Confesso uma ignorância: não sabia que José Mindlin era judeu. Sabia que era "bibliófilo", que fora Secretário da Cultura do Estado de São Paulo, e só. Com a sua morte no final de fevereiro, aos 95 anos de idade, esse membro da Academia Brasileira de Letras teve sua biografia comentada nos jornais.
Mindlin, além de amante dos livros, dono da Metal Leve e imortal, teve uma passagem importante na década de 70: então Secretário da Cultura, não quis demitir o jornalista Vladimir Herzog a mando do regime militar. Pouco depois, Herzog foi morto nos porões da ditadura. Mindlin deu seu recado, não participando do cerco político a um homem indefeso.
Não sou daqueles que veem em Israel um povo equivalente à Igreja. Entendo que o Israel de Deus hoje é a Igreja de Cristo, e que não há um plano paralelo para Israel, a não ser algum tipo de bênção por ter sido alvo da escolha divina para a vinda do Messias (Rm 9 a 11 nos ajuda nisso)...
Mas não posso olvidar uma coisa curiosa: onde os judeus chegam, alguma coisa acontece, seja como "cristãos-novos", seja na pele do empresário e comunicador Senor Abravanel - conhecido como Sílvio Santos - seja como o brilhante compositor Friedrich Mäller, ou Albert Einstein, ou Sigmund Freud, ou, ainda, Karl Marx (para quem gosta). Não se pode negar que esses judeus, e tantos outros espalhados pelo mundo, marcaram época, e há muitos judeus habilidosos nas ciências, nas artes, na literatura, não apenas no comércio!
A história bíblica nos conta sobre alguns filhos de Abraão* bem-sucedidos fora de sua pátria:
A) que dizer de José, que de escravo e prisioneiro passou a governador do Império Egípcio, que dominava o mundo de então? Foi ele a segunda pessoa de Faraó, o administrador do reino.
B) que dizer de Daniel, que, sendo apenas um jovem exilado, passou a ser um dos três mais importantes estadistas sob o rei persa?
C) que dizer de Ester, que, em sendo casada com o rei Assuero, da Pérsia, conseguiu, sabiamente, evitar a matança de seu povo? Isso foi muito importante para garantir a vinda do Messias, o leitor já pensou nisso?
Mindlin, Daniel, Marx, Freud, José, Sílvio Santos, Mäller, Ester, Einstein etc. Judeus, sim, mas em meio a culturas diferentes. Cada um a seu modo, deixaram sua influência.
*Usei a expressão "filhos de Abraão" porque José não pode ser chamado de "judeu", já que não havia ainda as Doze Tribos. Judá, de onde vem o termo "judeu", era irmão dele.
3 comentários:
Primeiramente ao adentrar nesta página reconheço seu valor e a importância de seu autor para a nobre causa do Senhor Jesus Cristo.
Dito isso, quero convidar você que está lendo estas minhas palavras, a prestar um pouco mais de atenção as revelações do Espírito Santo Verdadeiro em nossos dias.
Por se tratar de um assunto de interesse universal, pediria sua amável atenção, em uma breve, mais com certeza, produtiva visita ao nosso blog, onde estão depositadas Revelações do Senhor Jesus Cristo, para as quais peço encarecidamente que nos ajude a divulgar. Pois estamos vivenciando um memento muito sensível da palavra profética. Desde já suplico as bênçãos do Pai, do Filho e do Espírito Santo Verdadeiro sobre todo aquele que atender esse nosso chamado em nome do Senhor Jesus Cristo. Clique em martins111 - João Joaquim Martins.
Irmão Martins:
Agradeço-lhe pela visita ao blog.
Li algumas coisas, en passant, no seu "site", mas não entendi uma coisa: o senhor defendeu, em sua monografia, com base em Kelsen e Bittar, a existência de duas divindades, Javé e Jesus? E disse que a justiça de Jesus é melhor que a de Javé, comparando o Novo com o Antigo? É isso mesmo?
Prefiro o termo "hebreu" tal como Paulo. Têm muitíssimos bons representantes em todas as áreas do conhecimento humano - como você bem o colocou, para o bem (Sabin, Einstein etc.) e para o mal (Freud, Marx etc.) Mas, para o que realmente conta - a graça de Deus - qualquer hebreu hoje terá de deixar de o ser e se declarar cristão, seguidor de Jesus. No Corpo de Cristo não há judeu nem grego, aleluia!
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