Nestes dias, tenho escrito alguns textos sobre política e generalidades: cotas para negros, Tancredo Neves, dissidentes cubanos, férias dos juízes, violência, judeus importantes, sala onde está preso o governador José Roberto Arruda. São assuntos variados. Embora este seja um blog voltado a estudos e ensaios bíblicos, há também espaço para quaisquer assuntos que me venham à mente. Mas, por quê? Simplesmente porque esses assuntos chamam a minha atenção.
Quando leio o jornal, o que tenho feito todos os dias, vou para a parte de política. Minha esposa gosta de ciências, mas eu gosto de política. Gosto também do direito e de temas religiosos. Não fico lendo apenas livros teológicos. Não leio somente a Bíblia. E, quando assisto TV, procuro ver vários jornais, assistir a mesma notícia em emissoras diferentes. É um passatempo. Então, quando escrevo sobre temas "sensíveis" ou polêmicos ou difíceis para um evangélico, não o faço tanto por missão, mas por prazer.
Todavia, por mais que eu veja nisso mais um prazer do que uma missão, entendo não existir aquele dualismo que muitos evangélicos veem entre mundo, de um lado, e espiritualidade, de outro. Reino de Deus, de um lado, e sociedade, de outro.
Será que não compreendemos que o Romanismo ainda persiste em não querer sair de dentro de nossa mentalidade? Ora, isso é fruto dos ensinos de Agostinho, para quem o mundo estava dividido em bom e mau, espírito e matéria, corpo e alma, algo importado de Platão. Para Platão, o mundo não passa de uma cópia muito ruim da dimensão ideal, que é superior e perfeita. Para os Gnósticos, há o dualismo entre o mundo espiritual (superior, bom) e o mundo material (inferior, mau). Por isso, com esse aporte platônico e agostiniano, a Igreja Católica separou as coisas em sagradas e profanas, mas nas coisas profanas colocou a política, a sociedade, a ciência, a tecnologia, o direito, a cultura. E nós evangélicos aprendemos isso!
Será que não compreendemos que o Romanismo ainda persiste em não querer sair de dentro de nossa mentalidade? Ora, isso é fruto dos ensinos de Agostinho, para quem o mundo estava dividido em bom e mau, espírito e matéria, corpo e alma, algo importado de Platão. Para Platão, o mundo não passa de uma cópia muito ruim da dimensão ideal, que é superior e perfeita. Para os Gnósticos, há o dualismo entre o mundo espiritual (superior, bom) e o mundo material (inferior, mau). Por isso, com esse aporte platônico e agostiniano, a Igreja Católica separou as coisas em sagradas e profanas, mas nas coisas profanas colocou a política, a sociedade, a ciência, a tecnologia, o direito, a cultura. E nós evangélicos aprendemos isso!
Tudo o que Deus criou é bom, incluindo o Ser Humano (v.g., Gn 1.31). Só o pecado é ruim, porque não provém de Deus. Sociedade, cultura, política, filosofia, ciência e tecnologia são itens sujeitos à ação do bem e do mal. O diabo não criou nada, apenas deturpou: havia a sexualidade criada por Deus e o diabo criou o adultério, a masturbação, a prostituição, as relações pré-maritais, a impureza, a lascívia. Havia o trabalho e o diabo criou a exploração econômica e social. Havia o senhorio humano sobre o meio ambiente e o diabo criou o uso irracional dos recursos naturais. Havia a cultura e o diabo criou a perversão com o nome de cultura. Havia a palavra falada e o diabo criou a fofoca. Havia a administração e o diabo criou a dominação. Havia a força e o diabo criou a violência.
Digo que o diabo criou essas coisas porque introduziu o pecado no mundo, mas houve a participação fatal da Humanidade, que inventou práticas erradas ou deu ensejo à condenação divina.
Sendo assim, não devemos assimilar conceitos platônicos, gnósticos ou agostinianos para deixar de tratar de assuntos considerados não espirituais ou pouco "santos". Tudo o que vem de Deus é bom.
Não estou afirmando que todo blogueiro deva escrever sobre diversos assuntos, mas que eu escrevo, primeiro porque gosto, segundo porque creio que seja importante.
Não há profetas nas igrejas - ainda creio nisso! -, mas há a missão profética da Igreja. Não conheço profetas individuais, mas conheço o profetismo da Igreja de Cristo, chamada para anunciar o amor de Deus e denunciar o pecado. E o pecado, já faz tempo, deixou de ser apenas sexual ou doutrinário - ou nunca foi apenas sexual nem apenas doutrinário (quero dizer, o pecado não se resume a praticar relações sexuais ilíticas ou publicar uma Bíblia de Estudos cheia de heresias. A criatividade humana é maior que isso).
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