Ontem estava ministrando aula à classe de jovens da igreja que frequento, e o tema da revista Lições Bíblicas, da CPAD, era a Igreja como agente transformador da sociedade. Logo no início, um aluno perguntou o que eu acredito que deveria ser feito pelos crentes se o PLC 122/06 fosse aprovado. Sua pergunta, e talvez principalmente a minha resposta, conduziram a aula para uma discussão em torno do homossexualismo. E aí a coisa esquentou...
Minha opinião sobre as causas do homossexualismo deixaram um outro jovem bastante agitado. Parece ser um rapaz inteligente, mas creio que não fui suficientemente claro, porque ele não entendeu o que eu disse. O jovem pensa que todo homossexual "tem o demônio no corpo". Não penso assim. Acusou-me de só empregar "conhecimentos humanos", "psicologia". Eu uso a Bíblia, mas não sou de espiritualizar tudo. A Bíblia deve ser estudada com exame da realidade à nossa volta.
Eu não disse nada de espetacular: afirmei que entendo haver duas formas de comportamento homossexual, a saber: a prática homossexual daqueles que, sendo em geral heterossexuais, se lançam a experiências diferentes, em busca do prazer; e a tendência homossexual daqueles que, por alguma razão em sua formação pessoal, não sentem afeição pelo sexo oposto. Foi isso o que eu disse. Mas nada disso justifica o comportamento homossexual. Nada justifica o pecado. Na verdade, o sangue de Jesus purifica de todo o pecado (I Jo 1.9).
Ninguém nasce homossexual. Homossexualismo não é doença física nem psíquica. Homossexualismo não é estilo de vida. Homossexualismo não é um tertium genus. Homossexualismo é pecado.
Apenas entendo que algumas pessoas deparam na vida com certas circunstâncias familiares e/ou sociais que criam um ambiente favorável à prática homossexual, à identificação homossexual. Pode ser aquele caso clássico de um pai ausente, a mãe ditatorial e a casa cheia de mulheres - mas nem isso, registre-se, é condição suficiente para a indução à identidade homossexual. Ocorre que um ambiente desprovido da figura masculina/paternal pode gerar distorções morais/psicológicas no indivíduo, sem que se configure uma enfermidade. Creio que conflitos existenciais estão relacionados à tendência homossexual, e doenças psíquicas podem estar relacionadas, mas o homossexualismo em si não é doença, tampouco uma sentença genética ou ambiental.
Homossexuais podem ser curados? Se se tratasse de uma doença, esse seria o termo mais adequado, mas, se se trata de um pecado, entendo que homossexualismo pode ser removido pelo poder que há em Jesus.
Quem crê nas Escrituras Sagradas não pode vacilar quanto a esse tema. Confiram-se alguns textos: Lv 19.22; 20.13; Rm 1.24-27; I Co 6.9,10; I Tm 1.8-11. Quem diz que segue a Bíblia e afasta alguns de seus preceitos porque não lhes parecem convenientes deve repensar sua fé.
É certo que os textos bíblicos devem ser interpretados a partir de critérios coerentes, como o gramatical, o teleológico, o histórico, o contextual e o sistemático, recorrendo-se, ainda, para a transposição cultural. Todavia, não se deve anular afirmações de caráter universal e normativo, como a assertiva de que a prática homossexual é abominação ao SENHOR - isso não deixou de ser um fato. O que não é universal nesses textos é a tipificação dessa prática como crime, pois o transfundo era uma época inserta na Idade Antiga, o que não pode ser desprezado.
Bem, o texto ficou longo. Eventualmente retornaremos ao assunto.
2 comentários:
Concordo que os ativistas gays querem esticar o sentido de "homofobia" para censurar a Bíblia (vide seu outro post) e pregações dos que creem na Bíblia. Por outro lado, infelizmente, há, sim, nas igrejas, o que se poderia chamar de homofobia. Pessoas para as quais o homossexualismo seria o pior pecado - quando sabemos que Paulo o cita lado a lado com outros muito mais socialmente aceitáveis no nosso meio, como adultério, mentira etc. Todos os que cometem essas coisas não herdarão o reino de Deus - todos - não só os homossexuais.
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