Há pouco assisti ao programa político do PT. Em pleno estágio de pré-campanha, Lula e Dilma fizeram uma escancarada propaganda antecipada. O programa foi todo dedicado à apresentação de Dilma ao eleitor, o que viola a legislação eleitoral.
O programa disse algumas coisas como:
Dilma nasceu em Minas Gerais e amadureceu politicamente no Rio Grande do Sul;
Dilma lutou contra a ditadura;
Dilma, em comparação verbalizada por Lula, é como Nelson Mandela, pois entrou para a luta armada e depois se tornou presidente;
Dilma teve responsabilidade pelo sucesso do governo Lula;
Lula e Dilma fizeram mais que FHC e Serra.
Todas essas afirmações consistem numa apresentação privilegiada de Dilma ao eleitor, em horário nobre, bem no meio de programas como o Jornal Nacional, além de mostrar, mais uma vez, que o interesse do PT é de fazer uma eleição plebiscitária, colando em José Serra as deficiências do governo FHC.
Há claro objetivo eleitoral no programa, que mencionou José Serra somente porque ele é o pré-candidato do PSDB, e o mais bem colocado nas pesquisas até o momento. Não houve menção a outros ministros, como Pedro Malan, Sérgio Motta ou José Gregori, das importantes pastas da Fazenda, das Comunicações e da Justiça. O tema era a comparação com FHC e o foco era o seu pré-candidato, que foi ministro do Planejamento e da Saúde.
Este não é um blog político, mas, como anoto no início da página, há espaço aqui para isso. E minha preocupação maior é com a questão da moralidade, tema profundamente espiritual. Quer dizer então que o presidente da República pode burlar a lei sistematicamente? Ele, que já foi multado mais de uma vez pela Justiça Eleitoral, vai continuar desafiando a ordem jurídica? Isso mostra que as multas não são uma sanção adequada para esse tipo de infração. Talvez nem seja o próprio Lula que pague essas multas...
Sei que existem muitas críticas ao nosso sistema eleitoral, notadamente a esse intervalo chamado "pré-campanha", em que os candidatos fingem que não são candidatos e se proíbe a propaganda antecipada. Mas a lei deve ser cumprida. Se Lula não gosta da lei como está, tem o direito de pedir uma reforma eleitoral que altere essa estado de coisas, e, como presidente, tem poder para arregimentar forças no Congresso em favor de projetos de seu interesse. Essa seria uma medida interessante, pois a campanha na verdade já deveria estar nas ruas.
O problema de Lula é de ordem moral. Ele não respeita as leis que jurou cumprir quando tomou posse. Ele, como maior mandatário da Nação, deveria ser o exemplo de cumprimento das leis. Com isso, ele incentiva o descalabro, a zombaria da ordem. Um homem que acha que a fiscalização ambiental e a fiscalização do TCU atrapalham o desenvolvimento nacional não deveria ser presidente da República.
O pior é saber que, no máximo, o TSE aplicará mais uma multa pequena que provavelmente não será suportada pelo Lula, mas por algum "companheiro". E já está se contemplando, como diz Reinaldo Azevedo em seu blog, que Lula fará de tudo para eleger Dilma Rousseff sua sucessora. Tenho receio do que pode haver.
2 comentários:
E so procurar os discursoss desse senhor quando era candidato e com partido pobre e pequeno que tudo que ele atacava como caPAnhas milionarias,verba publica para fins diferentes,propaganda manipulada etc , tudinho ele faz,fez e vai fazer
"Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se. E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras." - Essas palavras de Apocalipse 22.11 e 12 são consoladoras e trazem esperança quando nos deparamos com situações como a que foi descrita no post. É orar por ele e pelo país - aliás, até agora não ouvi ninguém "dos grandes" do cenário evangélico a proclamar um período de jejum e oração pelas eleições e pela nação. O povo de Deus parece que é o último a despertar para as eleições. Isso contraria o ensino bíblico que devemos orar pelas autoridades. Bem ou mal, são autoridades, e se elas se portarem mal, as consequências são para todos.
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