terça-feira, 7 de janeiro de 2014

POR QUE DEVO ME PREOCUPAR COM AS PREGAGÕES RUINS? (4) Pregadores que não conhecem a História bíblica

Um dos vícios do mau pregador é o desconhecimento da História bíblica, e com isso me refiro à História da Redenção. O bom pregador deve compreender que a Escritura Sagrada conta a História da Salvação da Humanidade por meio do sacrifício vicário e expiatório de Cristo, o que foi preparado na Lei, anunciado nos profetas, narrado nos Evangelhos, proclamado em Atos dos Apóstolos, explicado nas Epístolas e celebrado em Apocalipse.
Sem conhecer os eventos histórico-redentivos, e sem entender que a Bíblia expõe uma série de textos coordenados e unidos em Cristo, o pregador corre o risco de se pautar por opiniões pessoais e desvios doutrinários e teológicos, além de empregar textos fora de contexto e fazer interpretações equivocadas, usando a Bíblia como se ela fosse um repositório de promessas e declarações soltas, simples palavras de poder alheias a qualquer possibilidade de sistematização. Tem-se, assim, o caos na pregação.
Um excelente exemplo bíblico de pregador é Moisés, que no Livro de Deuteronômio faz uma série de sermões - por causa disso, alguém já disse que Deuteronômio é o Livro do pregador.
O Primeiro Discurso de Moisés em Deuteronômio encontra-se em 1.1-4.43, e consiste em memória da jornada pelo deserto e exortação à obediência; o Segundo Discurso está em 4.44-26.19, e se refere às leis prescritas ao povo; o Terceiro Discurso, encontrado em 27.1-28.68, contém as bênçãos e maldições; e o Quarto Discurso, registrado nos caps. 29 e 30, trata da aliança firmada em Moabe (os caps. 31 a 34 cuidam de temas como o sucessor de Moisés, palavras de despedida e a morte de Moisés, além do Cântico que ele proferiu).
É digno de nota que as divisões naturais do Livro de Deuteronômio observam uma estrutura similar ao que se recomenda para pregações: 
1) memória do que foi dito ou realizado por Deus quanto ao Seu povo (fatos históricos);
2) declaração do que Deus requer do Seu povo (exigências divinas);
3) exortação à obediência (agora e no futuro).
Ocorre que para rememorar a História bíblica é necessário conhecê-la, e para exortar ao cumprimento da vontade do SENHOR é preciso que o pregador compreenda qual o papel da pregação.
Por ora, deixo a sugestão para que leiamos o Livro de Deuteronômio com a perspectiva do pregador, a fim de que esse importante Livro nos auxilie quando da exposição da Palavra de Deus.

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Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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Creio:
Em um só Deus e na Trindade.
Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão.
Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal e sua ascensão aos céus.
Na pecaminosidade do homem, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode salvá-lo.
Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus.
No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
No batismo bíblico em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.
Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus, através do poder do Espírito Santo.
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo.
Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade.
Na Segunda Vinda de Cristo.
Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo.
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.
E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.