"Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos" (II Tm 4.13).
Escrevendo ao pastor Timóteo, o apóstolo Paulo lhe pediu que trouxesse os livros, o que guarda plena sintonia com aquele homem tão culto, como se constata a partir da leitura de suas 13 Epístolas.
Paulo era um homem de três mundos: judeu, grego e romano. Era judeu em sua etnia e formação religiosa, "hebreu de hebreus", da tribo de Benjamim, criado aos pés do mestre Gamaliel, versado na Lei, nos Profetas e nos Escritos, tendo passado pelo partido dos fariseus e certamente pelo Sinédrio (cf. At 8.1; 22.3; 26.4,5; Fp 3.5); era do mundo grego porque conhecia a cultura helênica, sua poesia, seus costumes, sua religiosidade, sua filosofia (cf. At 17.16-31; 26.24); e era politicamente romano, pois tinha a cidadania romana (cf. At 22.25).
Paulo detinha noções de direito, o que se depreende de suas alusões a institutos jurídicos como adoção, herança, tutela, promessa, vínculo matrimonial, processo formal, apelação (cf. At 16.37; 25.11; 26.24; Rm 7.2; I Co 7.15; Gl 3.23,24; 4.1,2). E chegou a citar os poetas gregos Epimênides e Arato (At 17.28; Tt 1.12). Nada disso advém de uma vida afastada dos estudos.
Deus não chamou Paulo "de última hora" ao perceber que João, Pedro e os demais apóstolos eram homens simples demais. Não! Deus, de um modo misterioso para nós, separou e destinou Paulo ao apostolado para os gentios, e enquanto estudava, antes de se converter a Cristo, Paulo estava sendo preparado pelo SENHOR. Ele não sabia, mas Deus, sim (cf. At 9.15).
Deus chamou os Doze de acordo com critérios por Ele conhecidos, e chamou Paulo também de acordo com a Sua soberania e conhecimento.
Quero, porém, destacar a humildade de Paulo ao buscar a leitura de livros: diferentemente do que muitos pensam, estudar não é prova de soberba, mas muitas vezes é, isto sim, prova de humildade, porque só o ignorantes convictos creem que não precisam de mais nenhum ensino, e que sua leitura da Bíblia é mais do que suficiente.
Há quem despreze séculos de debates, concílios, estudos!
Ao ler livros úteis à interpretação da Bíblia, seja de teólogos, seja de pastores ou dos Pais da Igreja, busca-se o auxílio de irmãos que vieram antes de nós ou que, em nosso tempo, podem oferecer subsídios a nosso próprio estudo da Palavra.
Escrevendo ao pastor Timóteo, o apóstolo Paulo lhe pediu que trouxesse os livros, o que guarda plena sintonia com aquele homem tão culto, como se constata a partir da leitura de suas 13 Epístolas.
Paulo era um homem de três mundos: judeu, grego e romano. Era judeu em sua etnia e formação religiosa, "hebreu de hebreus", da tribo de Benjamim, criado aos pés do mestre Gamaliel, versado na Lei, nos Profetas e nos Escritos, tendo passado pelo partido dos fariseus e certamente pelo Sinédrio (cf. At 8.1; 22.3; 26.4,5; Fp 3.5); era do mundo grego porque conhecia a cultura helênica, sua poesia, seus costumes, sua religiosidade, sua filosofia (cf. At 17.16-31; 26.24); e era politicamente romano, pois tinha a cidadania romana (cf. At 22.25).
Paulo detinha noções de direito, o que se depreende de suas alusões a institutos jurídicos como adoção, herança, tutela, promessa, vínculo matrimonial, processo formal, apelação (cf. At 16.37; 25.11; 26.24; Rm 7.2; I Co 7.15; Gl 3.23,24; 4.1,2). E chegou a citar os poetas gregos Epimênides e Arato (At 17.28; Tt 1.12). Nada disso advém de uma vida afastada dos estudos.
Deus não chamou Paulo "de última hora" ao perceber que João, Pedro e os demais apóstolos eram homens simples demais. Não! Deus, de um modo misterioso para nós, separou e destinou Paulo ao apostolado para os gentios, e enquanto estudava, antes de se converter a Cristo, Paulo estava sendo preparado pelo SENHOR. Ele não sabia, mas Deus, sim (cf. At 9.15).
Deus chamou os Doze de acordo com critérios por Ele conhecidos, e chamou Paulo também de acordo com a Sua soberania e conhecimento.
Quero, porém, destacar a humildade de Paulo ao buscar a leitura de livros: diferentemente do que muitos pensam, estudar não é prova de soberba, mas muitas vezes é, isto sim, prova de humildade, porque só o ignorantes convictos creem que não precisam de mais nenhum ensino, e que sua leitura da Bíblia é mais do que suficiente.
Há quem despreze séculos de debates, concílios, estudos!
Ao ler livros úteis à interpretação da Bíblia, seja de teólogos, seja de pastores ou dos Pais da Igreja, busca-se o auxílio de irmãos que vieram antes de nós ou que, em nosso tempo, podem oferecer subsídios a nosso próprio estudo da Palavra.
Elementos teológicos, doutrinários, históricos, geográficos, antropológicos, éticos e exegéticos podem auxiliar o crente (e muito!) na leitura da Palavra de Deus.
O mesmo se deve dizer da tradição e história eclesiástica, jamais como substitutos da Bíblia, mas como componentes que lançam luz à nossa própria interpretação, porque não seríamos inteligentes se olvidássemos a contribuição de outros irmãos!
É lamentável que em nossos dias já não se ouçam frases como "Timóteo, traga os livros".
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