Devo evitar a leitura de comentários de internautas postados em reportagens dos grandes jornais, pois ali se constata a que nível de baixeza moral e intelectual o ser humano pode chegar. Nem me refiro à necessidade de ser "politicamente correto", pois nem gosto dessa ideia de ser patrulhado pela esquerdização do pensamento. O problema é que as besteiras ditas por internautas nesses "sites" é de dar nojo, e, com um tema complexo, triste e delicado como esse do massacre em Realengo, as besteiras chegam ao cúmulo por causa do preconceito e da extrema ignorância dessa gente.
Fiz essa introdução para tratar de comentários no sentido de que o tal Wellington Menezes de Oliveira seria um "fanático religioso". Alguém chegou a vociferar contra as igrejas evangélicas como se fossem antros produtores de criminosos em potencial. Quanta besteira! O fato de o indivíduo citar "Jesus", "Deus" e "castidade" em sua carta, e de manter supostamente um perfil em rede social sob o título "Entendendo a Bíblia Sagrada" não o torna um fanático religioso nem sugere que as igrejas evangélicas incitem ao crime.
Tudo indica que aquele rapaz, segundo os especialistas em saúde mental, era psicótico. Dr. Guido Palomba, psiquiatra forense, disse hoje no programa Hoje em Dia, da Record, que pode ser um caso de esquizofrenia, porque a carta deixada pelo assassino revela uma ruptura entre o mundo dos puros e o mundo dos impuros, o que é irreal mas povoava a mente do criminoso. Pelo que entendi, a religião seria o tema do delírio, mas não a causa das ações. A causa das ações seria a loucura mesmo, até porque não é o Cristianismo uma religião que incita a violência!
É interessante como tantas pessoas conseguem ser míopes.
Um comentário:
Deturpar a verdade é ferramenta velha do diabo. Lembrei-me de Jesus - "destruí este santuário, e em três dias o reedificarei" - e tome distorcer o que ele disse, como se a referência fosse ao templo de Jerusalém. Usaram até como evidência em seu "julgamento". Não surpreende. Tal o pai (diabo), tal os flhos. Duela a quien duela - e perdoai-me se a grafia do castelhano estiver incorreta.
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