Por mais difícil que seja conviver e congregar numa igreja cujos princípios destoam dos nossos, e, mais do que isso, destoam da Palavra de Deus, a verdade é que a Igreja, como instituição, não entrou em falência, não quebrou. A Igreja foi instituída por Jesus Cristo, e é por isso que sobrevive contra as portas do Inferno (Mt 16.18).
Essa esperança é verdadeira e necessária.
Tenho esperança de que não sucumbiremos ao personalismo de líderes, às múltiplas heresias, aos modismos, ao dinheiro, à politicagem de dentro e à politicagem de fora, nem cairemos aos pés da carnalidade.
Tenho esperança de que sobreviveremos e viveremos, apesar dos lobos em pele de cordeiro, dos pregadores triunfalistas e emocionalistas, dos que vivem se acovardando ou se vendendo ante à força do contra-evangelho.
Tenho esperança de que o povo ainda vai aprender a estudar a Bíblia direitinho, como os alunos que aprendem interpretação de texto na escola; que as pessoas conseguirão entender que a Bíblia não é uma colcha de retalhos, em que os versículos são tratados como simples amuletos, em total desarmonia entre si.
Tenho esperança de que os crentes compreenderão como a Razão se associa à Fé como irmãs.
Tenho esperança de que os crentes vocacionados ao ministério pastoral serão consagrados ao ministério no tempo certo, cumprindo os requisitos bíblicos.
Ora, eu preciso ter essa esperança. Mas, de qualquer maneira, se nada disso acontecer - e as circunstâncias militam contra minha esperança - eu tenho plena certeza de que a Igreja de Cristo irá subir ao Céu, ainda que seja bem diferente das igrejas que hoje se dizem evangélicas.
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