Conheci um irmão em Cristo que se converteu há muito tempo, e que tem uma história rica e edificante.
Tratava-se de um homem simples, às vezes simplório. Falava muito, tinha a emoção à flor da pele, e era uma mistura de iniciativa e inconstância. Uma vez chegou a dar um extraordinário passo de fé, mas vacilou e só não sucumbiu porque Jesus o segurou. Era mesmo uma pessoa arrojada...
Desde sua conversão, aquele irmão se tornou um discípulo fiel a Cristo, mas isso não o impedia de deslizar de vez em quando. Como falava demais, era duramente repreendido. Por outro lado, ninguém conseguia dizer coisas tão belas como ele. Que pessoa interessante!
A religiosidade tradicional também o atrapalhou. Seu coração era povoado de superstições e falsas idéias teológicas. Parece que não foi fácil para ele compreender Quem Jesus é e o que veio fazer no mundo.
A maturidade custou a chegar. Embora muito apegado a Jesus, no começo ele nem orava direito. Em um momento de oração, foi pego dormindo. Nem por isso deixava o jeitão atirado. Julgava-se incapaz de renunciar a Cristo ou causar escândalo.
Quando deparou com uma situação de crise, a maior de sua vida, aquele irmão não pensou duas vezes: lançou mão de uma arma e provocou séria lesão num soldado. Não fosse Jesus, aquele soldado estaria lesionado definitivamente.
Mas, apesar de sua coragem, acabou negando Jesus. Aquele foi o dia mais infeliz de sua existência. Graças a Deus, ele foi perdoado, e confessou a Jesus de maneira irrefutável.
Mas, apesar de sua coragem, acabou negando Jesus. Aquele foi o dia mais infeliz de sua existência. Graças a Deus, ele foi perdoado, e confessou a Jesus de maneira irrefutável.
Conquanto tenha se tornado líder na igreja, demorou muito para que aquele irmão entendesse o plano de salvação. E certo dia precisou receber uma visão celestial para que fosse evangelizar uma família inteira.
Deus concedeu àquele homem experiências carismáticas, capacitação na Palavra e uma importantíssima posição de liderança. Por incrível que pareça, outro líder teve que repreendê-lo severamente e em público, para evitar uma divisão no Corpo de Cristo. Esse fato demonstrou que a maturidade ainda não havia chegado. Mas ela finalmente chegou, porque é o Espírito que nos santifica.
Passado o tempo, tenho em minhas mãos duas cartas que ele deixou. Não entendo como um homem tão simples pôde ter escrito algo tão profundo e maravilhoso. São duas cartas belíssimas, que revelam um conhecimento vasto das coisas sagradas, e uma sublime exortação à fé cristã.
Esse irmão tem o mesmo nome de um tio meu, já falecido. O nome é Simão. Eu não conheci o meu tio, que morreu lá no Piauí, mas ouvia falar muito bem dele. Quanto ao Simão que me deixou as duas cartas, ele recebeu de Jesus um novo nome, e passou a ser chamado de Pedro. Um dia irei encontrá-lo.
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