Aqui estou depois de alguns dias sem postar uma linha sequer. Agora, deixo para o eventual leitor o esboço que fiz para o comentário da lição de escola dominical aos professores na minha igreja. Fiz o comentário no sábado, dia 02 de agosto, e hoje, domingo, assisti a aula de outro colega, na querida classe Melquisedeque.
Definição:
Consumismo é o vício comportamental de comprar desnecessariamente, para satisfazer a ambição ou para atender a uma deficiência emocional.
Para haver Consumismo há que estar presente o elemento monetário/financeiro. Não se trata apenas de uma ambição materialista, mas de uma ambição materialista agravada pelo sentimento de que se deve pagar algum preço, gastar, com dinheiro presente ou futuro.
Conceitos relacionados:
· Materialismo – envolve o conceito de consumismo porque valoriza excessivamente os bens materiais;
· Hedonismo – consiste na exaltação do prazer, e no caso do consumismo o prazer é comprar;
· Egoísmo/Individualismo – Idolatria do Eu; não pensar nas necessidades nem nos interesses do outro;
· Ambição – Almejar coisas ou condições a que não se faz jus.
Alguns sinais do consumismo:
· Comprar coisas desnecessárias (supérfluas);
· Ficar ansioso (a) ao ver uma propaganda;
· Sentir inveja de alguém que fez uma aquisição;
· Comprometer o orçamento doméstico com dívidas não urgentes;
· Comprar “o que todo mundo tem” sem uma reflexão sobre a real necessidade.
Relação com a Psicologia/Psiquiatria:
· O consumismo pode estar relacionado ao Transtorno Obsessivo-Compulsivo, que é uma psicopatologia (oneomania);
· O consumismo pode vir acompanhado de ansiedade, frustração, depressão, transtornos de humor e um desejo reprimido de possuir as coisas (ver o comentário da Lição à p. 36);
· Mesmo o Transtorno Obsessivo-Compulsivo pode ser causado pela prática do consumismo. O problema moral/espiritual pode conduzir ao problema patológico, exigindo cuidados pastorais e profissionais.
Causas comuns do endividamento:
· Uso indiscriminado de cartões de crédito, cheque especial, crediário, empréstimos em agências de crédito facilitado (causa direta);
· Querer a manutenção de um status que não condiz com a capacidade econômica (causa indireta).
O que a Bíblia diz sobre Consumismo:
· Pv 30.8 – virtude do contentamento;
· Pv 27.20 – “os olhos do homem nunca se satisfazem”;
· Pv 16.32 – dominar o espírito é ter domínio próprio ou temperança, que é fruto do Espírito (Gl 5.22);
· Pv 12.9 – trata do “vanglorioso que tem falta de pão”, que vive de aparências;
· Pv 30.15 – desejo insaciável como da sanguessuga;
· Fp 4.6 – a ansiedade deve ser entregue a Deus nas petições, e isso inclui a ansiedade consumista;
· I Tm 6.6-10 – desejo de ficar rico sem ter os meios suficientes pode arruinar o indivíduo, porque o conduz à “cilada”, a “muitas dores”, a “perdição”, “concupiscências insensatas e perniciosas”;
· Rm 13.8 – é recomendável não dever nada a ninguém;
· Ec 2.4-11 e Ec 6 mostram que Salomão entendeu o seguinte: riquezas, trabalho e honra não são suficientes para conferir sentido à vida. Isso tem que ver com o Consumismo;
· Is 55.2 – é equivocado gastar dinheiro no que é secundário;
· Ec 5.10 – “quem ama a abundância nunca se farta da renda”;
· I Tm 5.8 – não cuidar da família é negar a fé, uma condição pior que a do descrente.
O Evangelho da Riqueza e da Saúde é religião de base consumista:
· O crente é visto como um consumidor;
· O crente se comporta como consumidor;
· A igreja é escolhida de acordo com as preferências pessoais;
· O número exorbitante de igrejas e “ministérios” contribui para o crente se comportar como se estivesse diante de uma prateleira de supermercado;
· As bênçãos passam a ser vistas como produtos, e a fé, como dinheiro, moeda de troca;
· Pregadores mudam seu discurso como estratégia para atrair as massas;
· Pregadores usam o púlpito com frases de efeito, em sermões sem conteúdo, apelando para a emoção dos ouvintes, exatamente como fazem os marketeiros;
· Igrejas divulgam seus cultos prometendo “produtos” como vitória, curas, milagres e libertação, como se Deus fosse obrigado a abençoar e agir na hora marcada pelos mercadores da Fé;
· Cria-se uma teologia em que dízimos e ofertas são vistos como investimento em si próprio, numa malversação de textos bíblicos do Antigo e Novo Testamento (Ml 3.10,11 e II Co 9.8ss.).
Afirmação (consumista) do Edir Macedo:
“As pessoas não devem dar ofertas para ajudar a igreja, mas para ajudar a si próprias. Quando dá está fazendo um investimento para si, na sua vida. É o que mostra a Bíblia. Quem dá tudo recebe tudo de Deus. É inevitável. É toma lá, dá cá [...]. Quando alguém faz um sacrifício financeiro, Deus fica sem opção. Ele tem a obrigação de responder, porque é sua promessa. É a fé. Basta seguir o que Deus disse. ‘Provai-me nos dízimos e nas ofertas’” (O Bispo, 2007, p. 207, 215, citado por Valdeci da Silva Santos em O que Edir Macedo diz e o que a Bíblia diz sobre os dízimos e as ofertas, Revista Ultimato, pp. 26,27).
O Consumismo e o divórcio:
· Problemas financeiros prejudicam casamentos. O Consumismo atrai problemas financeiros. Logo, o Consumismo atrapalha os casamentos;
· Está comprovado que Campo Grande/MS é campeã em divórcios no Brasil, e que a maioria dos divórcios no País é requerida pelas mulheres. Também é sabido que aqui em Campo Grande/MS uma das causas principais é de ordem financeira.
Outros textos pertinentes:
· Ml 3.10,11 – o profeta não recomenda barganhar com Deus nem “colocá-lo na parede”, mas saber que Deus jamais desampara aqueles que usam de liberalidade e mordomia;
· II Co 9.8-15 – o que Paulo ressalta são as virtudes de generosidade, liberalidade, fidelidade, alegria no contribuir, e não a lei da semeadura financeira. O apóstolo afirma que essas virtudes redundarão em gratidão a Deus, louvor, ajuda ao próximo e aumento da justiça (Gn 15.6; Rm 4.3);
· Fp 4.10-20 – Paulo não recomenda o acúmulo de “crédito” ou “conta” no sentido financeiro, mas de caráter, como Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi “imputado para justiça” (Gn 15.6; Rm 4.3), ou “creditado como justiça” (Nova Versão Internacional). Ele deseja que os filipenses sejam abençoados porque o abençoaram, mas não como forma de compensação (Rm 11.35), e sim como elogio à sua bondade. A oferta para ajudar ao próximo é como “aroma suave, como sacrifício agradável e aprazível a Deus”, numa alusão paulina aos sacrifícios judaicos, mas não significa que o apóstolo esteja dizendo que ofertas (e dízimos) sejam sacrifícios no aspecto vetero-testamentário, embora esses sacrifícios incluíssem as idéias de gratidão a Deus pelos recursos agropecuários, adoração e contribuição mesmo.
Conclusão:
Para que a igreja obtenha sucesso contra o Consumismo que vem da sociedade, é indispensável combater a Religião de Consumo, porque os conceitos estão relacionados. É mundanismo tratar a espiritualidade cristã em bases consumistas.
EXERCÍCIO DE TEOLOGIA URBANA:
Será que isso nada tem que ver com Consumismo?
“Campo Grande: Capital é recordista de separações em MS
O Mato Grosso do Sul registrou 5.511 separações e divórcios no ano passado. Segundo informações da corregedoria geral do Tribunal de Justiça (TJ), no Estado, Campo Grande foi a recordista desses procedimentos, com 1.635 separações, seguida por Dourados, com 600, e Três Lagoas, 329. Para o presidente da Associação Nacional de Notários e Registradores de Mato Grosso do Sul (Anoreg/MS), Paulo Pedra, com a criação da Lei de número 11.441/07, que permite separações consensuais e sem filhos menores sejam feitas diretamente nos cartórios, ocorreu o resultado do número elevado na Capital. Fonte: Correio do Estado”. http://www.msevangelico.com.br/noticias.php?CD=8737, às 15h20min, em 02 de agosto de 2008.
“MS é recordista em divórcio no Brasil, diz IBGE
O Estado do Mato Grosso do Sul continua apresentando elevadas taxas de separações e divórcios e pequenas taxas de casamentos, conforme pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizada em 2002. Enquanto a média brasileira de casamentos é de 4,1%, o Estado de MS apresenta taxa de 3,5%. Já em relação à taxa de separação, MS apresenta 0,9% enquanto a média nacional é de 0,6%. Os divórcios (por 1 mil habitantes), são 1,5% em Mato Grosso do Sul, e no resto do País de 0,7% Fonte: IBGE”. http://www.msevangelico.com.br/noticias.php?CD=820, às 15h24min, em 02 de agosto de 2008.
* Esboço para o comentário aos professores da Assembléia de Deus Missões em Campo Grande/MS. Lição 5, Os Males do Consumismo, da Revista As doenças do nosso século, CPAD, III Trimestre de 2008.
Definição:
Consumismo é o vício comportamental de comprar desnecessariamente, para satisfazer a ambição ou para atender a uma deficiência emocional.
Para haver Consumismo há que estar presente o elemento monetário/financeiro. Não se trata apenas de uma ambição materialista, mas de uma ambição materialista agravada pelo sentimento de que se deve pagar algum preço, gastar, com dinheiro presente ou futuro.
Conceitos relacionados:
· Materialismo – envolve o conceito de consumismo porque valoriza excessivamente os bens materiais;
· Hedonismo – consiste na exaltação do prazer, e no caso do consumismo o prazer é comprar;
· Egoísmo/Individualismo – Idolatria do Eu; não pensar nas necessidades nem nos interesses do outro;
· Ambição – Almejar coisas ou condições a que não se faz jus.
Alguns sinais do consumismo:
· Comprar coisas desnecessárias (supérfluas);
· Ficar ansioso (a) ao ver uma propaganda;
· Sentir inveja de alguém que fez uma aquisição;
· Comprometer o orçamento doméstico com dívidas não urgentes;
· Comprar “o que todo mundo tem” sem uma reflexão sobre a real necessidade.
Relação com a Psicologia/Psiquiatria:
· O consumismo pode estar relacionado ao Transtorno Obsessivo-Compulsivo, que é uma psicopatologia (oneomania);
· O consumismo pode vir acompanhado de ansiedade, frustração, depressão, transtornos de humor e um desejo reprimido de possuir as coisas (ver o comentário da Lição à p. 36);
· Mesmo o Transtorno Obsessivo-Compulsivo pode ser causado pela prática do consumismo. O problema moral/espiritual pode conduzir ao problema patológico, exigindo cuidados pastorais e profissionais.
Causas comuns do endividamento:
· Uso indiscriminado de cartões de crédito, cheque especial, crediário, empréstimos em agências de crédito facilitado (causa direta);
· Querer a manutenção de um status que não condiz com a capacidade econômica (causa indireta).
O que a Bíblia diz sobre Consumismo:
· Pv 30.8 – virtude do contentamento;
· Pv 27.20 – “os olhos do homem nunca se satisfazem”;
· Pv 16.32 – dominar o espírito é ter domínio próprio ou temperança, que é fruto do Espírito (Gl 5.22);
· Pv 12.9 – trata do “vanglorioso que tem falta de pão”, que vive de aparências;
· Pv 30.15 – desejo insaciável como da sanguessuga;
· Fp 4.6 – a ansiedade deve ser entregue a Deus nas petições, e isso inclui a ansiedade consumista;
· I Tm 6.6-10 – desejo de ficar rico sem ter os meios suficientes pode arruinar o indivíduo, porque o conduz à “cilada”, a “muitas dores”, a “perdição”, “concupiscências insensatas e perniciosas”;
· Rm 13.8 – é recomendável não dever nada a ninguém;
· Ec 2.4-11 e Ec 6 mostram que Salomão entendeu o seguinte: riquezas, trabalho e honra não são suficientes para conferir sentido à vida. Isso tem que ver com o Consumismo;
· Is 55.2 – é equivocado gastar dinheiro no que é secundário;
· Ec 5.10 – “quem ama a abundância nunca se farta da renda”;
· I Tm 5.8 – não cuidar da família é negar a fé, uma condição pior que a do descrente.
O Evangelho da Riqueza e da Saúde é religião de base consumista:
· O crente é visto como um consumidor;
· O crente se comporta como consumidor;
· A igreja é escolhida de acordo com as preferências pessoais;
· O número exorbitante de igrejas e “ministérios” contribui para o crente se comportar como se estivesse diante de uma prateleira de supermercado;
· As bênçãos passam a ser vistas como produtos, e a fé, como dinheiro, moeda de troca;
· Pregadores mudam seu discurso como estratégia para atrair as massas;
· Pregadores usam o púlpito com frases de efeito, em sermões sem conteúdo, apelando para a emoção dos ouvintes, exatamente como fazem os marketeiros;
· Igrejas divulgam seus cultos prometendo “produtos” como vitória, curas, milagres e libertação, como se Deus fosse obrigado a abençoar e agir na hora marcada pelos mercadores da Fé;
· Cria-se uma teologia em que dízimos e ofertas são vistos como investimento em si próprio, numa malversação de textos bíblicos do Antigo e Novo Testamento (Ml 3.10,11 e II Co 9.8ss.).
Afirmação (consumista) do Edir Macedo:
“As pessoas não devem dar ofertas para ajudar a igreja, mas para ajudar a si próprias. Quando dá está fazendo um investimento para si, na sua vida. É o que mostra a Bíblia. Quem dá tudo recebe tudo de Deus. É inevitável. É toma lá, dá cá [...]. Quando alguém faz um sacrifício financeiro, Deus fica sem opção. Ele tem a obrigação de responder, porque é sua promessa. É a fé. Basta seguir o que Deus disse. ‘Provai-me nos dízimos e nas ofertas’” (O Bispo, 2007, p. 207, 215, citado por Valdeci da Silva Santos em O que Edir Macedo diz e o que a Bíblia diz sobre os dízimos e as ofertas, Revista Ultimato, pp. 26,27).
O Consumismo e o divórcio:
· Problemas financeiros prejudicam casamentos. O Consumismo atrai problemas financeiros. Logo, o Consumismo atrapalha os casamentos;
· Está comprovado que Campo Grande/MS é campeã em divórcios no Brasil, e que a maioria dos divórcios no País é requerida pelas mulheres. Também é sabido que aqui em Campo Grande/MS uma das causas principais é de ordem financeira.
Outros textos pertinentes:
· Ml 3.10,11 – o profeta não recomenda barganhar com Deus nem “colocá-lo na parede”, mas saber que Deus jamais desampara aqueles que usam de liberalidade e mordomia;
· II Co 9.8-15 – o que Paulo ressalta são as virtudes de generosidade, liberalidade, fidelidade, alegria no contribuir, e não a lei da semeadura financeira. O apóstolo afirma que essas virtudes redundarão em gratidão a Deus, louvor, ajuda ao próximo e aumento da justiça (Gn 15.6; Rm 4.3);
· Fp 4.10-20 – Paulo não recomenda o acúmulo de “crédito” ou “conta” no sentido financeiro, mas de caráter, como Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi “imputado para justiça” (Gn 15.6; Rm 4.3), ou “creditado como justiça” (Nova Versão Internacional). Ele deseja que os filipenses sejam abençoados porque o abençoaram, mas não como forma de compensação (Rm 11.35), e sim como elogio à sua bondade. A oferta para ajudar ao próximo é como “aroma suave, como sacrifício agradável e aprazível a Deus”, numa alusão paulina aos sacrifícios judaicos, mas não significa que o apóstolo esteja dizendo que ofertas (e dízimos) sejam sacrifícios no aspecto vetero-testamentário, embora esses sacrifícios incluíssem as idéias de gratidão a Deus pelos recursos agropecuários, adoração e contribuição mesmo.
Conclusão:
Para que a igreja obtenha sucesso contra o Consumismo que vem da sociedade, é indispensável combater a Religião de Consumo, porque os conceitos estão relacionados. É mundanismo tratar a espiritualidade cristã em bases consumistas.
EXERCÍCIO DE TEOLOGIA URBANA:
Será que isso nada tem que ver com Consumismo?
“Campo Grande: Capital é recordista de separações em MS
O Mato Grosso do Sul registrou 5.511 separações e divórcios no ano passado. Segundo informações da corregedoria geral do Tribunal de Justiça (TJ), no Estado, Campo Grande foi a recordista desses procedimentos, com 1.635 separações, seguida por Dourados, com 600, e Três Lagoas, 329. Para o presidente da Associação Nacional de Notários e Registradores de Mato Grosso do Sul (Anoreg/MS), Paulo Pedra, com a criação da Lei de número 11.441/07, que permite separações consensuais e sem filhos menores sejam feitas diretamente nos cartórios, ocorreu o resultado do número elevado na Capital. Fonte: Correio do Estado”. http://www.msevangelico.com.br/noticias.php?CD=8737, às 15h20min, em 02 de agosto de 2008.
“MS é recordista em divórcio no Brasil, diz IBGE
O Estado do Mato Grosso do Sul continua apresentando elevadas taxas de separações e divórcios e pequenas taxas de casamentos, conforme pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizada em 2002. Enquanto a média brasileira de casamentos é de 4,1%, o Estado de MS apresenta taxa de 3,5%. Já em relação à taxa de separação, MS apresenta 0,9% enquanto a média nacional é de 0,6%. Os divórcios (por 1 mil habitantes), são 1,5% em Mato Grosso do Sul, e no resto do País de 0,7% Fonte: IBGE”. http://www.msevangelico.com.br/noticias.php?CD=820, às 15h24min, em 02 de agosto de 2008.
* Esboço para o comentário aos professores da Assembléia de Deus Missões em Campo Grande/MS. Lição 5, Os Males do Consumismo, da Revista As doenças do nosso século, CPAD, III Trimestre de 2008.
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