terça-feira, 30 de setembro de 2008

Três homens poderosos

Uma curiosidade: que livros eram aqueles que apareciam atrás do presidente americano George Walker Bush em seu pronunciamento sobre a crise financeira hoje de manhã, dia 30 de setembro, depois que o pacote de US$700 bilhões foi rejeitado pela Câmara dos Representantes? Aqueles livros foram lidos alguma vez na vida? Ou melhor, que tipo de livro Bush anda lendo, se é que o faz?
Bush me parece um cara legal, desses com quem a gente gostaria de sentar para conversar, tomar um café ou sair para pescar. Ele parece bonachão, feliz da vida, simples e sem neuras. Aliás, ele parece muito com o presidente Lula: são dois homens simples e formalmente despreparados que alcançaram o cargo político mais importante de seu País, e que se viram entremeados em muitas confusões.
Bush na verdade foi envolvido em duas declarações de guerra; Lula foi cercado - ou se fez cercar, não sei - por um bando de criminosos, ladrões do dinheiro público, mas passa a impressão de que essas coisas em nada lhe respingam, em nada o atingem. A diferença entre Bush e Lula é que este demonstra ter mais intuição e mais autonomia frente aos seus assessores e correligionários. Bush, por sua vez, transmite a imagem de um títere premido por hostes petrolíferas, financeiras e religiosas da mais extrema força, como um mero representante de um clã e de uma classe.
Antes, muito antes de Bush e Lula, houve Salomão, com quem certamente eu gostaria de sentar para tomar um café e conversar longamente. Sábio, escritor, inclinado às grandes construções, à ciência e ao bom vinho, Salomão teria muito a dizer, seria muito agradável sua conversa, como a que teve com a rainha de Sabá. Seu reino foi próspero e pacífico, e não precisou matar muita gente porque seu pai, Davi, já fizera todas as guerras possíveis. Assim, Salomão construiu o magnífico Templo em Jerusalém, bem como outras obras, e se tornou famoso por sua sabedoria e riquezas. No entanto, ele errou muitas vezes.
Salomão oprimiu seu povo com pesados tributos, fez alianças políticas por meio de casamentos estranhos, tendeu para a idolatria por causa de mulheres, buscou o prazer em coisas passageiras, como ele mesmo reconheceria no fim de sua vida. Quem mais sofreu foi o povo, pobre povo oprimido por um rei considerado sábio, o mais sábio de todos...
Que Salomão foi estadista não pode haver dúvida. Mas também não pode haver dúvida de que seu procedimento quanto aos seus próprios súditos foi deplorável. Os melhores governantes cuidam primeiro de seu povo, das questões domésticas, para depois buscarem metas secundárias. O mais importante é a qualidade de vida das pessoas, não o destaque da nação como potência mundial, como país economicamente desenvolvido. O mais importante é como as pessoas vivem, e nisso Salomão pecou.
Ah!, que busco eu com minhas comparações tão simplórias? Vou almoçar.

2 comentários:

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Não sei se são simplórias... mas são interessantes. Muito interessantes!

Ciro Sanches Zibordi disse...

Amado professor Alex,

A paz do Senhor.

Depois farei alguns comentários sobre os seus artigos. Minha visita agora é só para dizer que o seu blogue é nota 10! Atraente, com um ótimo conteúdo e português escorreito.

Um grande abraço!

Ciro Sanches Zibordi



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Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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Creio:
Em um só Deus e na Trindade.
Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão.
Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal e sua ascensão aos céus.
Na pecaminosidade do homem, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode salvá-lo.
Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus.
No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
No batismo bíblico em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.
Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus, através do poder do Espírito Santo.
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo.
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Na Segunda Vinda de Cristo.
Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo.
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.
E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.