Continuando o que comecei no post anterior, respondo a comentários do leitor César F. Raymundo, ainda sobre o texto Crescimento de evangélicos sem vínculo denominacional como manchete principal da Folha. Posso adiantar que o referido leitor parece discordar das denominações como um conceito em si, o qual estaria relacionado, segundo ele, a tradicionalismo e hipocrisia. Vejamos suas palavras em vermelho, intercaladas com os meus comentários:
Você acha mesmo que as enominações representam a igreja de Jesus? Olha quanta mão humana tem nas instituições: púlpito, clero, hierarquia, campanhas, dogmas, solenidades, domingos, prosperidade, vestimenta, profetadas, vasos, sacrifícios, liturgias, doutrinas, rituais, horários, regras, pregações, prédios, templos, cultos, tesouraria, ofícios, ofertas, clero, ceia, confissões de fé, rol de membros, propriedades, seminários, funcionários, cnpj, certificados, proibições, obrigações, etc...
Uma reflexão sociológica faz bem a essa análise: todo agrupamento social tem suas regras, rituais, procedimentos, costumes, liderança, manuais de conduta, preconceitos, defeitos, erros e símbolos. Isso tudo é inafastável da realidade humana e social. O problema com os líderes de Israel na época de Jesus não foi a existência de instituições e de uma cultura religiosa - até porque muitos dos seus costumes adviam da Lei de Moisés. O problema fundamental foi não aceitarem a Jesus como o Cristo, o Filho de Deus, e antes disso houve a falsa percepção de que a finalidade da Lei seria a salvação, esquecendo-se de que o fundamento da Lei é o amor. Lembre-se de que Jesus frequentava o Templo e as sinagogas, ensinava, participava das reuniões, estando inserido em todo o ambiente sócio-cultural e religioso de seu tempo e do lugar em que viveu. Zacarias e Isabel, pais de João Batista, viviam a vida comum de pessoas crentes na base de um sistema religioso opressor, mas Zacarias não deixou de cumprir suas tarefas sacerdotais. José e Maria rumavam a Jerusalém anualmente para cumprir seus deveres para com Deus, e Jesus foi apresentado no Templo como devia acontecer. A existência de instituições não é ruim em si mesma. Jesus veio remover o pecado, não a instituição. O Livro de Gênesis narra a instituição de muitas coisas: o mundo, a humanidade, a família, a sociedade, o culto a Deus, o trabalho, a ciência, a tecnologia, a arte, as nações. A Lei de Moisés é um complexo código normativo que encerra regras de direito penal, civil, agrário, ambiental, humanitário, constitucional. Não se pode afirmar que Deus não gosta de instituições!
Mas o Messias andou com pecadores, perdoou adúlteros, conversou intima-mente com mulheres de má fama, perdoou varios pecadores, mandou perdoar 70x7( sem mencionar que tipo de pecado seria perdoado), Teve intimidade com pecadores e pessoas de má fama, deu vinho em festa, enfrentou as autoridades religiosas, chamando-os de cobras, e quando era trucidado na cruz disse : Pai perdoa porque não sabem o que fazem.
Nada impede que façamos o mesmo que Jesus. Do contrário, estar-se-á dizendo que o mal introduzido pelo diabo no mundo foi a instituição, e não o pecado. Agora, é necessário usar de sabedoria ao enfrentar quem quer que seja. Nem todos têm a estrutura emocional, o caráter nem a vocação de um Elias, de um Eliseu, de um Jeremias, de um João Batista. Para assumir determinadas responsabilidades no Reino de Deus é necessário unir caráter aprovado, estrutura emocional firme e o chamado para a execução da tarefa. Somente os profetas têm aquela segurança para colocar o dedo na cara do rei e não ficar depois com crise de consciência e amargura. Mas todos somos chamados a servir a Deus.
NÃO VEJO SINCERAMENTE NENHUM CRISTÃO, EVANGÉLICO, OU ESPIRITUALISTA SER MILIMETRICAMENTE
COMO O MESSIAS.
NÃO VEJO SINCERAMENTE NENHUM CRISTÃO, EVANGÉLICO, OU ESPIRITUALISTA SER MILIMETRICAMENTE
COMO O MESSIAS.
Nisso eu concordo com o César.
2 comentários:
Este é meu último comentário e não poderia ficar de fora. Só posso dizer que o templo de pedra venceu novamente.
Ninguém pode contra vocês, pois são cheios de argumentos e mais argumentos. Vocês sabem dissecar cadaveres, são especialistas e podem derrubar a todos com argumentos.
No entanto, isso também é democracia. Que assim seja!
Mas o meu coração, e o de muitos outros vocês não podem vencer nunca.
Somos milhões de pessoas livres. Ninguém pode com pessoas mortas. Morremos para o mundo e isto também inclui igreja.
Quem tiver consciência que reveja seus conceitos para serem livres.
Mais uma vez ganharam por argumentos porque ninguém pode contra a "igreja".
Oh! que poder! Mas um dia tudo será revelado!
Paz e Graça Cezar fez uma ironia ão admitir a derrotar. mas na realidade o irmâo que refutou o pensamento de Cezar o fez com sàbedoria isso faz parte da vivencia em sociedade sempre foi assim e sempre vai ser até a volta de Jesus Cristo. se è certo ou não agente sabe mas isso e consequência da queda.
Postar um comentário