domingo, 23 de março de 2008

Uma estimativa

Pelo jeito que a Igreja evangélica brasileira anda, daqui a alguns anos estaremos evangelizando a nós mesmos. Sim, da mesma forma que precisamos evangelizar cristãos nominais ou "não-praticantes" da Igreja Romana, daqui a pouco evangelizaremos evangélicos.
De fato, há muitas pessoas que se dizem evangélicas, mas não no sentido clássico de alguém que se converteu a Cristo, mudou de vida e se submete a uma liderança pastoral. Hoje é bonito ser evangélico, artistas, políticos e outras pessoas famosas gostam de dizer que são evangélicas ou gospel. Há um mercado musical gospel, um mercado literário gospel e uma moda gospel. A indústria, o setor de serviços e os meios de comunicação de massa já começam a perceber o estilo de vida evangélico, por causa do crescimento desse grupo social. Todos sabem que há uma subcultura, quero dizer, uma cultura evangélica própria, dentro da cultura brasileira. Os comerciantes não querem deixar de ganhar dinheiro.
Com isso, com essa onda gospel, com essa facilidade de ser evangélico e até mesmo pastor, bispo ou apóstolo (!), o número de pessoas não convertidas nas igrejas evangélicas é cada vez maior. Alguém duvida disso?
É lamentável que nosso desejo de ver a Igreja crescendo no Brasil tenha ajudado a produzir um amontoado de práticas espúrias, que favorecem o "inchamento" (crescimento superficial), e não a conquista de almas para o Reino de Deus.
O Pr. Silas Malafaia disse em uma pregação que aqueles que dizem que a Igreja evangélica brasileira não está crescendo são despeitados. Eu, embora respeite muito o Pr. Malafaia, discordo dele. Creio que esse crescimento numérico não reflete o crescimento genuíno. Há um crescimento, eu sei, e não se pode negar que a Igreja de vinte anos atrás mudou muito. Mas é necessário ponderar nosso conceito de crescimento, pois de nada adiantará no futuro se tivermos que sair de porta em porta perguntando aos próprios evangélicos se eles não querem aceitar a Jesus.

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Para pensar:

Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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Bases de Fé

Creio:
Em um só Deus e na Trindade.
Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão.
Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal e sua ascensão aos céus.
Na pecaminosidade do homem, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode salvá-lo.
Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus.
No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
No batismo bíblico em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.
Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus, através do poder do Espírito Santo.
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo.
Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade.
Na Segunda Vinda de Cristo.
Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo.
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.
E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.