sábado, 26 de outubro de 2013

COMENTÁRIOS SOBRE UM TEXTO ESQUERDISTA DE UM AMIGO BLOGUEIRO


Sigo o  blog Teologia Livre, editado por Roger Brand diretamente da Alemanha, e cheguei a publicar alguns textos por lá há alguns anos. Ao ler um post de Roger sob o título Carta a um amigo cristão de direita, decidi reproduzir o texto dele em vermelho (cor bem apropriada para a ocasião) e fazer comentários em azul. Vale deixar claro que o amigo destinatário não sou eu, mas há semelhanças entre nós.
Confira-se:
 
Meu caro amigo,

você e eu passamos pelo movimento estudantil na universidade e tínhamos afinidade em nossas visões políticas. Lembra-se, você PSDB apaixonado e eu, não filiado, sem carteirinha mas simpatizante do PT. Eram os anos 90. Tínhamos acabado de pintar a cara e tirar um presidente e o FHC incomodava nossa classe cortando o orçamento da educação.

Roger, assim como você e seu amigo, eu vivi aquele período. Em 1992, então com 15 anos de idade, saí à rua de uma cidade do Interior da Bahia, onde cursava o segundo grau, para gritar “Fora Collor”. Lá estavam tremulando as bandeiras do PT, ao som de “Alegria, Alegria”, do Caetano Veloso.

Estudei Direito de 1996 a 2001, onde participei da Aliança Bíblica Universitária (ABU), assim como você, além de outros grupos evangélicos. Embora não fosse membro de movimentos políticos na Universidade, tinha ideias de esquerda, e cheguei a aderir a uma manifestação de rua contra o reitor, perguntando-lhe, por meio de palavras de ordem, onde estaria a “verba da educação”. Não gostava do Governo FHC por considerá-lo ruim para a promoção da justiça social, essas coisas. Toda a nossa geração foi educada por professores de esquerda, e para nós ser de direita era apoiar a ditadura militar de 1964.

Tenho vergonha hoje, mas minha monografia de final de curso defendeu … a legitimidade constitucional das invasões promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), além de ter feito duas pesquisas, com bolsa do CNPq, sobre a função social da propriedade sob uma ótica esquerdista. Eu me identificava com o PT, assim como você, Roger. Quanto ao seu amigo, você disse que ele era “PSDB apaixonado”. Não sabia que isso existia, mas tudo bem... O PSDB é uma partido de centro-esquerda, social-democrata. Seu amigo era de esquerda àquela época, como você diz adiante. Então, ele tinha em mente que o PSDB era de esquerda, certo?

Tínhamos também afinidade espiritual. Você participante do grupo católico fé e política e eu da ABU.

Conquanto nosso trabalho na ABU tenha sido de evangelização e preparação de líderes (“Estudante Alcançando Estudante”), descobri depois que a Teologia da Missão Integral é deveras irmanada com a Teologia da Libertação, aquela mistura canhestra de Marxismo com linguagem católica. De toda maneira, a ABU não se resume a isso, e em minha passagem por lá não vi nada de pregação política.

Em nossa luta partidária estava claro que os radicais do PCdoB, em seu fanatismo cego, estavam desvirtuando a lógica da representação estudantil no Campus, para fins meramente politiqueiros.

Juntos conseguimos derrotá-los e passar por duas gestões do DCE e influenciar nossa Universidade de forma notoriamente positiva. Bons tempos aqueles.

Concordo plenamente com o que diz sobre o PCdoB. Na Universidade Federal de Viçosa (UFV) havia um grupo de universitários ligados ao PCdoB com o propósito de fazer política estudantil. De um lado, o PCdoB, a esquerda radical apoiada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), que, por sua vez, é feudo dos comunistas do Brasil; de outro lado, o PT, que se pretendia uma esquerda mais consciente, mais moderada. Ambos, porém, faziam política sem preocupação com as demandas estudantis. Seu negócio era a bandeira partidária.

Você sempre foi uma voz de dentro da esquerda que sabia criticar os exageros da esquerda. Especialmente as maluquices antropológicas do governo e as questões indígenas te indignaram demais. Suas críticas estavam cada vez mais impiedosas. Tudo isso te empurrou para os braços de formadores de opinião fundamentalistas e reacionários… Há muito já estava óbvio para todo mundo que o caldo tinha entornado para você.

Roger, com todo o respeito, você tem uma visão preconceituosa sobre a direita. Seu amigo pode simplesmente criticar os “exageros da esquerda”, sendo uma “voz de dentro” para combater “as maluquices antropológicas do governo” (?) e “as questões indígenas”, mas não pode se identificar com a direita, para não ser “fundamentalista” nem “reacionário”? O fato de ter opiniões “impiedosas” contra as besteiras da esquerda fez com que o “caldo” entornasse para ele? Quer dizer que seu amigo praticamente se tornou um delinquente político? É isso? Ele não pode querer o bem do Brasil e ao mesmo tempo ser de direita? Essa não é uma perspectiva autoritária, Roger?

Hoje fiquei sabendo que você resolveu assumir-se de “direita” e isso mexeu comigo. Conto porque:

Primeiro, você diz que cansou “das propagandas que pretendem explicar direita e esquerda com clichés mentirosos que idealizam a esquerda e demonizam a direita. Entendo perfeitamente seu cansaço. No fundo parece-nos que essa dicotomia só cabe mesmo à nossa geração que vivenciou a cortina de ferro. Hoje o mundo é outro. Não demora muito chegará o tempo que esses clichés não farão mais sentido nenhum. E para muitos com certeza, já não faz. Mas como você poderia esquecer que a direita usou e usa das mesmas armas propagandistas nesse jogo?

Ao se identificar como sendo “de direita”, parece que na sua opinião, Roger, o seu amigo assumiu a prática de um crime! E ele apenas admitiu uma mudança de rumo em sua visão política.

Entendo que direita e esquerda expressam duas cosmovisões, e, sinto muito quanto a pensa diferente, elas não deixarão de existir tão cedo. Não se trata de elementos característicos apenas da Guerra Fria, e até precedem em muito esse período histórico. Lembra-se da direita e da esquerda na Revolução Francesa? E não há direita e esquerda nos Estados Unidos, ainda que nos limites possíveis para a sociedade americana?

Enquanto a direita representa o conservadorismo, a esquerda se diz “progressista”, “vanguardista”. A direita defende valores como a liberdade, o individualismo (no bom sentido, Roger!), o livre-mercado, a não-intervenção indevida do Estado na esfera individual, o livre-comércio. Já a esquerda destaca a igualdade, a justiça social, a reparação histórica, a maior intervenção estatal na economia, o Estado prestacionista. O conservador geralmente reconhece a existência de valores inegociáveis, “sagrados”, mas o esquerdista quer que tudo seja um “processo”, uma “utopia”, um “tornar-se”.

Quanto à propaganda que demoniza o adversário, o que chama a atenção é que a esquerda considera que a direita é, por definição, reacionária, obscurantista, elitista, fundamentalista, opressora, contra os pobres. Não se trata de propaganda eventual na disputa política, mas de declarações decorrentes da ideia errônea de que a esquerda conduz a História de maneira escatológica, como se a Verdade estivesse com o Proletariado, com o Partido, com os Movimentos Sociais, com os Verdes. Para a esquerda mais rombuda, a democracia é uma pedra no caminho ou uma simples etapa no processo de emancipação dos menos favorecidos. Eles não acreditam na democracia representativa.

Segundo, ano que vem é ano de eleições e você sabe que como líder que você é sua postura influenciará outros. Penso que o PSDB (do Aécio) seria a melhor via para o Brasil reassumir sua trajetória econômica. Sou entusiasmado com a distribuição de renda que o PT proporcionou, creio até mesmo que a Dilma faz bem o seu papel, e até mereceria uma reeleição. Mas suas falhas não nos são ocultas e o partido de forma geral esgotou-se. Foram 12 anos… É hora de revezar. Até onde sabemos o PSDB ainda é de “esquerda”, ainda que tenha uma linha mais concentradora de renda do que a do PT. Mas como você se posicionará agora?

Você, Roger, deseja o revezamento no Poder, embora aprecie a administração da Sra. Dilma Rousseff e a distribuição de renda proporcionada pelo governo petista. Entretanto, sua admissão de um governo de Aécio Neves só se consuma porque, afinal, “o PSDB ainda é de esquerda”, e esse é o seu critério fundamental. Sendo assim, por que não Eduardo Campos, o socialista? Ele não é de esquerda? Ele não é lulista? E Marina Silva, a Verde? Você tem medo da política econômica marineira, “sonhática”, que não é “oposição nem situação, mas posição”? Quanto à Sra. Dilma Rousseff, reconheço, é claro, a legitimidade constitucional do seu governo, porque eleita democraticamente, mas em minha opinhão é uma presidente medíocre em todos os sentidos.

Agora, dizer que o PSDB é mais concentrador de renda do que o PT requer comprovação. Roger, o PT apenas reuniu num só programa (Bolsa Família) os diversos programas sociais do PSDB, depois que o Fome Zero deu errado. Sim, o PT ampliou a assistência, e hoje cerca de – atenção! - 50 milhões de brasileiros recebem ajuda governamental. Seriam todos miseráveis, a ponto de precisar de dinheiro do Estado?

O governo Lula-Dilma é incompetente, incoerente e cínico. Eles privatizam e dizem que não privatizaram – veja o leilão do Campo de Libra, veja as concessões das estradas e aeroportos. Eles demonizam os tucanos porque privatizaram, mas fazem o mesmo e dizem que não concordam com a privatização!

Além disso, o governo petista engrega bilhões a grandes empresários por meio do BNDES – isso desconcentra renda, Roger? Os petistas dão dinheiro a pobres e a muito ricos, mas a classe média que trabalha, estuda e paga pesados tributos fica esmagada no meio. Isso é justo para você?

Terceiro, tomo como exemplo a Alemanha. Pelas possibilidades do sistema aqui, pude votar esse ano tanto na “direita” CSU/CDU como na “esquerda” SPD. E tudo indica que ambos construirão uma coligação. Ou seja, a União Cristã parece ter se cansado do antigo aliado, o Partido Liberal (que está mais à direita), e se “livrou” dele. Agora está a ponto de se coligar com os socialistas. O SPD defende claramente algumas intervenções na economia, como aumento da alíquota de imposto para ricos, criar um salário mínimo (coisa que não existe na Alemanha) e limite para salários de “top managers”. Isso para que haja maior divisão da renda e mais recursos para os cofres públicos. O CDU advoga que sua política “liberal” tem garantido à Alemanha os fundamentos para sobreviver à crise do Euro, mas de fato tem faltado dinheiro para manter a tão moderna e pesada infraestrutura que a Alemanha já possui e a lacuna entre ricos e pobres tem aumentado. A Alemanha e seu sistema político possibilita aquilo que vivenciamos no DCE, um esquerda moderada, de centro. Você riscou completamente de suas opções a causa esquerda então com qual partido você se simpatizará agora?

Se a esquerda tiver boas ideias, estas devem ser acolhidas. O pior é que geralmente as ideias da esquerda são estatizantes, caras, burocratizantes, fora da realidade, viciadas pela ideologia, contrárias ao bom senso, vinculadas a pterodáctilos políticos e a minorias barulhentas.

Que bom que Angela Merkel venceu! Imagine se os socialistas estivessem no Poder em meio a uma crise econômica como essa! De toda maneira, eles terão suas cadeiras garantidas pelos eleitores que lhes deram um voto de confiança, dentro dos marcos democráticos.

Para você, Roger, o que importa é uma esquerda moderada, de centro, como no DCE (!), mas com repúdio à direita, que em sua concepção deve estar de fora. Eu penso diferente. Bom é que haja democracia plena e respeito às instituições. Lamento que a esquerda costume solapar os governos de direita legitimamente constituídos, ao argumento de que não representam os movimentos sociais e os verdadeiros anseios do povo.

Do grupo fé e política e da teologia da libertação você abençoaria o que então hoje, uma TFP e uma teologia da prosperidade?

Não entendi muito bem a primeira parte do parágrafo (acima grifada), mas será que ser de direita é se identificar necessariamente com a Tradição, Família e Propriedade (TFP) ou com a Teologia da Prosperidade? Roger, isso não tem fundamento! Um dos recursos retóricos muito usados pela esquerda é justamente refutar o que o outro não disse, para tornar aparentemente convincente o seu próprio argumento. Não sei se você sabe, mas Edir Macedo, um dos maiores proponentes da Teologia da Prosperidade no Brasil (e em diversos países do mundo) é lulista e simpático ao PT. A Teologia da Prosperidade prega a ascensão material dos pobres por meio da fé na fé, do tipo “Confissão Positiva”, e é algo acentuadamente populista, distante da realidade e das Escrituras.

Penso que seja lá qual for a base teórica que se adote para conceituar uma coisa ou outra; sejá lá quais as formas que tanto um lado como outro encontram para tomar e permanecer no poder; não poderemos nunca abrir mão de três coisas:

  • da ética
  • do estado democrático de direito, tendo como base os direitos fundamentais do homem (liberdade de expressão, de crença, de ir e vir e etc); e
  • da garantia e fomento à justiça social e do amparo aos pobres.

Roger, eu não sabia, mas você, no fundo, é de direita! Se defende as liberdades fundamentais e o amparo aos pobres, o que há de mais conservador nisso? No que toca à ética, esta não é finalidade, mas fundamento da política, e por isso não pode adentrar à disputa ideológica.

Na verdade esses três pontos independem da linha ideológica, se progressista ou conservadora. Ambos os lados irão fatalmente negligenciar essas três coisas devido à própria força e sedução do poder. Por isso minha posição particular é que, o que garantirá o sucesso de um governo está muito mais relacionado à “pessoa” que governa, suas qualidades morais, humanas, sociais, do que à competência meramente técnicas ou político-ideológicas.

Somente a ética independe da cor ideológica do partido, por ser fundamento da ação política, e não finalidade ideológica, embora o próprio PT tenha crescido com a suposta bandeira ética...

Os direitos fundamentais da pessoa humana, constitucionalizados há décadas, já foram objeto de disputa política, e não nasceram com a esquerda. Na verdade, os esquerdistas gostam de criticar a “democracia burguesa”, a representação política, a liberdade de expressão, a liberdade de religião, a liberdade empresarial, o livre-mercado, o livre-comércio, e não protegem os direitos humanos de quem é oprimido e morto por comunistas (vide o caso da Cuba castrista).

A busca da justiça social não era propriamente a luta dos marxistas, por exemplo. Os marxistas queriam a superação da luta de classes e a instauração da Ditadura do Proletariado para em seguida aniquilar o próprio Estado. Os comunistas e socialistas buscaram a coletivização, a apropriação dos meios de produção pelos proletários, mas quem iria tomar conta dos meios de produção? Ora, o Partido!

O Social-Liberalismo é o meio-termo entre Socialismo e Liberalismo. Leia a Constituição brasileira de 1988, agora com 25 anos, e verá que ela não é liberal nem socialista, mas social-liberal ou social-democrata (função social da propriedade, valorização social do trabalho, intervenção do Estado na economia, reforma agrária, ênfase no papel dos sindicatos). Foi essa Constituição que o PT não endossou porque a considerou elitista demais, assim como não apoiou a eleição de Tancredo Neves, o Plano Real nem a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Você me surpreende, Roger, ao dizer que o que importa é a pessoa do governante, “suas qualidades morais, humanas, sociais”. Esse discurso não cai bem a um homem de esquerda. A esquerda fala do Partido, do Estado, dos Movimentos Sociais, das “forças progressistas”, dos Coletivos. Você fala de valores individuais. Embora possa parecer, não se cuida de um traço conservador, por suposto amor à individualidade. Trata-se de desilusão com algum partido de esquerda que chegou ao Poder... Que partido seria esse, Roger? E não se trata de um discurso positivo, porque qualidades boas podem ser acompanhadas de péssimas escolhas políticas. A História dá-nos exemplos disso.

Na Alemanha costumo porém dizer que, como vim de um país com um dos piores índices de distribuição de renda do mundo, sou forçosamente levado a optar pela esquerda, cuja principal bandeira é a redistribuição. Como vivenciamos recentemente uma crise econômica cuja origem se deu na especulação e imoralidade do setor financeiro americano, sou forçado a protestar contra esse “liberalismo de direita”.

Então, Roger, seu esquerdismo depende do contexto econômico. É interessante que você se vê forçado a ser de esquerda no Brasil, por causa da pregação esquerdista em favor da distribuição de renda, mas milhões de pessoas não são de esquerda no Brasil. Elas seriam ruins, medonhas, insensíveis, indiferentes ao sofrimento alheio?

Lembre-se, ninguém poderá segurar duas mãos invisíveis de senhores diferentes, ou você segura a de Deus ou a do mercado.

Essa foi terrível, e você só confirmou o que o seu amigo disse, no sentido de que a esquerda se autodiviniza e demoniza a direita. Para você, ou o indivíduo é de Deus ou do mercado, não pode ser de Deus e apreciar o livre-mercado. Fico a refletir: se na Alemanha você votou nos conservadores, talvez devesse fazer umas orações pedindo perdão, porque, em verdade, Deus não é brasileiro – está em toda parte -, e escolhas ideológicas não podem depender da ocasião.

Cordialmente,

Alex Esteves da Rocha Sousa.


2 comentários:

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Obrigado, Alex, pela réplica. Deu para matar a saudade.
Gostei do seu bom humor.
De fato o texto é uma mistura de acontecimentos reais que teve como ponto de partida o Texto de Bráulia Ribeiro na Ultimato.
Evidentemente que em certos pontos exagerei, e você parece que apanhou todos eles. Mas não acho isso mau, faz parte da conversa.
Acho que nós todos queremos muitos fundamentos lógicos, científicos, em nossos argumentos. Mas o que escrevi foram meras impressões, sentimentos, que espero fazerem algum sentido lógico, mas não exigiria tanto delas.
No mais, saudações fraternas!

João Armando disse...

Como sempre, texto lúcido. Muito lúcido. Como você sabe, Alex, eu mesmo me intitulo "de direita" sem nenhuma vergonha. Os sistemas são meras tentativas humanas de amenizar a maldição do pecado, mas a cosmovisão de direita me parece ser a menos ruim - até porque reconhece a maldade humana.



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