Debato-me contra heresias que insistem em se infiltrar na Igreja brasileira. Já escrevi, pensei e ensinei sobre os vícios da Confissão Positiva, da Teologia da Prosperidade, do Triunfalismo; sobre os exageros do pentecostalismo histórico e os abusos do pentecostalismo pós-moderno; sobre as distorções hermenêuticas por falta de boa gramática ou por má-fé. Tenho sofrido com o subjetivismo, o pluralismo, o relativismo, o secularismo, o hedonismo, o individualismo de nosso tempo, nas igrejas. Estou chateado com tudo isso.
Antes, porém, acreditava que o exame honesto da Escritura faria com que as pessoas se deixassem persuadir pela Verdade. Cria que faltava exposição organizada e freqüente da Bíblia para que as pessoas, enfim, compreendessem o que dizem os textos, e que assim viessem a entender que muito do que se diz em púlpitos afasta a centralidade da Cruz. Agora, continuo com a certeza de que faltam bons expositores da Bíblia, mas não considero que sua presença abundante mudaria muito.
Gostaria de não me inclinar a esse pensamento pessimista, pois cultivo o sonho de, um dia feliz, ter à minha disposição um lugar em que eu possa pregar e ensinar a Bíblia versículo por versículo, com critérios sadios de interpretação, a um público sedento. Será que terei essa oportunidade ainda?
Tenho a impressão de que o argumento "está escrito", outrora forte, padece diante de "palavras fictícias" com as quais se faz comércio de mentes incautas (II Pe 2.3). Parece-me que, se para mim é suficiente o cânon bíblico, para outros vale mais a emoção, o resultado, a experiência, o sonho realizado, o "crescimento" da igreja.
Vou completar 31 anos de idade no dia 23 de maio. Estou relativamente novo, mas não sou menino, e já me sinto cansado. É um cansaço emocional, de quem não acha pasto verdejante nem água de refrigério (Sl 23) por esses apriscos que tenho conhecido.
Eu só queria poder compartilhar a Verdade, mas percebo que a mentira voa a jato.
2 comentários:
Eu me preocupo e também fico triste por não ver pregado o evangelho genuíno em grande número de púlpitos por aí. Se nós que somos miseráveis pecadores nos indignamos com isso, imagine o próprio Cristo, o que diria? "Vomitar-te-ei?"
ops. desculpe. enviei um comentário no seu login
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