Não fique chateado comigo se isso ocorrer na sua igreja, mas é errado denominar cultos tendo em vista o que se espera de Deus. Por exemplo, não deveríamos falar de "culto de libertação", "culto da vitória" nem "culto da prosperidade", dentre tantos outros, simplesmente porque essas expressões são contraditórias, são um abuso contra a lógica e contra a Bíblia.
O culto público é prestado a Deus pela igreja. Não se trata de uma reunião em que marcamos o que Deus deve fazer em nosso favor. O culto público é momento congregacional de adoração, exercício de dons espirituais, testemunho e pregação do Evangelho ou ensino da Palavra, não um período em que nossos interesses mesquinhos ou até legítimos deverão ser satisfeitos.
Há, sim, um desvirtuamento do culto público quando designamos o que e como Deus deve operar. Que negócio é esse de esperar que Deus liberte naquele dia e horário? E se Ele não o fizer? Deus acaso não é soberano para fazer ou deixar de fazer? Que direitos podemos exigir de Deus? Por acaso podemos exigir que Ele cure ou nos dê a "prosperidade" que almejamos?
Culto é ato do cristão para Deus, não o contrário. Nós prestamos o culto, não é Deus que vem prestar um culto ao nosso ego inflado ou sensível. O problema é que, em igrejas enfermadas pela pós-modernidade, estamos sendo acostumados a reclamar de Deus a satisfação de nossos desejos, como consumidores "cheios de razão" diante de um fornecedor. Para isso usamos a Bíblia como se fosse código de defesa do consumidor, apontando em suas páginas versículos que supostamente fundamentariam nossos "direitos" em face de Deus.
2 comentários:
Alex, na minha igreja, tanto quanto nas de maioria aqui ao redor, têm sim tais cultos com um nome programado. Eu não só concordo, como ainda aumento; seguir sempre um uma programação, um roteiro, nos leva ao acomodismo. Se eu estiver errado me corrige.
Eu concordo com tu o que disseste, sem tirar nem por. Quanta imposição nos cultos?!
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