende, Roger, ao dizer que o que importa é a pessoa do
governante, “suas qualidades morais, humanas, sociais”. Esse
discurso não cai bem a um homem de esquerda. A esquerda fala do
Partido, do Estado, dos Movimentos Sociais, das “forças
progressistas”, dos Coletivos. Você fala de valores individuais.
Embora possa parecer, não se cuida de um traço conservador, por
suposto amor à individualidade. Trata-se de desilusão com algum
partido de esquerda que chegou ao Poder... Que partido seria esse,
Roger? E não se trata
de um discurso positivo, porque qualidades boas podem ser
acompanhadas de péssimas escolhas políticas. A História dá-nos
exemplos disso.
Na
Alemanha costumo porém dizer que, como vim de um país com um dos
piores índices de distribuição de renda do mundo, sou forçosamente
levado a optar pela esquerda, cuja principal bandeira é a
redistribuição. Como vivenciamos recentemente uma crise econômica
cuja origem se deu na especulação e imoralidade do setor financeiro
americano, sou forçado a protestar contra esse “liberalismo de
direita”.
Então,
Roger, seu esquerdismo depende do contexto econômico. É
interessante que você se vê forçado a ser de esquerda no Brasil,
por causa da pregação esquerdista em favor da distribuição de
renda, mas milhões de pessoas não são de esquerda no Brasil. Elas
seriam ruins, medonhas, insensíveis, indiferentes ao sofrimento
alheio?
Lembre-se,
ninguém poderá segurar duas mãos invisíveis de senhores
diferentes, ou você segura a de Deus ou a do mercado.
Essa
foi terrível, e você só confirmou o que o seu amigo disse, no
sentido de que a esquerda se autodiviniza e demoniza a direita. Para
você, ou o indivíduo é de Deus ou do mercado, não pode ser de
Deus e apreciar o livre-mercado. Fico a refletir: se na Alemanha você
votou nos conservadores, talvez devesse fazer umas orações pedindo
perdão, porque, em verdade, Deus não é brasileiro – está em
toda parte -, e escolhas ideológicas não podem depender da ocasião.
Cordialmente,
Alex
Esteves da Rocha Sousa.
2 comentários:
Obrigado, Alex, pela réplica. Deu para matar a saudade.
Gostei do seu bom humor.
De fato o texto é uma mistura de acontecimentos reais que teve como ponto de partida o Texto de Bráulia Ribeiro na Ultimato.
Evidentemente que em certos pontos exagerei, e você parece que apanhou todos eles. Mas não acho isso mau, faz parte da conversa.
Acho que nós todos queremos muitos fundamentos lógicos, científicos, em nossos argumentos. Mas o que escrevi foram meras impressões, sentimentos, que espero fazerem algum sentido lógico, mas não exigiria tanto delas.
No mais, saudações fraternas!
Como sempre, texto lúcido. Muito lúcido. Como você sabe, Alex, eu mesmo me intitulo "de direita" sem nenhuma vergonha. Os sistemas são meras tentativas humanas de amenizar a maldição do pecado, mas a cosmovisão de direita me parece ser a menos ruim - até porque reconhece a maldade humana.
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