domingo, 12 de outubro de 2008

O desvirtuamento do culto público

Não fique chateado comigo se isso ocorrer na sua igreja, mas é errado denominar cultos tendo em vista o que se espera de Deus. Por exemplo, não deveríamos falar de "culto de libertação", "culto da vitória" nem "culto da prosperidade", dentre tantos outros, simplesmente porque essas expressões são contraditórias, são um abuso contra a lógica e contra a Bíblia.
O culto público é prestado a Deus pela igreja. Não se trata de uma reunião em que marcamos o que Deus deve fazer em nosso favor. O culto público é momento congregacional de adoração, exercício de dons espirituais, testemunho e pregação do Evangelho ou ensino da Palavra, não um período em que nossos interesses mesquinhos ou até legítimos deverão ser satisfeitos.
Há, sim, um desvirtuamento do culto público quando designamos o que e como Deus deve operar. Que negócio é esse de esperar que Deus liberte naquele dia e horário? E se Ele não o fizer? Deus acaso não é soberano para fazer ou deixar de fazer? Que direitos podemos exigir de Deus? Por acaso podemos exigir que Ele cure ou nos dê a "prosperidade" que almejamos?
Culto é ato do cristão para Deus, não o contrário. Nós prestamos o culto, não é Deus que vem prestar um culto ao nosso ego inflado ou sensível. O problema é que, em igrejas enfermadas pela pós-modernidade, estamos sendo acostumados a reclamar de Deus a satisfação de nossos desejos, como consumidores "cheios de razão" diante de um fornecedor. Para isso usamos a Bíblia como se fosse código de defesa do consumidor, apontando em suas páginas versículos que supostamente fundamentariam nossos "direitos" em face de Deus.

2 comentários:

Anônimo disse...

Alex, na minha igreja, tanto quanto nas de maioria aqui ao redor, têm sim tais cultos com um nome programado. Eu não só concordo, como ainda aumento; seguir sempre um uma programação, um roteiro, nos leva ao acomodismo. Se eu estiver errado me corrige.

daladier.blogspot.com disse...

Eu concordo com tu o que disseste, sem tirar nem por. Quanta imposição nos cultos?!



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Para pensar:

Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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Bases de Fé

Creio:
Em um só Deus e na Trindade.
Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão.
Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal e sua ascensão aos céus.
Na pecaminosidade do homem, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode salvá-lo.
Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus.
No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
No batismo bíblico em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.
Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus, através do poder do Espírito Santo.
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo.
Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade.
Na Segunda Vinda de Cristo.
Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo.
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.
E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.