O amado leitor não vá se animando muito: o Pr. Silas Malafaia voltou aos bons e velhos tempos, mas não foi, ainda, um retorno à defesa da Fé Evangélica livre de distorções como a Teologia da Prosperidade e sua "lei da semeadura financeira". É que ele voltou à carga com seus dotes de debatedor no Programa do Ratinho, ontem, dia 24 de fevereiro, no SBT (transmitido ao vivo).
O tema do debate era o PLC 122/2006, que, modificando a Lei nº 7.776/89 (Lei do Racismo), a CLT e o Código Penal, incrimina opiniões contrárias ao homossexualismo.
Com seu jeito peculiar, Silas Malafaia foi logo presenteando uma funcionária da produção com um livro, e Ratinho, com uma Bíblia. Estava muito mais preparado que a outra debatedora, ninguém menos que a autora do projeto de lei, a ex-deputada federal Iara Bernardi (PT/SP). Ela chegou a sugerir que Malafaia estivesse nervoso, ao que ele respondeu que seu temperamento não estava em discussão, e, com presença de espírito, emendou: "Eu tenho o estilo do Ratinho: a gente gosta de expressar o que sente e pensa".
Silas Malafaia disse, por exemplo, que ninguém nasce homossexual, pois não há cromossomos que indiquem o homossexualismo; que o projeto de lei busca incriminar discriminações filosóficas; que a aprovação na Câmara se deu um dia antes do recesso parlamentar, com apenas trinta deputados; que os grupos homossexuais não gostam do debate democrático; que se trata de comportamento, e não de traço de origem, como a raça; e que, se alguém tem o direito de não contratar uma babá evangélica para que seus filhos não sejam por ela influenciados, assim também as pessoas podem deixar de contratar uma babá lésbica ante o receio de que seu comportamento possa trazer algum tipo de influência.
Gostei do debate. Aliás, gostei do quase-monólogo, pois a ex-deputada e professora Iara Bernardi deixou muito a desejar.
Quem dera Silas Malafaia voltasse a defender a doutrina como antes...Mas, por ora, fiquemos com o elogio à sua participação ali no programa popular do Ratinho, quando o pastor da Assembleia de Deus na Penha/RJ representou os evangélicos brasileiros.
2 comentários:
Desta vez ele falou bem, mas infelizmente o tom geral nos programas de TV é muito agressivo - além da conta. Creio ser possível falar-se a verdade sem ser cínico ou sarcástico. A acidez verbal não costuma levar pessoas ao arrependimento, mas a resistirem mais. Que Deus lhe dê o retorno ao bom senso.
Parabéns pelo post. Quando o Pr. Silas acerta devemos lhe dar os créditos. Houve quem queresse que ele falasse brandamente, mas não é seu estilo. Ele é um Ciro Gomes. É bom lembrar que o PT apóia o projeto, enquanto partido.
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