Introdução.
Há um crescente movimento na igreja evangélica brasileira no sentido de estabelecer uma lei da semeadura em termos financeiros, como se o crente que entrega dízimos e ofertas na igreja estivesse plantando sementes de dinheiro para colher frutos monetários.
Outra ilustração que se utiliza é a do investidor que espera multiplicar seus ativos, como se o crente contasse com um saldo bancário celestial, que seria maior ou menor, dependendo do quanto se oferece “para a obra”.
O contexto é a famigerada “Teologia da Prosperidade”, defendida ardorosamente pela Igreja Universal do Reino de Deus, pelo R. R. Soares e sua Igreja Internacional da Graça de Deus, bem como pela Igreja Apostólica Renascer em Cristo, apenas para citar as mais proeminentes.
O problema é que essa doutrina herética está se infiltrando em igrejas historicamente reconhecidas pela sua seriedade doutrinária.
A equação desse pessoal é tão simples quanto equivocada: dinheiro mais fé resultaria em bênçãos materiais, prosperidade.
De minha parte, ao ouvir ensinamentos dessa natureza, a primeira impressão que tenho é a de que não condizem com aquilo que aprendi desde a infância. E, ao pesquisar na própria Bíblia, confirmo a minha impressão, e fico cada vez mais convencido de que não é lícito dar ofertas e dízimos esperando receber algo em troca.
Para sustentar meu ponto de vista, que considero bíblico, vou utilizar inicialmente os mesmos textos que os crentes materialistas têm empregado para fundamentar a heresia. Hoje ficaremos com Ml 3.10,11.
Há um crescente movimento na igreja evangélica brasileira no sentido de estabelecer uma lei da semeadura em termos financeiros, como se o crente que entrega dízimos e ofertas na igreja estivesse plantando sementes de dinheiro para colher frutos monetários.
Outra ilustração que se utiliza é a do investidor que espera multiplicar seus ativos, como se o crente contasse com um saldo bancário celestial, que seria maior ou menor, dependendo do quanto se oferece “para a obra”.
O contexto é a famigerada “Teologia da Prosperidade”, defendida ardorosamente pela Igreja Universal do Reino de Deus, pelo R. R. Soares e sua Igreja Internacional da Graça de Deus, bem como pela Igreja Apostólica Renascer em Cristo, apenas para citar as mais proeminentes.
O problema é que essa doutrina herética está se infiltrando em igrejas historicamente reconhecidas pela sua seriedade doutrinária.
A equação desse pessoal é tão simples quanto equivocada: dinheiro mais fé resultaria em bênçãos materiais, prosperidade.
De minha parte, ao ouvir ensinamentos dessa natureza, a primeira impressão que tenho é a de que não condizem com aquilo que aprendi desde a infância. E, ao pesquisar na própria Bíblia, confirmo a minha impressão, e fico cada vez mais convencido de que não é lícito dar ofertas e dízimos esperando receber algo em troca.
Para sustentar meu ponto de vista, que considero bíblico, vou utilizar inicialmente os mesmos textos que os crentes materialistas têm empregado para fundamentar a heresia. Hoje ficaremos com Ml 3.10,11.
A promessa de recompensa.
Em Ml 3.10, não há que se falar em promessa de barganha com Deus. Havia uma espécie de imposto para manutenção das coisas do Templo, o qual era pago, não com dinheiro, mas com o produto da lavoura. Não era pagamento in especie, mas in natura. Vale recordar que a província de Judá era àquele tempo uma nação eminentemente agrícola, e que, portanto, as riquezas não eram expressas em moeda, mas em frutos e animais.
A própria teologia do dízimo evoca a questão da fidelidade e das primícias. O povo judeu produzia nos campos e nos currais, e o melhor de sua produção era dado ao SENHOR, para a manutenção do Templo. Lembre-se de que estamos tratando de uma nação em que não havia separação entre política e religião. Embora sob domínio persa, o povo judeu da época de Malaquias tinha a liberdade de seguir com seus costumes religiosos.
Ora, entregar o melhor da lavoura e dos rebanhos era dar aos sacerdotes parte do meio de subsistência daquelas pessoas. Como houvesse algum receio de que as ofertas e dízimos causassem um déficit em seus meios de sustento, o povo passou a não entregá-los, o que muito desagradou a Deus, a ponto de chamar isso de roubo.
A promessa de abrir as janelas dos céus como recompensa pela fidelidade tem que ser associada ao fato de que é dos céus que desce a chuva, fundamental para os campos e para os rebanhos. Tanto o reino vegetal como o reino animal precisam de água. Por isso, Deus está dizendo que Ele é poderoso para mandar chuva, e, com isso, possibilitar os meios de sobrevivência, e isso com abundância.
A promessa de repreender o “devorador” também tem que ver com o mundo agrícola, pois devorador é outro nome para as pragas, principalmente para os gafanhotos.
O mesmo Deus que requer fidelidade nos dízimos e nas ofertas é o Deus que manda chuva e repreende as pragas.
Deus não está de maneira nenhuma incentivando a barganha com ele. Isso é ridículo, pois não se coaduna com o caráter divino, revelado nas Escrituras.
Tanto isso é verdade que, mais à frente, nos versículos 14 e 15, o povo diz que acha inútil servir a Deus se não houver prosperidade, e por essa afirmação Deus os repreende com veemência. Sim, eles achavam que os ímpios prosperavam e se livravam de problemas sem que contribuíssem com as coisas do SENHOR, enquanto os chamados “servos de Deus” não se beneficiavam com a mesma prosperidade.
Continuaremos oportunamente.
Em Ml 3.10, não há que se falar em promessa de barganha com Deus. Havia uma espécie de imposto para manutenção das coisas do Templo, o qual era pago, não com dinheiro, mas com o produto da lavoura. Não era pagamento in especie, mas in natura. Vale recordar que a província de Judá era àquele tempo uma nação eminentemente agrícola, e que, portanto, as riquezas não eram expressas em moeda, mas em frutos e animais.
A própria teologia do dízimo evoca a questão da fidelidade e das primícias. O povo judeu produzia nos campos e nos currais, e o melhor de sua produção era dado ao SENHOR, para a manutenção do Templo. Lembre-se de que estamos tratando de uma nação em que não havia separação entre política e religião. Embora sob domínio persa, o povo judeu da época de Malaquias tinha a liberdade de seguir com seus costumes religiosos.
Ora, entregar o melhor da lavoura e dos rebanhos era dar aos sacerdotes parte do meio de subsistência daquelas pessoas. Como houvesse algum receio de que as ofertas e dízimos causassem um déficit em seus meios de sustento, o povo passou a não entregá-los, o que muito desagradou a Deus, a ponto de chamar isso de roubo.
A promessa de abrir as janelas dos céus como recompensa pela fidelidade tem que ser associada ao fato de que é dos céus que desce a chuva, fundamental para os campos e para os rebanhos. Tanto o reino vegetal como o reino animal precisam de água. Por isso, Deus está dizendo que Ele é poderoso para mandar chuva, e, com isso, possibilitar os meios de sobrevivência, e isso com abundância.
A promessa de repreender o “devorador” também tem que ver com o mundo agrícola, pois devorador é outro nome para as pragas, principalmente para os gafanhotos.
O mesmo Deus que requer fidelidade nos dízimos e nas ofertas é o Deus que manda chuva e repreende as pragas.
Deus não está de maneira nenhuma incentivando a barganha com ele. Isso é ridículo, pois não se coaduna com o caráter divino, revelado nas Escrituras.
Tanto isso é verdade que, mais à frente, nos versículos 14 e 15, o povo diz que acha inútil servir a Deus se não houver prosperidade, e por essa afirmação Deus os repreende com veemência. Sim, eles achavam que os ímpios prosperavam e se livravam de problemas sem que contribuíssem com as coisas do SENHOR, enquanto os chamados “servos de Deus” não se beneficiavam com a mesma prosperidade.
Continuaremos oportunamente.
Um comentário:
Hoje eu estava refletindo sobre a educação de nossa pequena filha lendo um livro do Jaime Kemp. É interessante que nem os nossos filhos se satisfazem apenas ganhando coisas caras. Eles requerem de nós algo muito mais valioso do que o dinheiro: a nossa dedicação, a nossa atenção, o nosso amor incondicional.
Amando nossas crianças, certamente não deixaremos de lhes fornecer tudo o que é necessário para que cresçam com saúde. E digo que essas coisas materiais são mais fáceis de dar aos filhos do que dar tempo de qualidade, corrigí-los com sabedoria, escutá-los mesmo quando estamos atarefados ou muito cansados.
Deus não é um banco. Deus é nosso Pai celeste. Ele demanda de nós muito mais do que a responsabilidade de mantermos a casa de Deus provida de tudo o que é necessário, não deixando os nossos pastores e missionários em situação de aperto. Deus quer que sejamos liberais no sentido de não amarmos o dinheiro, mas as pessoas. Isso significa que se um irmão estiver passando necessidade devemos acudí-lo prontamente, sem ficarmos retendo o dinheiro que nos sobra. E se a igreja precisa de algum reparo ou coisas para sua manutenção, devemos estar atentos a isso ofertando com alegria ao invés de gastarmos o nosso dinheiro com coisas supérfluas.
Se eu oferto pensando na soma de dinheiro que eu recuperarei é porque estou preocupada com bens materiais e não com a Casa de Deus.
Assim como nossos filhos requerem de nós o melhor de nossa atenção e carinho, Deus quer de nós o nosso amor.
Devemos ofertar pensando em Deus e não em nós mesmos.
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