Você, prezado leitor, tem lido e ouvido muita coisa sobre o terrorismo internacional, em razão da atividade de grupos como Al Qaeda, Estado Islâmico e Boko Haram, entre outros. Você fica chocado com notícias sobre decapitações, sequestro de meninas, escravização sexual, ataques suicidas, assassinatos de inúmeros civis, genocídio, estupros - a lista é longa e assustadora. E, então, pergunta: como o ser humano pode fazer isso com o seu semelhante?
Primeiro, saiba que o principal objetivo do terrorismo é justamente, e por óbvio, incutir o medo generalizado na sociedade. O terrorista pretende silenciar qualquer oposição, sufocar todo pensamento diverso, matar a liberdade. O que lhe interessa é o controle total e absoluto.
No caso do Islamismo, há passagens do Alcorão, seu livro sagrado, que pregam a morte daqueles que não creem em Alá nem no seu "profeta" Maomé.
Um dos pilares do Islã é a Jihad, que, embora os muçulmanos mais moderados possam interpretar como defesa veemente de suas convicções, tem sido entendida ao longo da História, pelos grupos islâmicos, como toda forma de luta em favor da expansão do domínio muçulmano, podendo-se lançar mão da violência. Foi assim desde Maomé, e prosseguiu imediatamente com os seus sucessores imediatos, os "califas ortodoxos". Ou você pensa que o Islamismo cresceu tanto no Oriente Médio, no Norte da África e na Ásia, assim como chegou à Península Ibérica, à base de pregação persuasiva e ensino sistemático de sua teologia?!
Além de uma orientação escriturística em favor de um combate persistente e, se "necessário", violento, grande parte dos islamitas em todo o mundo - grande parte mesmo! - conta com o traço do fundamentalismo, tendência segundo a qual as afirmações de fé devem ser levadas a efeito sem matizes. Não há o outro. Não há temperamentos. Não há explicações. Não há contextualização. É isso e pronto, sem conversa.
Associando um texto absoluto prescritivo ao fundamentalismo e à busca de um sentido ou mesmo de poder na vida, dentro de certas circunstâncias históricas, tem-se a fórmula para o terror. É assim que nasce um psicopata terrorista.
Assim, o leitor ficará apavorado ao imaginar que pessoas comuns, "de bem", que podem estar agora ao seu lado, defenderiam atos de terror se houvesse uma "causa justa". Quem sabe essa causa não seria a justiça social, hein? Ou a completa igualdade na Terra... Ou, quem sabe, a exterminação das diferenças religiosas, em nome de um Estado laico (leia-se "laicista") ... Ou, ainda, a reestruturação da condição humana em prol de um bem maior, a criação de um Novo Homem, para as futuras gerações...
Pois tudo isso já foi feito:
Os fascistas não estavam satisfeitos com o funcionamento da sociedade italiana. Vejam no que deu.
Os nazistas não estavam satisfeitos com a Humanidade. Primeiro foram as sequelas da Primeira Guerra, a crise econômica... E seis milhões de judeus foram mortos das piores formas com o apoio popular e para o espanto do mundo!
Os comunistas não eram melhores. Eles queriam construir uma sociedade livre de classes sociais para o bem do Homem, certo? Mesmo que para isso tivessem de matar muitos homens. Os comunistas mataram muito mais gente do que os nazistas. Muito mais gente (na Ucrânia, houve o genocídio conhecido como holodomor ou conjunto de mortes causadas pela fome, uma medida determinada pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
Em Cuba, utopia dos socialistas bacanas da classe alta, Che Guevara patrocinava fuzilamentos, o que defendeu em discurso nas Nações Unidas (!).
Aqui no Brasil, jovens se agruparam em organizações de guerrilha durante o Regime Militar, não para simplesmente combater a Ditadura, mas para implantar a Ditadura do Proletariado. Houve atentados a fim de concretizar esse "sonho". Pessoas morreram.
Se quiser fazer um teste, comece a conversar com as pessoas a respeito de situações em que seria supostamente aceito o terrorismo. Dê as alternativas. Você irá se espantar muito. E seu coração poderá se aterrorizar antes mesmo de o terror começar de fato.
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