Fico impressionado com tantas pregações desprovidas de apego à realidade. O pregador fala coisas tão distantes e muitas vezes extra-bíblicas, que me pergunto se aquilo é mesmo um serviço a Deus.
É necessário falar de escatologia, eu sei, bem como do trabalho de anjos em prol dos servos de Deus e da ação do Espírito Santo, esses assuntos do campo espiritual. No entanto, conduzir um ministério da Palavra exclusivamente sobre bases de escatologia, angelologia e pneumatologia, apenas para citar alguns exemplos, e, pior ainda, fazer isso precariamente, constitui um prejuízo para a Igreja.
Mais do que isso, há aquele uso impróprio de alegorias, fruto da imaginação do pregador, e não de uma hermenêutica criteriosa. As alegorias devem ser limitadas pelo próprio texto bíblico, sob pena de se dizer qualquer besteira que se tenha na mente.
A Escritura Sagrada é tão rica em ensino e ao mesmo tempo tão desprezada em seu conteúdo, que me faço a seguinte pergunta: será que esses pregadores não têm conhecimento bíblico-teológico ou têm conhecimento mas não querem falar de temas que mexem com os ouvintes e que podem mudar estruturas?
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