Quando estava na Universidade, eu gostava de brincar com nomes fictícios de livros sagrados: Atos dos Apóstatas, Primeiro Livro de Heresias, Provérbios Populares. Mas a brincadeira, como dizem, tem um fundo de verdade...
Ontem, lendo a Folha de S. Paulo, lia a reportagem Empresários veem ex-ministro como avalista de Dilma quando deparei com a afirmação, logo no início do texto, de que a frase "Dize-me com quem andas e te tirei quem és" é bíblica! Imediatamente, enviei uma comunicação de erro à Folha, de que sou assinante, informando que a correção era pertinente por se tratar de um Livro que é, pelo menos, um dos mais importantes da Humanidade.
Hoje não vi a correção na seção Erramos, pode ser que eles a publiquem noutro dia ou que não o façam. Tudo bem. Mas não custa lembrar que o jornalista poderia ter pesquisado se aquela frase era mesmo bíblica, em vez de confiar no senso comum.
Sim, é do senso comum a suposição de que outras frases ganharam o registro escriturístico: "Faz a tua parte que eu te ajudarei"; "Não cai uma folha da árvore se Deus não deixar", dentre outras.
Bem, isso mais parece ideia para mais um livro de Ciro Sanches Zibordi, do tipo Erros que os jornais devem evitar.
Creio que tenho lido jornal demais. Mas não é de agora a minha percepção de que os jornalistas precisam tomar cuidado com informações supostamente bíblicas - sem falar nas jurídicas!
Jornalistas vivem dizendo que Pedro foi o primeiro Papa só porque a Igreja Católica o diz, sem absolutamente nenhum fundamento histórico ou bíblico a alicerçar essa tradição. Que mais? O leitor pode me ajudar com outras coisas ditas cem vezes e que, repetindo Goebbels (eita lugar-comum) se tornam "verdade"?
Um comentário:
Otimo post, "Ninguem pode se erguer pelos cardarços do sapato" mais um proverbio, rsrsrs, e esse é americano.
Depois comentarei com maior profundidade.
Abrçs Alex.
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