Quem lê meus textos neste humilde blog ou escuta meus desabafos em sala de aula, como aluno de teologia, pode pensar que sou pessimista ou que devo ter uma úlcera de amargura.
Na verdade, só não sou pessimista nem amargo porque Jesus me salvou do pecado, do inferno e da morte eterna. Ele derramou Seu sangue por mim, sendo eu um pobre e terrível pecador. Jesus também me salvou de mim mesmo e da condenação dos outros.
Só não sou amargo nem pessimista porque creio na boa teologia da cruz, estando plenamente ciente de que a morte de Cristo foi substitutiva, vicária, expiatória, propiciatória e redentora. Com a morte de Cristo em meu lugar e Sua ressurreição, eu recebi vida eterna porque acreditei no sacrifício de Cristo como a única forma de reconciliação entre Deus e os homens. O sangue de Jesus foi aspergido sobre mim, e assim fui lavado, purificado, perdoado, aceito por Deus em santificação do Espírito. Creio nisso piamente. Sou bem-aventurado por isso.
Só não sou amargo nem pessimista porque entendo que a Bíblia é a Palavra de Deus, que sou filho de Deus por adoção, que fui criado por Deus em Adão e recriado por Deus em Cristo. Creio que o mundo era bom, que o homem era bom, que tudo era bom, e que infelizmente o pecado invadiu essa esfera de coisas boas, trazendo destruição e morte. Somente Jesus Cristo, o homem-Deus, poderia destruir as obras do diabo.
Só não sou pessimista nem amargo porque cultivo uma esperança escatológica, proclamo "ora vem SENHOR Jesus", e sei que o Espírito que hoje habita em mim me assegura plenamente a vida eterna com Deus. Não tenho nenhuma dúvida disso. Vou morar no Céu com Jesus.
Há muitas coisas boas. Há o anônimo que evangeliza de casa em casa aos domingos à tarde; há o anônimo que toca aquela guitarra desafinada na igreja, mas que se esforça para louvar a Deus ainda melhor; há a senhorinha anônima que visita pacientes em hospitais e lhes fala de Jesus; há o pastorzinho anônimo que entra e sai de lugares pobres, com seus folhetos nas mãos dizendo que Jesus salva. Há os muitos crentes que aprenderam a ler lendo a Bíblia. Há os intelectuais que se converteram a Cristo e que usam sabiamente seu conhecimento para glorificar a Deus. Há aqueles que se tornaram intelectuais por causa de Cristo. Há os ricos em generosidade. Há as associações religiosas que exercem funções educacionais, recreativas, profissionalizantes, teológicas, culturais, e de transferência de tecnologia. Há muita gente boa entre nós, há muitas igrejas sérias, há muita gente inteligente e voluntariosa. Há muitos pentecostais que não se conformam com a meninice, com as heresias, com a falta de ética, com a manipulação de doutrinas bíblicas.
Existem coisas boas. Eu sei que elas existem. E, com o risco de parecer arrogante - embora eu saiba que o sou muitas vezes - digo que esse juízo crítico que ora declino é algo que Deus me concedeu, e que devo usar para Sua glória.
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