domingo, 1 de junho de 2008

A importância de uma segunda chance*

Fizemos uma viagem missionária com uma equipe. Levamos conosco um jovem, sobrinho de Barnabé, na condição de auxiliar. Seu nome era João Marcos.
Em determinado trecho, o rapaz desanimou-se - não sei o que ocorreu - e quis voltar. Isso me deixou muito chateado e nervoso, pois não gosto de gente que desiste no meio do caminho. Sou daquelas pessoas objetivas, determinadas. Minha experiência já me ensinou que não posso começar uma coisa e deixar pela metade. Felizmente, a viagem foi um sucesso.
Em outra ocasião, quando planejávamos a segunda viagem missionária, lá estava o rapaz de novo em minha frente. Barnabé, com aquele jeitão, queria levá-lo, mas eu, não, porque julguei errado levar conosco aquele que nos deixara da primeira vez.
A contenda foi tão grande que tivemos que nos separar! Imaginem vocês: logo Barnabé, meu discipulador, que me acolheu quando nenhum dos outros crentes queria ver o meu rosto, porque tinham medo de mim...Tivemos que nos separar depois de anos de amizade e companheirismo.
Fui para uma região, e Barnabé, para outra, com aquele jovem no grupo. Fizemos nosso trabalho, graças a Deus.
Depois de algum tempo, repensei minha atitude. Vi que esse João Marcos se tornou um excelente obreiro, muito útil ao meu ministério. Por isso, pedi encarecidamente a Timóteo que o mandasse aonde eu estava, a fim de me ajudar.
Agora, vejam vocês, estando eu aqui já velho, acabo de saber que o rapaz está entrevistando Cefas para redigir um livro com dados biográficos do SENHOR Jesus, destacando suas ações. Dizem que o estilo é dinâmico, do jeito que os romanos gostam, com muitos lances rápidos.
Em pensar que um dia eu me chateei tanto com aquele rapazinho. Mal podia imaginar quão grandes coisas Deus iria fazer por intermédio dele!
Assinado: Paulo.
*Conto baseado em textos bíblicos: At 4.36,37; 9.20-30; 13.5,13,14; 15.36-41; II Tm 4.11. Segundo a tradição, o Evangelho de Marcos foi escrito por João Marcos, sobrinho de Barnabé, a partir da pregação de Pedro, a quem Paulo geralmente se referia pelo nome aramaico, Cefas.

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Um dos terríveis problemas da Igreja evangélica brasileira é a falta de conhecimento da Bíblia como um sistema coerente de princípios, promessas e relatos que apontam para Cristo como Criador, Sustentador e Salvador. Em vez disso, prega-se um "jesus" diminuído, porque criado à imagem de seus idealizadores, e que faz uso de textos bíblicos isolados, como se fossem amuletos, peças mágicas a serem usadas ao bel-talante do indivíduo.

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Creio:
Em um só Deus e na Trindade.
Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão.
Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal e sua ascensão aos céus.
Na pecaminosidade do homem, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode salvá-lo.
Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus.
No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor.
No batismo bíblico em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo.
Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus, através do poder do Espírito Santo.
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Na Segunda Vinda de Cristo.
Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo.
No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis.
E na vida eterna para os fiéis e morte eterna para os infiéis.