segunda-feira, 2 de junho de 2008

Como vivem os justos sob líderes religiosos injustos

Admiro pessoas que sobrevivem a líderes eclesiásticos injustos, crentes que persistem em suas igrejas apesar de graves erros doutrinários e condutas antiéticas. Ah, como eu os admiro! Quando penso nisso, lembro-me de personagens bíblicos que viveram situações de dificuldade em sua instituição religiosa.
Zacarias, Isabel, Simeão e Ana representam esse tipo de crente que persevera a todo custo.
O casal Zacarias e Isabel era irrepreensível diante do SENHOR. Ele era sacerdote, e por isso precisava conviver de perto com a estrutura religiosa de seus dias (cf. Lc 1.5-7). Esse casal foi abençoado com o nascimento de João, o Batista (cf. Lc 1.8-25, 57-80).
Simeão era um homem movido pelo Espírito Santo, que aguardava a aparição do Messias, porque isso lhe fora revelado pelo mesmo Espírito. Ele era "justo e piedoso", e "esperava a consolação de Israel". Teve o privilégio de ver Jesus Cristo ainda menino (cf. Lc 2.25-35).
Ana era uma viúva idosa que não saía do Templo, onde permanecia com suas orações e jejuns. Foi a primeira pessoa a pregar o Evangelho em Jerusalém (cf. Lc 2.36-38).
Quem comandava a religião oficial na época desses personagens eram os fariseus e saduceus, dois grupos doutrinariamente distintos, e com forte ligação com os políticos de Roma. Eram desprovidos de sinceridade, justiça e amor; haviam montado teologias nas quais, mais tarde, Jesus de Nazaré não poderia se encaixar.
Os fariseus eram tão hipócritas que, com o passar do tempo, se tornaram sinônimo de hipocrisia, quando, na realidade, "fariseu" significa "santo" ou “separado”.
Quem quisesse ser praticante do Judaísmo tinha de estar sob o domínio dos fariseus e saduceus.
Nesse cenário adverso, Zacarias representa os pastores que fazem parte de igrejas cheias de problemas morais e doutrinários. Isabel naturalmente representa as esposas desses pastores. Simeão é o tipo de crente que se deixa guiar pelo Espírito. Ana é a mulher que cultiva uma espiritualidade simples, semelhante a outra Ana, mãe de Samuel, que chegou a orar humildemente no santuário liderado pelo corrompido sacerdote Eli (cf. I Sm 1.9-18; 2.12-4.22).
Pastores que exercem seu ministério apesar de tudo; esposas de pastores que suportam as provações; irmãos e irmãs guiados pelo Espírito, que oram no santuário, que fazem seus jejuns, e que persistem no serviço ao SENHOR.
O SENHOR Jesus tinha o costume de frequentar a sinagoga (cf. Lc 4.16); ensinava no Templo e na sinagoga (cf. Lc 4.31-37; 20.1); participava da liturgia (cf. Lc 4.17,20); observava o pessoal colocando dinheiro no gazofilácio (cf. Lc 21.1-4). Jesus participou da religião judaica e em tudo foi sereno e humilde, mesmo conhecendo os corações dos líderes hipócritas.
Eu tenho esperança. Zacarias, Isabel, Simeão e Ana são exemplos para mim. Jesus é o exemplo incomparável. É possível sobreviver a toda estrutura pecaminosa se o crente permanecer em Cristo.

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Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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Em um só Deus e na Trindade.
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Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal e sua ascensão aos céus.
Na pecaminosidade do homem, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode salvá-lo.
Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus.
No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
No batismo bíblico em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.
Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus, através do poder do Espírito Santo.
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo.
Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade.
Na Segunda Vinda de Cristo.
Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo.
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.
E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.