É impressionante como as pessoas são atraídas pelo erro. Elas gostam disso. De fato, não posso duvidar da doutrina bíblica da Queda. Toda vez que ouço o ensino de que se deve semear dinheiro para colher mais dinheiro, penso em como a Teologia da Prosperidade tem se infiltrado na Assembléia de Deus.
Já escrevi algumas coisas sobre o assunto. Essa tal "lei da semeadura financeira" é esotérica, tem relação com a "lei da atração", segundo a qual é necessário entrar na frequência das coisas boas, e se afastar da frequência das coisas ruins. Eu abomino o esoterismo, pois a Bíblia não aprova conhecimentos alienados de Jesus Cristo.
Na igreja, esse ensino aparece na forma de entregar o dízimo e ofertar com alegria para que o dinheiro volte. É bem parecido com os esotéricos que ensinam algo como "pague a seus fornecedores ou assine o cheque com alegria, sem sentimento de posse, para que o dinheiro volte, porque o que você faz de bom grado retorna para você".
Ouço o pastor falar de plantar e colher, investir e receber. Cada envelope é, segundo ele, um investimento num sonho que se tem. Meu Deus! Isso é materialismo puro, egoísmo sem-vergonha, nada tem que ver com o Evangelho!
Fico imensamente desapontado com esses pastores que ensinam o que Deus não ordenou. Fico triste. Meu coração treme dentro de mim.
O pior é que esse tipo de convite materialista é feito até mesmo em cultos de missões. Em vez de se enfatizarem as necessidades dos missionários e da obra que eles realizam, há espaço para pedidos de ofertas especiais a fim de que Deus recompense copiosamente os generosos. Há uma apelação financeira horrível, que fala profundamente aos corações egocêntricos, e passa a errônea impressão de que o Cristianismo é dinheiro, dinheiro e dinheiro.
Será que eu preciso dizer mais uma vez que eles interpretam enganosamente Ml 3.10, II Co 9.6ss e Gl 6.7,8, bem como uma série de outros textos tanto do Antigo como do Novo Testamento? Será que eu preciso repetir que Mike Murdock, no livro A Lei do Reconhecimento, ensina deslavadamente a lei da semeadura financeira, a qual Silas Malafaia tem disseminado em suas inúmeras palestras motivacionais? Será que eu preciso dizer que o mesmo Mike Murdock expõe conceitos gnósticos e de sabedoria oriental ao afirmar, logo de início, que a ignorância é o problema da Humanidade, quando a Bíblia diz que o problema da Humanidade é o pecado (Rm 3.23)?
Sim, preciso repetir tudo isso, e em alto e bom som, primeiro porque pouca gente lê o que escrevo; segundo, porque os que lêem geralmente pensam como eu; terceiro, porque tenho poucas oportunidades em minha igreja, e, quando tenho, são poucos os que me ouvem.
Será que vou ter que usar minha despedida para falar coisas que eles não ouvirão de outra forma? Será que vou ter que me antipatizar? Será que aqueles que ensinam o erro prevalecerão?
Ora, tenham santa paciência! Lei da semeadura, não!
7 comentários:
Estimado Irmão em Cristo! Até que enfim encontrei alguém que também acha que muitas destas "doutrinas" que aí estão nada mais são do que pensamentos esotéricos disfarçados de Cristianismo. Na verdade eles estão copiando o pensamento da Ciência Cristã e do movimento chamado Ciência do Novo Pensamento.
Em cristo,
Rev. EugÊnio Ribeiro, Sh
http://reverendoeugenio.blogspot.com/
graça e paz
amado é verdade que tem muita gente partido para o extremo das suas interpretações,mas cuidado para não cai no mesmo erro pois disse: mais uma vez que eles interpretam enganosamente Ml 3.10, II Co 9.6ss e Gl 6.7,8, e qual sua interpretação? critica sem mostra soluções é falar sem sentindo.
Prezado anônimo, com todo o respeito, é você que está faltando com o sentido. Se perceber o texto, verá que o título é "Mais sobre a 'lei da semeadura financeira'", e que pergunto se preciso dizer se novo que as interpretações são enganosas. Não me critique sem fundamento.
Você deveria "gastar seu tempo" evangelizando, ao invés de "criticando". Cada um dará conta de si próprio. E Deus julgará a cada um segunda suas obras. Que Deus não encontre em você um Juiz. Descansa no senhor, porque até os falsos mestres ele nos disse que viriam, e você nao pode fazer nada contra isso, mas evangelizar, ganhar almas você pode! tem feito?
Bençãos!
Maria Lima,
Não vou dizer para você o que faço ou deixo de fazer pela evangelização do mundo.
Tenho uma pergunta: se sabe quem são os falsos mestres, creio que deve estar preocupada com o avanço deles, certo? Ou você está mais preocupada em defender doutrinas heterodoxas e fica com vergonha de afirmar isso claramente?
Leia mais a Bíblia e verá que Pedro, Paulo, Judas (não o Iscariotes) e Jesus nos exortaram a manter distância dos falsos ensinos. Já viu isso lá? Ou gosta do falso ensino da teologia da prosperidade, da lei da semeadura financeira? Acredita mesmo que eu preciso concordar com tudo o que dizem só porque eles usam o nome de "evangélicos" e empunham uma Bíblia? Desculpe-me, mas sua perspectiva é muito míope ainda.
Alex.
Caro Alex Esteves. Não sei se você está convicto com o que diz e está ficando cego para outras questões ouquer chamar mais atenção que alguns falsos profetas.
Não deixe de respeitar quem lê seus artigos e não seja rude com elas, porque não se pode agir certo sem ter amor pelas pessoas.
Realmente concordo com irmão Esteves, estou atualmente numa igreja que crê fielmente na "lei da semeadura financeira" - mas não coloco minha confiança nessa "lei" - senão a graça de Cristo não seria graça - eles pregam e quem é contra são chamados de medíocres.
Mas materialismo "evangelizado" que foi introduzido: que afirma que DEUS tem melhor dessa terra para todos os cristãos; fica complicado combater - mas devemos orar - modismos passam - heresias não se firmam - e quando se firmam dividem e deixa de ser cristianismo.
Mas é o Senhor que cuida de Sua Igreja; eu ainda creio que algo mudará, certas coisas vão sendo aceitas como "verdades" - até que subitamente pode vir um basta do alto.
Vamos esclarecer quem quer ser esclarecido, vamos orar por aqueles que preferem assimilar essas deturpações da Palavra, para que deixem o engano. Basta a graça de Cristo. Servir a Deus é para santificação e alcançar os perdidos; ofertas e dízimos são atos de gratidão e não de obrigação ou troca, uma baganha com DEUS.
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