Jesus nomeou doze apóstolos, um grupo reduzido, se consideradas as multidões que testemunharam Seus milagres, pregações e ensino. Para se ter uma idéia, cerca de 500 irmãos viram o Cristo ressurreto. E, curiosamente, aquele pequeno grupo de apóstolos incluiu dois homens que, em tese, não deveriam se dar bem: Simão, o zelote, e Mateus, cobrador de impostos.
Os zelotes queriam a libertação do jugo romano por meio das armas. Eram como guerrilheiros de esquerda, um grupo paramilitar. Achavam horrível a dominação romana, e certamente Simão viu em Jesus a possibilidade de libertação de Israel. Aliás, corria entre os judeus que o Messias viria justamente como libertador político.
Por outro lado, os publicanos, como Mateus, cobravam impostos de seus compatrícios e remetiam o dinheiro para Roma, ficando com uma comissão. Geralmente compravam o direito de arrecadar impostos. Eram homens ricos, tidos como corruptos e traidores da pátria.
Homens assim, como Simão, o zelote, e Mateus, não poderiam se ajustar se não houvesse um ideal maior que sua ideologia ou estilos de vida. Suas diferenças políticas foram mitigadas pela palavra de Cristo, que os recebeu em Sua companhia, e os fez membros do Reino de Deus.
Dessa forma, em lugar das diferenças Cristo trouxe a igualdade. Em lugar de convicções políticas que dividem, Cristo os uniu pela Sua mensagem de amor, de sacrifício, de renúncia, enquanto lhes anunciava coisas espirituais, um novo Reino, valores morais de ordem mais elevada.
Enfim, Cristo mostrou que em nossas igrejas podem conviver pessoas que pensam muito diferente, até mesmo pessoas de direita e de esquerda. Nada disso é maior que nossa união com Cristo e em Cristo.
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