quarta-feira, 7 de maio de 2008

Só uma palavra sobre o Ciclone de Mianmar

Quem se assustou com as tsunamis de 26 de dezembro de 2004 precisa atentar para o fato de que o Ciclone Nargis, que abateu Mianmar por estes dias, pode ter matado 100 mil pessoas, de acordo com uma diplomata norte-americana. Isso significa, grosso modo, que o número de mortos seria ao menos um terço do número de vítimas fatais das tsunamis de 2004, sendo que naquele caso foram afetados vários países de três Continentes (Áfria, Ásia e Oceania). Naquela época, Mianmar também foi atingida.
Vale lembrar que Mianmar é um país pobre, isolado do mundo e dominado por militares. É a antiga Birmânia, onde houve uma revolta em 1988, fortemente repelida pela ditadura, e uma rebelião de monges no ano passado, também reprimida. No caso das tsunamis de 2004, como foram afetadas cobiçadas praias turísticas da Indonésia, parece que havia muitos ricos por lá tirando férias. de fim-de-ano.
Diz-se que grande parte dos mortos agora em Mianmar foram crianças.
É triste verificar que se isso houvesse ocorrido num país rico do ocidente haveria uma comoção internacional muito maior. A solidariedade quanto aos pobres parece ser menor do que a solidariedade quanto aos ricos.
Veja-se o que ocorreu com o World Trade Center em 2001. O mundo se comoveu e duas guerras surgiram daí (Afeganistão e Iraque). Morreram umas três mil pessoas, salvo engano, o que é horrível; o fato do atentado terrorista em si é altamente reprovável; a forma como as torres caíram aumentou a força simbólica da tragédia; a segurança dos Estados Unidos mostrou-se vulnerável, o que é por si um motivo de medo internacional. Mas a morte de 100 mil pessoas de uma vez, ainda que por fatores ambientais, deveria causar um período de silêncio no mundo.
Aliás, será que um ciclone dessa magnitude já não constitui efeito dos danos causados pelo homem à Criação? Estou dizendo isso como leigo. De qualquer maneira, soube que as pessoas morreram mais pelas enchentes do que pela tempestade. O País não estava preparado. Os militares de lá, que gostam de aparentar auto-suficiência, não foram capazes de ajudar seu povo. E, para piorar, a Índia disse que avisara as autoridades birmanesas 48 horas antes sobre o possível ciclone, e nada foi feito.
Eu prefiro olhar essas coisas e refletir sem precipitações, mas não posso negar que vejo nisso o Princípio de Dores de Marcos 13, associado aos terrores do Apocalipse. Pode ser, meus irmãos, que os flagelos estejam ocorrendo, e nós não nos demos conta disso ainda!

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E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.