Acabo de retificar o artigo Estudos sobre Herodes (3) - O genocídio, depois de ler um texto da revista Ultimato, com o título Até Herodes, o Grande, se curva diante do Menino de Belém!, publicado na edição nº 323, março/abril, Ano XLII, p. 14, 2010.
No texto, dizem os redatores: "Não se deve pensar na morte de milhares de crianças e muito menos em 144 mil mortes - para combinar com a passagem do Apocalipse (14.1-5) - como alguns fazem. Tendo em vista o tamanho de Belém, o teólogo William Hendriksen supõe que teriam morrido de quinze a vinte crianças".
De fato, quando escrevi o texto, usei a palavra "genocídio", o mesmo que matança de um grupo étnico, milhares ou até milhões de pessoas. Mas, segundo o teólogo, como vimos, a cidade era pequena, o que se estende a seus arredores. Realmente, sempre soube que Belém era pequena, mas me veio a impressão errônea de que Herodes mandara matar todos as crianças judias com dois anos ou menos, talvez porque a família de Jesus precisou fugir para o Egito. Mas o texto bíblico é claro: tratava-se de Belém e seus arredores.
Sendo assim, mudei o termo para "infanticídio", que significa precisamente "assassinato de criança ou de crianças". No Direito, o vocábulo "infanticídio" é usado para um crime específico, cometido pela mãe contra o recém-nascido no que chamamos de "estado puerperal", abalada que está por problemas psicológicos ligados ao parto. É uma espécie de homicídio privilegiado, em que há crime, mas com pena menor por se considerar o estado emocional da mãe. No entanto, em acepção comum, pode-se usar o termo para a matança de crianças (faço a ressalva para não ser acusado de falta de técnica pelos meus colegas bacharéis em Direito).
Portanto, ficamos assim. A correção já consta do post.
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