segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Um radical de esquerda e um funcionário do Império no mesmo grupo

Jesus nomeou doze apóstolos, um grupo reduzido, se consideradas as multidões que testemunharam Seus milagres, pregações e ensino. Para se ter uma idéia, cerca de 500 irmãos viram o Cristo ressurreto. E, curiosamente, aquele pequeno grupo de apóstolos incluiu dois homens que, em tese, não deveriam se dar bem: Simão, o zelote, e Mateus, cobrador de impostos.
Os zelotes queriam a libertação do jugo romano por meio das armas. Eram como guerrilheiros de esquerda, um grupo paramilitar. Achavam horrível a dominação romana, e certamente Simão viu em Jesus a possibilidade de libertação de Israel. Aliás, corria entre os judeus que o Messias viria justamente como libertador político.
Por outro lado, os publicanos, como Mateus, cobravam impostos de seus compatrícios e remetiam o dinheiro para Roma, ficando com uma comissão. Geralmente compravam o direito de arrecadar impostos. Eram homens ricos, tidos como corruptos e traidores da pátria.
Homens assim, como Simão, o zelote, e Mateus, não poderiam se ajustar se não houvesse um ideal maior que sua ideologia ou estilos de vida. Suas diferenças políticas foram mitigadas pela palavra de Cristo, que os recebeu em Sua companhia, e os fez membros do Reino de Deus.
Dessa forma, em lugar das diferenças Cristo trouxe a igualdade. Em lugar de convicções políticas que dividem, Cristo os uniu pela Sua mensagem de amor, de sacrifício, de renúncia, enquanto lhes anunciava coisas espirituais, um novo Reino, valores morais de ordem mais elevada.
Enfim, Cristo mostrou que em nossas igrejas podem conviver pessoas que pensam muito diferente, até mesmo pessoas de direita e de esquerda. Nada disso é maior que nossa união com Cristo e em Cristo.

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Para pensar:

Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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Bases de Fé

Creio:
Em um só Deus e na Trindade.
Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão.
Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal e sua ascensão aos céus.
Na pecaminosidade do homem, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode salvá-lo.
Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus.
No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
No batismo bíblico em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.
Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus, através do poder do Espírito Santo.
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo.
Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade.
Na Segunda Vinda de Cristo.
Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo.
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.
E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.