Texto Áureo: Pv 1.7.
Leitura Bíblica em
Classe: Pv 1.1-6.
Introdução.
Conselhos. Sabedoria.
Aspectos práticos da vida com Deus. Ética.
- Provérbios ou ditos populares. Cultura popular. Sabedoria popular. Tradição de um povo. Valores éticos, morais e sociais. Vida cotidiana.
- Provérbios bíblicos. Sabedoria divina. Parábolas, fábulas, instruções, enigmas, provérbios, símiles, metáforas, apólogos. Conselhos do SENHOR. Não se trata de princípios abstratos nem de especulações ou teorias.
Características
dos
provérbios:
concisão;
sagacidade; forma memorável;
base
na experiência; verdade universal; objetivo prático e longo uso;
forma poética ou rítmica (quase sempre)2.
São
máximas,
sentenças, frases curtas. Vivacidade. Imagens convincentes e belas.
Características
das instruções: legado de um pai ao filho ou de um mestre a seu
discípulo, com ordens, proibições e as respectivas motivações.
I. Joias da Literatura
Sapiencial.
Literatura de Sabedoria
ou Literatura Sapiencial: Provérbios, Eclesiastes e Jó. Alguns
acrescentam Salmos e Cantares (Cântico dos Cânticos).
O escriba (doutor da Lei)
Esdras pode ter compilado (editado) o que conhecemos como a
literatura sapiencial.
O Livro de Sabedoria e o
Eclesiástico, presentes na Bíblia Católica, são apócrifos, e
imitam o estilo da literatura sapiencial.
1. O Livro de Provérbios.
Títuo
do Livro de Provérbios no
hebraico: Mashal
(comparação ou símile;
ideia de representação ou semelhança). Em
Ez 17.2, mashal é
traduzida
como “parábola”. Também
denota “um dito
expressivo” (cf. I
Sm 10.12). A palavra hebraica
hiddal é traduzida
como “enigma” ou “adivinhação”.
Títuo
do Livro de Provérbios no
grego (Septuaginta ou Versão dos LXX): Paroimiai.
Autoria principal (Pv
1.1).
Diversos autores
(Salomão; sábios; Agur; Lemuel).
Fundamento: experiência
humana, mas com a inspiração do Espírito Santo.
Tema: O dever moral.
Estilo literário:
provérbios e instruções.
Seções claramente
demarcadas: Pv 1-9 (aplicações da sabedoria salomônica);
10.1-22.16 (conselhos de Salomão); 22.17-24.34 (conselhos dos
sábios); 25-29 (compilação feita pelos assessores do rei
Ezequias); 30 (palavras de Agur, filho de Jaque, de Massá); 31
(palavras do rei Lemuel a partir do ensino de sua mãe).
Ideias importantes:
sabedoria, conhecimento, instrução, entendimento, conselhos,
ciência, prudência, inteligência.
Assuntos: moralidade;
amizade; controle do falar; controle das emoções; condução dos
relacionamentos interpessoais e sociais; sexualidade; obediência aos
pais; disciplina; educação dos filhos; preservação do casamento e
da família; propriedade; uso do dinheiro; trabalho e preguiça;
sabedoria e tolice; justiça; direito; governo; liderança; moderação
quanto às bebidas.
2. Livro de Eclesiastes.
Título no hebraico:
Qohelet (“Pregador”;
aquele que discursa para uma assembleia).
Autor: Salomão (Ec 1.1).
Fundamento: filosofia
moral inspirada por Deus.
Tema: a verdadeira
felicidade.
Quatro Seções: 1.1-3.15
(“tudo é vaidade”; poema sobre o tempo); 3.16-11.8 (parte
central, incluindo provérbios, poemas e parábolas); 11.9-12.8 (a
juventude e a velhice); 12.9-14 (epílogo).
- Não é pessimista, cético, nem desiludido. Não é mera filosofia humana.
- Combate o hedonismo (busca do prazer pelo prazer); o secularismo (viver como se Deus não existisse); o mero intelectualismo (buscar o conhecimento pelo conhecimento); a superficialidade, a mediocridade, a perspectiva estreita, os costumes baixos.
- Síntese: não há sentido nem utilidade na vida sem Deus.
II. A sabedoria dos
antigos.
A figura do sábio no
Antigo Testamento (Jr 18.18; cf. Is 29.14; Jr 8.8,9). O sacerdote com
a Lei; o profeta com a palavra; e o sábio com o conselho.
Sabedoria salomônica.
Atividade literária e
intelectual de Salomão (I Rs 4.29-34).
Áreas de atuação:
botânica, zoologia, política, literatura, filosofia moral e
pregação (I Rs 4.29-34; Ec 1.1; 12.9-14).
Justiça salomônica (I
Rs 3.16-28). Diplomacia (I Rs 5.12).
A fama internacional de
Salomão em razão da sabedoria (I Rs 10.1-13).
III. As fontes da
sabedoria.
1. Sabedoria popular.
Graça Comum (conceito reformado). A literatura sapiencial contém o
registro inspirado da sabedoria popular. No entanto, somente a
sabedoria de Deus é perfeita.
Os sábios dos outros
povos:
- Gn 41.8 (sábios do Egito). Ob 8 (sábios de Edom). Dn 2.2; 4.7; 5.7,8 (sábios da Babilônia).
- Livro egípcio de Amen-em-ope (cerca de 600 a.C.) e Provérbios de Akihar, da Babilônia (paralelos com o Livro de Provérbios, certamente tomados de empréstimo às Escrituras Sagradas).
A sabedoria em Israel:
- “O povo do Livro”.
- Torah: “Instrução”.
- Deuteronômio: Livro de sermões ou discursos de Moisés.
- Peças elaboradas no molde dos escritos de sabedoria ocorrem em outras passagens do Antigo Testamento (cf. o “apólogo de Jotão” ou “parábola de Jotão” em Jz 9.7-21).
2. Sabedoria divina.
Resposta à oração (I Rs 3.3-15; Tg 1.5-8).
- Características da sabedoria divina (Tg 3.13-18): mansidão; procedimento digno; pureza; paz; capacidade de perdoar; docilidade; misericórdia; produção de bons frutos; imparcialidade; autenticidade.
IV. O propósito da
sabedoria.
O texto de Pv 1.1-7 é o
título do Livro!
Propósitos do Livro de
Provérbios:
- Aprender a sabedoria e o ensino;
- Entender as palavras da inteligência;
- Obter o ensino do bom proceder, a justiça, o juízo e a equidade;
- Dar aos simples (inexperientes, ingênuos) prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso;
- Fazer com que o sábio cresça em prudência;
- Entender provérbios e parábolas, as palavras e enigmas dos sábios.
Princípio
fundamental da
sabedoria:
o temor do SENHOR (Pv 1.7; 9.10; cf.
Jó 28.28; Sl
111.10).
Conclusão.
Tanto em Provérbios como
em Eclesiastes o Ser Humano encontra conselhos para a sua vida
prática.
A ética cristã está
consubstanciada nesses Livros de maneira magistral. O Novo Testamento
está impregnado de citações da Literatura Sapiencial (parábolas e
discursos do SENHOR Jesus; Epístolas de Paulo, Pedro e Tiago).
Sabedoria e felicidade
(verdadeiras) existem somente em Deus.
Cristo é a Sabedoria por
excelência (I Co 1.24,30; Cl 2.2,3; cf. Is 11.1,2)
Cristo é maior que
Salomão (Mt 12.42);
Cristo tem a Sabedoria
celestial e incomparável (Mt 13.54 e Mc 6.2);
A Sabedoria de Deus é
manifesta na Igreja, pela Salvação (Ef 3.10,11).
Nem a sabedoria dos
gregos nem as obras ou sinais dos judeus podem salvar. Somente o
SENHOR Jesus Cristo!
1
Lição 1 da revista Lições Bíblicas da Casa Publicadora
das Assembleias de Deus – CPAD, que para o IV Trimestre de 2013
tem como tema “Sabedoria de Deus para uma Vida Vitoriosa – A
Atualidade de Provérbios e Eclesiastes”. Os tópicos em negrito
pertencem à Lição, escrita pelo Pr. José Gonçalves.
2
Tais características são
expressamente referidas na
Lição ora estudada.
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