O Governo, seu partido e a esquerda em geral gostam de atacar as "elites". O Luciano Huck não pode nem reclamar da falta de segurança pública porque é rico - é como se o roubo de seu relógio caro fosse uma forma de redistribuição de bens. Empresários não podem dizer que cansaram do Governo incompetente porque são ricos. Ensina-se em escolas que a violência é fruto da injustiça social - em que país nós estamos?
O discurso contra as elites é um problema sério. O Governo que enriquece os banqueiros e investidores financeiros não gosta deles. Na verdade, tudo não passa de discurso ideológico e simbólico para manter a população pobre a favor do Presidente, que nasceu e viveu pobre, que se tornou migrante nordestino, metalúrgico, sindicalista, e que já contou a história de sua mãe que "nasceu analfabeta".
Na derradeira eleição presidencial, o Presidente-candidato em seus discursos de comício pregou contra as elites, mas na televisão era a mansidão em pessoa.
Ora, o Presidente é eleito para conciliar ou para dividir? Ele é Presidente da Nação brasileira ou de um grupo em especial? Ele é o líder eleito para cumprir o ideal pluralista da Constituição, de diversas matizes políticas, ou um líder simbólico do povo, dos proletários, dos órfãos e viúvas contra as elites que, segundo ele, dominam o Brasil há quinhentos anos?
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