Tive o prazer de, na terça-feira, dia 05 de outubro, falar aos irmãos da Igreja Batista Nacional Bom Samaritano, igreja dirigida pelo Pr. Ezequias Conrado dos Santos. Usei o texto de Ef 5.22-33, umas das passagens necessárias ao estudo da família cristã, tema daquele culto. Vejamos um resumo do que refletimos ali:
Quando deparamos com textos bíblicos a respeito da família, precisamos nos despojar de princípios e valores mundanos, nos livrando, pois, de perspectivas, costumes e filosofias seculares.
Os textos de Paulo são comumente considerados machistas, fruto de uma sociedade patriarcal, como se o apóstolo escrevesse a partir de seus preconceitos sociais. Precisamos, portanto, deixar de lado os "óculos" que herdamos da tradição secular, sob pena de não entendermos a mensagem bíblica.
O pensamento de Paulo no texto em questão gira em torno de dois conceitos: a submissão e o amor.
Submissão, aos olhos do mundo, é o mesmo que subserviência, sujeição à opressão, à força, ao poder de outrem. Dizem as feministas que a mulher não deve ser submissa ao marido, mas sua ótica difere da ótica cristã, pela qual submissão é tolerância, respeito, paciência, andar junto.
Além disso, o versículo 21, imediatamente anterior ao texto comentado, exorta a uma sujeição recíproca e democrática, em que todos os crentes se sujeitam "uns aos outros". Assim, antes da submissão da esposa a seu marido, existe a submissão coletiva, que ocorre na Igreja, de uns para com os outros - o que naturalmente inclui a sujeição do homem para com sua mulher e da mulher para com o marido, na condição de cristãos. Em Cristo, todos são iguais.
Ainda sobre o movimento feminista, é preciso dizer que ele fez pesar sobre a mulher que escolhe ficar em casa um encargo injusto: ai da mulher que prefere, ao menos por um período, trabalhar em casa, cuidar dos filhos e do marido! Todo o peso do feminismo cai em suas costas, a dizer que ela não se emancipou. Isso é justo? E mais: as escolhas da mulher devem, antes de tudo, decorrer de sua individualidade, e não do gênero.
Entendo que, nesse texto de Paulo, o desafio maior e mais profundo é o do amor, e a exortação paulina ao amor dirige-se aos maridos, que devem amar suas esposas "como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela". Amor é compromisso radical, renúncia e sacrifício. O homem deve amar a sua esposa. Garanto que a mulher pratica a submissão cristã a um marido que a ama!
Ser cabeça do lar não significa que o homem deve ser autoritário. Longe disso! O homem deve ter atitude, não pode ser indeciso demais, fraco demais, inepto para tomar posição. Toda mulher aprecia a atitude, a postura do homem.
É necessário compreendermos o caráter revolucionário e transformador do Evangelho. Muitas vezes diremos coisas "politicamente incorretas" e "polêmicas", mas somos, de fato, uma contra-cultura. Se quisermos influenciar positivamente a sociedade, deveremos abraçar os princípios e valores cristãos em sua pureza.
Um comentário:
Permanecer-nos membro do corpo de Cristo Jesus... É possível por causa do amor do Pai ainda manifestado pelos meios da graça em Jesus.Shalom!
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