segunda-feira, 30 de junho de 2008

Não renuncio à liberdade

Pessoas que preferem o regime de Cuba e do antigo Comunismo Soviético à Democracia, em nome de uma suposta socialização, usam o argumento de que não há democracia sem justiça social. Com essa frase, eles querem dizer que não adianta uma liberdade formal na Constituição sem o gozo de recursos materiais igualitários, e por isso os regimes socialistas teriam direito de calar a oposição, fechar o parlamento, impedir o voto, coibir a imprensa e intrometer-se em igrejas e empresas.
Esse argumento é falacioso e perigoso.
O argumento é falacioso porque é da própria natureza da Democracia o processo de construção da liberdade e da igualdade, com oportunidade para todos, abrindo-se o canal para o diálogo, para ouvir as minorias. A liberdade e a igualdade são os fundamentos, mas seu aperfeiçoamento decorre do desenvolvimento social, com educação e, principalmente, formação de princípios éticos e altruístas, o que, se parece quimera, pelo menos respeita a dignidade humana.
O argumento é perigoso porque pavimenta o caminho das ditaduras, que nunca forneceram a igualdade propagandeada, senão a repartição isonômica da pobreza para a população alheia à bucocracia e ao poder.
De minha parte, eu não renuncio à liberdade, pois não renuncio à minha dignidade de Humano. Se sou pobre ou rico, instruído ou analfabeto, assistido pelo poder público ou privado, ou, ainda, "desassistido de tudo", eu ainda prefiro a minha liberdade. Eu sou livre porque Deus me fez livre. Não posso negar a imago Dei.
Agora, sei que o regime político-econômico precisa se inspirar na dignidade humana para fomentar a igualdade social, e não apenas a chamada "igualdade perante a lei". Só que isso não se faz com mordaças nem chicotes - a igualdade de oportunidades é construída com programas econômicos assentados em bases racionais, e conduzidos por políticos sérios, munidos de espírito público, competência e visão do futuro.
Jamais posso concordar com os regimes socialistas autoritários. Quanto ao Capitalismo, se associado a programas sociais, à imposição de deveres legais a empresas e à humanização das regras funcionais e trabalhistas, é possível viver com certa tranqüilidade. Aliás, o problema não são os regimes políticos, mas os homens que fazem parte deles.

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Para pensar:

Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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Bases de Fé

Creio:
Em um só Deus e na Trindade.
Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão.
Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal e sua ascensão aos céus.
Na pecaminosidade do homem, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode salvá-lo.
Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus.
No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
No batismo bíblico em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.
Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus, através do poder do Espírito Santo.
No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo.
Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade.
Na Segunda Vinda de Cristo.
Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo.
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.
E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.